Por falar na Europa. Por fazer campanha falando da Europa. Por não cair na tentação de passar a vida a "dar bordoada" no (des)governo da secção portuguesa da internacional federasta.
Estas eleições são vitais para a Pátria Portuguesa. Já o disse e repito até à exaustão.
Assistimos, contudo, a uma campanha de puro merchandising político (da treta), falando de temas a que chamam "nacionais".
A excepção é a do HNO.
É normal "neste país" a maledicência e de bota abaixismo. No entanto nunca os do sistema dizem o que realmente Portugal pode ou não fazer face à cedência da soberania a Bruxelas por eles realizada. A culpa é do Socrates, a culpa é da Manuela que não tem carisma, a culpa é dos ricos, a culpa é ....
Ou seja todos procuram cavalgar o tigre do nosso descontentamento. Por puro oportunismo e não porque queiram resolver de facto os problemas de Portugal. Seria fácil, renderia mais uns votitos (ou mais abstenção, digo eu).
Mas os portugueses não perceberiam que o que está em causa - hoje mais do que nunca - é uma forte, fortíssima representação dos movimentos nacionais de toda a Europa no Parlamento Europeu.
Porquê? Porque impediria a tentação absolutista dos federastas de uma fuga para a frente até ver o que "isto" dava.
O liberalismo imposto pelo sistema, e que se assemelha cada vez mais a um "capitalismo de casino", onde o "jogo viciador e viciante" se sobrepões ao normal funcionamento de um mercado de financiamento para a economia real. A desregulação e acima de tudo o papel dos bónus de desempenho levaram-nos para o caos instalado. E há quem diga que a cocaina também deu uma achega. Viciados em jogadas de cada vez maior risco (com os respectivos ganhos financeiros próprios) os actores desta "farsa contabilistica", criadores de todo o dinheiro fictício que por aí andava (mas apenas nos computadores), teve de se apoiar nos estímulos extasiantes e extasiadores de paraísos fictícios.
Quando nos falam da Europa os políticos, os jornalistas, os analistas e outros que tais vem sempre com a mesma conversa: então e a massa que vem lá de Bruxelas. Seus ingratos, foi essa "massa" que nos tem permitido viver. Ou seja o espírito do novo ouro do Brasil continua a medrar em Portugal.
Mas agora digo eu - e segundo o raciocínio deles - e quando chegar o dia em que tivermos de dar mais dinheiro a Bruxelas do que aquele que recebemos? O que é que se faz? Saímos? Sim, claro. Às malvas o "espírito europeu", a "solidariedade", o "somos todos europeus", etc. Por isso os bruxelenses resolveram fazer o Tratado. Para nos tramar. Para nos reduzir qualquer hipótese de nos revoltarmos. Para nos obrigarem a ficar.
É tudo isso - e muito mais - que deve ser esclarecido nesta campanha. Não se o Pinho é incompetente, se a Marilu deu cabo da educação, se o tipo da agricultura só fez disparates e outros temas muito marginais.
Disseram-nos, massacraram-nos com a ideia que íamos ficar ricos. Cedemos na destruição do nosso sector primário (principalmente), mas também no secundário. Ficámos quase que exclusivamente votados aos serviços. Ou seja andamos todos a prestar serviços uns aos outros e a comprar tudo o que precisamos para comer ou viver nos nossos caros doadores de fundos lá da "oropa". Grande negociata fizeram "eles".
Mas quem não sabe por meias solas não pode ser sapateiro...