O pior que pode ocorrer numa prisão é a existência dos "inocentes". Porque uma de duas coisas acontecem: Ou bem que são inocentes, e então eu desinteresse-mo da sua sorte porque não são nossos camaradas, ou então são falsamente inocentes e ainda é pior. Porque entraram no jogo do inimigo, aceitaram as regras do jogo do inimigo, e proclamando-se inocentes, admitem implicitamente que os outros são legitimamente condenados. A única reacção honrosa é a de repúdio deste mito degradante da inocência e da culpa, e aceitar que há vencedores e vencidos. Tudo o resto é uma farsa e uma cortina de fumo.
Lucien Rebatet e Pierre-Antoine Cousteau, Dialogue de “vaincus”, Berg International, 1999, p. 70.
Meditação muito a propósito de certas coisas que eu cá sei ...
Lucien Rebatet e Pierre-Antoine Cousteau, Dialogue de “vaincus”, Berg International, 1999, p. 70.
Meditação muito a propósito de certas coisas que eu cá sei ...
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