Na entrevista dada pelo Bastonário da Ordem dos Advogados ao jornal Público após visitar o Senhor Mário Machado na pildra (democrática, não nos esqueçamos) retive um facto que me deu voltas ao estômago.
Trata-se da revelação de que entre os livros apreendidos àquele Senhor (cerca de uma centena) estava o livro de Freitas do Amaral sobre Viriato.
Duas ou três reflexões:
a) vê-se (à distância) a ideologia do(s) responsável(eis) que procederam à apreensão e para quem ainda Freitras do Amaral é um "fascista". (não quero acreditar que seja só por burrice...)
b) Como é que um nacionalista tem livros desse Freitas na Biblioteca. De Marx, de Cunhal, de Trotsky, tudo bem, agora de Freitas????
c) Porque é que os nossos mimosos jornalistas não foram procurar o tal senhor professor para obter dele um comentário pelo facto de ter um dos seus livros apreendidos por ser de ideologia "nazi-nipo-fascista"? Eu sei que o estado de saúde dele não é o melhor, mas enfim ele deve ter-se revoltado com a "graça" (digo eu)
Apostilha: Recordo hoje, com grande prazer, um artigozinho que escrevi na altura em que o senhor professor defrontou nas eleições presidenciais um tal de Soares. Intitulava-se o texto "Amaral, mal por mal antes o Álvaro Cunhal". Deu celeuma. Mas revelou-se muito, mas muito verdadeiro e premonitório.
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