quinta-feira, julho 16, 2009

Por isto - e muito mais - mantenho as minhas Ideias



De um lado o "casa e decoração", do outro o povo.

Não tenho qualquer dúvida - nem nunca tive em toda a minha vida - de que lado do muro eu estou ou estarei.

Nunca, por nunca o ser, poderei mudar de opiniões (evoluir, ou aggiornar-me, como é bonito agora dizer-se). Há 47 anos comecei a minha militância política. Sempre no lado certo, por muito que isto custe a certos letrados da nossa praça, que à falta de melhores argumentos até homosexuais nos chamam. Eles que me digam isso na cara que eu sei resolver estes assuntos de forma expedita. Mesmo sexagenário...

Porque mesmo que insultado eu estou certo. Eu estou do lado em que é preciso estar. Não contemplo mudar - rachar lhes chamava e chama o Partido Comunista. Também eles estão - neste caso - do lado certo! Também eles comungam comigo e nutrem também por esta "gentuza" o mesmo sadio desprezo por esses burgueses do ocidente de que nos falava Leo Valeriano.

Ainda bem que os publictários brasileiros nos trouxeram esta maravilhosa imagem de louvor a mais um condomínio fechado (e armado até aos dentes) junto de um Povo que luta pela sua sobrevivência, sem qualquer esperança de mobilidade social. Porque hoje em dia mobilidade social é só fachada. Até a Universidade deixou de desempenhar esse papel na formação de novas elites. O nível de algum professorado e a preparação pré universitária da maioria dos alunos é aterradora. E de uma seara infectada e decadente só poderá sair cereal bem estragado.

1 comentário:

Carlos Joaquim disse...

Sobre o comunismo:
A mãe do traidor.
Vi um comentário sobre a mãe de Álvaro Cunhal num vìdeo nacionalista no You Tube... passando por uma breve pesquisa no Google se acha em campo inimigo e outras fontes algumas informações acerca do bandido e de sua mãe, que sendo verdadeiras provam que Álvaro Cunhal não era, de fato um filho da puta.Aplicando-se o termo apenas num sentido não literal:

"O menino cresceu fracalhote, acanhado, tímido. Dava ares à mãe. Aos sete anos começa a aprender as primeiras letras. Não havia escola no Vimieiro. Recebeu em casa lições particulares de um instruído funcionário da Câmara de Santa Comba Dão. Aprendeu a ler, a escrever e a contar.
O rapaz era esperto para as letras. Seria uma pena se não continuasse os estudos. Mas a mãe não o quer no liceu de Viseu. Receia expô-lo às tropelias dos rapazes.

Só havia uma solução: o seminário, onde o menino acostumado a brincar com as irmãs, estaria a salvo de chacotas.

O advogado Avelino Cunhal deve ter conhecido Salazar em Coimbra. O jovem do Vimieiro, sempre bem apessoado, apenas traído pelos lábios finos e voz de falsete, terminou o curso, em 1914, com 19 valores. Os sectores católicos mais reaccionários exultavam com o prestígio do lente – que passou a ganhar dinheiro como jurisconsulto enquanto preparava o doutoramento.
Álvaro Cunhal, cada vez mais próximo da figura paterna, afasta-se do caminho da Igreja. Estuda, em Lisboa, nos liceus Pedro Nunes e Camões. É bom aluno. Frequenta o escritório do pai – onde param anarquistas, anarco-sindicalistas, comunistas e gente do reviralho. Aos 17 anos, em 1930, entra para a Faculdade de Direito de Lisboa, ainda no Campo de Santana. Salazar, o doutrinador católico, ocupa a pasta das Finanças.
Cunhal entra para a Liga dos Amigos da URSS e do Socorro Vermelho Internacional. Salazar toma posse, finalmente, como presidente do Conselho, em 11 de Abril de 1933.
No ano seguinte, Álvaro Cunhal entra na clandestinidade – para orgulho do pai e grande desgosto da mãe, que nunca lhe perdoará os caminhos ímpios do comunismo. Já o Governo tinha criado a polícia política, chefiada pelo capitão Agostinho Lourenço, e dentro em breve iria mandar construir o campo de concentração do Tarrafal.
Cunhal é preso pela primeira vez. Atiram-no para o Aljube. Amãe nunca o visitará na cadeia. Obrigam-no a cumprir serviço militar como um rufia na Companhia Disciplinar de Penamacor. Não verga. Faz greve de fome. Fica tão debilitado que é posto em liberdade.