segunda-feira, junho 02, 2008
Lá querer, queria …
Pois é como eu gostaria de voltar a viver e usufruir da Velha e Grande Europa.
Dos seus usos e costumes, da sua Cultura, das suas raças, das suas características locais e comuns, da sua gastronomia, enfim de tudo o que a fazia um aprazível local para se nascer, viver, procriar e morrer.
De uma Europa de Pensamento, de Mitos, de História, de Arte,de Tradições. Dos despertares da consciência cósmica em períodos de crise. Do pensamento reflectido e lúcido. Da coesão social trans personalista. Dos Mestres, dos Soldados... Enfim da Europa em que nasci!
Resolvi consultar os velhos atlas que abundam lá por casa e espanto (dos espantos) não a encontrei em lado nenhum. Desapareceu. Evaporou-se. Milhares de anos desapareceram em poucas décadas.
Consultei os meus vizinhos. Nenhum sabia onde se encontrava e (mais grave ainda) nenhum tinha ainda dado conta que ela tinha desaparecido!!! E sem deixar rasto. Parece a Atlântida engolida pelo dilúvio, destruída para todo o sempre pelas forças da natureza.
Poderia chamar-lhe “desaparecida em combate”, mas nem sequer houve combate. Houve rendição sem qualquer tipo de luta. Pois como lhe vou chamar?
Sei lá, talvez União Federasta. Talvez União da Treta, ou então, por caridade não lhe chamo nada. Chamo-lhe “A Desgraça” e está tudo dito.
Olhei para o velho atlas e que vi:
- A anarquia financeira
- A destruição das soberanias nacionais
- A Távola Redonda é agora um Centro Comercial e um Hipermercado
- Tudo é temporário até ao processo final da globalização
- Os velhos e leais soldados ao serviço da Nato (guiada pelos do tio sam)
- A Justiça ao serviço dos interesses privados
- A imigração massiva e desordenada
- A “criação” de novas “raças” através da mistura de sangues
- A desregulamentação financeira
- O empobrecimento social
- A destruição cultural e educativa
- O tecido e a mobilidade social estão em parte incerta
- O bezerro de ouro do consumismo a todo o custo
- O caos social
- Um novo (e mau) feudalismo baseado no direito “natural” da potência financeira privada
- E ....
E que vejo eu, no primeiro Domingo em que tive um pouco de tempo para mim, após quase dois meses de loucura profissional?
Camaradas com bons, relevantes e leais serviços prestados preocupados com as eleições num qualquer partido alaranjado. Quando lhes pedi novas do País deram-me estas notícias. E ainda que a selecção foi para a Suíça dar uns pontapés numas belas, multinacionais e redondas bolas.
Prefiro voltar ao trabalho avassalador. Senão ainda vou mas é vomitar...
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2 comentários:
Meu Caro José Carlos,
eu lá com o texto sobre a Europa usurpada concordo. O raio é qua a segunda imagem arrisca-se a fazer-me afinal gostar um bocadinho da coisa...
Mas sério, sério, entre tanta maleita brux(a)elense e essas laranjas podres que bem referiu, como quer que as gentes não se virem para a bola?
Abraço
Caro Réprobo
A foto (concordo) tem um tom apelativo, diria mesmo (como um velho amigo meu dizia nestas ocasiões) tem a sua "concomitância"...
Poderia evocar grandes teorias para a ter colocado. Mas não, assumo que a achei bem "interessante".
Também concordo que a única coisa que nos resta é a bola... É pena, (eu gosto de futebol) mas em doses tão cavalares???.
"Cum granus salis", diriam os romanos, e eu secundo-os.
Infelizemente estou tão subjugado pelo trabalho que pouco tempo tenho para comentar seja o que for. E ainda nem sei se vou conseguir ver qualquer jogo da nossa selecção. Como vê isto é dramático!
Um abraço e as melhoras da Senhora sua Mãe.
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