Nojentos, Abjectos, Asquerosos...
É o que me apetece chamar-lhes. E pior ainda. Só não os trato por Filhos da ... por pura inibição da minha educação.
E tudo o que eu lhes possa chamar é pouco! Bem pouco! E bem parco!
E chamo isto a quem? Pois aos marcelistas da nossa praça.
Vamos a acalmar para ver se consigo contar a história.
Lá nos idos de 69/70 a RTP passou um filme em que o Doutor Salazar, visivelmente debilitado e doente, lia umas palavras dirigidas aos portugueses.
Valadão, o homenzinho de Marcelo lá na RTP, em conluio com a restante marcelagem, procurava assim apoucar Salazar, tendo como objectivo o “assassinato politico” do ex Presidente do Conselho.
Foi penoso para todos a visão daquelas imagens. Ninguém merecia isso, muito menos o Homem à sombra do qual medraram todos eles (os marcelistas). Ao menos Otelo quando desejou mandar-nos a todos para o Campo Pequeno para nos fuzilar, teve uma atitude muito mais digna!
A história é antiga, e mereceu comentários fortes (bem fortes) de Franco Nogueira, Múrias, Freitas da Costa, e tantos e tantos outros.
Mas eis senão que surgiu agora um elemento novo. Existem no Arquivo Histórico da RTP as imagens (não passadas na altura – deviam estar guardadas para mais tarde...) dos bastidores da intervenção. E esses bastidores ainda são bem piores do que qualquer mortal poderia imaginar. O achincalhamento de um pobre, doente e velho Homem são atrozes. Os comentários e as ordens dadas, Deus Meu!!!!!!!!!!!
Pois é, mas para mal dos meus pecados, eu vi – ontem - parte delas! Não tive coragem de ver tudo, tamanha a canalhice das imagens e do som.
Mas como é que eu cheguei lá perguntarão os meus leitores. Foi simples. A filha de Vitorino de Almeida (também ele lá andou pelas marcelices...) uma tal de Inês de Medeiros resolveu fazer um filme documentário que intitulou “cartas a uma ditadura”, em que mescla cartas escritas por mulheres portuguesas a Salazar com entrevistas actuais às autoras das cartas ainda vivas bem como outros documentos. E um desses documentos é o tal filmezinho...
Mão amiga fez chegar essas imagens a outro Amigo que fez visionar as imagens a um muito restrito número de pessoas. Mas em breve todos os que forem ver o tal documentário vão ser agredidos por estas imagens...
Inês de Medeiros, não percebendo nada de nada do que tinha passado (também não admira ...) deu uma entrevista à Pública de Domingo em que se referia ao tal filme de uma forma totalmente desajustada. Na sua cabecinha aquilo foi feito pelos do anterior regime em louvor de Salazar...
Só vos digo que por uma questão de higiene mental não vejam. É demasiado triste. É demasiado achincalhante.
Aquilo sim é o marcelismo no seu melhor (que é sempre o pior). Razão tínhamos nós jovens na altura sobre as qualidades “morais” da marchuetagem que nos governava.
Apostilha: O Nonas com a sua elevadíssima educação resolveu (e quanto a mim bem) não dar resposta a um marcelista que o criticou por ele dizer do Marcelo das Greves o que disse.
Mas olha se desejares – meu Caro Nonas – responder ao senhor marcelista, diz-lhe apenas para ver umas duas ou três vezes o tal filme feito lá pelos da cáfila marcelista. Olha que ele não vai aguentar. E passa-lhe a marcelice para sempre.
2ª Apostilha: Para quem não saiba o tal Valadão, de seu nome Ramiro, foi o controleiro colocado na RTP por Marcelo. Foi um dos três ou quatro elementos do anterior regime acusados de se terem locupetado com "dinheiros públicos" (por acaso todos marcelistas, porque seria?). Valadão, chamado pelo Diário de Lisboa da época de "Valadrão" teria oferecido a uma canconetista da nossa praça - a Tonicha - um casaco de peles e muitos ramos de flores à conta dos dinheiros da RTP. Lá penou ele na cadeia o entusiasmo por uma das vedetas da altura, apoucada nas festas da Universidade como a Tonicha Salsicha...
1 comentário:
Eu cá sou primo do José e Castro de Baiôe. Não percebo bem o texto. De que Marcelo é que estãum a falar?
O Professor? o Rossi? o Mastroiani?
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