Desde há uns tempos que tenho sido confrontado (bem acompanhado de alguns grandes Amigos meus) com uma chuva de insultos avulsos (a maioria, é certo, saídos da cabecinha de um pobre coitado, com um afã absoluto de protagonismo, mas seguido imediatamente por uma corja de bajuladores lá do grupo a que o fulano pertence).
Sempre a coberto do anonimato, como se compreende. Aliás neste mundo virtual (uma espécie de fórum da ralé) reina o insulto mais soez. Sempre a propósito de tudo e de nada. O que "eles" querem é insultar, chatear, punir as pessoas que pensam e dizem o que pensam. Isto é um crime para a "gentuza" que pulula e poluiu os melhores meios. Com uma linguagem de cro magnon, com uma absoluta penúria gramatical, e com um léxico diminuto (condizente com a massa cinzenta de que dispõem) lá vão dizendo as suas "coisas", mandando meter os "elmos" no sítio que os meus estimados leitores perceberão, etc. Desculpem-me os verdadeiros adeptos clubistas, mas parece uma discussão entre os no name boys e os super dragões. Pior que as "claques" só as "cliques".
Como questão de princípio devo dizer que nada me move contra um insulto. Faz parte da vida e reclamo para mim o direito de chamar uma besta a um indivíduo que seja uma besta, ou chamar banana a um banana. Num mundo e numa sociedade civilizada as pessoas devem usufruir da liberdade de ofenderm incivilizadamente.
Mas até o insulto tem limites. Ultrapassados estes entra-se no domínio da difamação. Mas o que choca, choca mesmo, é a incapacidade de linguagem que aquelas criaturas (que se julgam anónimas) tem. è prova mais que provada de que a sua capacidade de leitura (seja de um livro seja de uma embalagem de supermercado) aproxima-se perigosamente do zero.
Mas devo pensar não em difamação, mas sim em inimputalibidade evidente. É certo que estas coisas, no estado actual da medicina psiquiátrica, se curam. Caso não creiam na psicanálise vão a Fátima. Talvez haja um Milagre!
E pensem (juro que não dói nem custa nada) que vocês não são o centro do mundo.
Rodrigo Emílio, no alto da sua enorme sabedoria dizia que nós não precisávamos de mudar de Ideias, as nossas Ideias é que precisavam de mudar de gente. Como tinha razão!