terça-feira, dezembro 30, 2008

O eleito do "povo eleito"



Filme de propaganda editado em Israel.

Vejam e entendam as razões dos massivos bombardeamentos de Gaza. Está lá tudo...

E hoje não é sexta feira ...




Mas como o meu muito prezado Paulo da Cunha Porto tem estado ausente da blogosfera não resisti a homenageá-lo deste modo.

Além de mais sem o perigo das suas habituais e extraordinárias Amigas virem comentar com os seus Gruff ... Humpft ... as deliciosas imagens que ele nos propicia. E digo isto visto as referidos Senhoras não terem por hábito frequentar este pouco recomendável e também infrequentável tasco.

Apostilha:"Já repararam que mesmo o Pai Natal está reduzido hoje em dia unicamente à sua fatiota vermelhusca. Vêmos o Pai Natal numas ridiculas escadas (made in China) um pouco por todo o lado nesta linda e lerda cidade do Costa. Paganismo, clamam alguns. O raio que os parta. Fetichismo do berloque é o que é. É comprar, freguês, é comprar ... Raios parta este Natal e mais o seu Papi...

Porque ainda estamos no Natal ...



Poema de Fresnes, de Robert Brasillach. Escrito cerca de 50 dias antes de ser assassinado.

Pensei neste Natal em todos aqueles que um pouco por todo o mundo penam nas masmorras das "democracias donas disto" o crime de serem coerentes e leais com as suas Ideias e Ideais.

A todos eles (os conhecidos e os desconhecidos) dedico este Poema especialmente feito para eles por Brasillach.

A voz é de Jean Marie Le Pen.

Como Jean Marie não recita a totalidade do Poema, abaixo o transcrevo para todos os interessados.

Noel en taule

Qu’importe aux enfants du hasard
Le verrou qu’on tire sur eux :
Noël n’est pas pour les veinards,
Noël est pour les malchanceux.
Voici la nuit : il n’est pas tard.
Mais la cloche tinte pour eux.

Bon Noël des garçons en taule,
Noël des durs et des filous,
Ceux dont la vie ne fut pas drôle,
La fille que bat le marlou,
Le gars qui suivait mal l’école,
Ils te connaissent comme nous.

Noël derrière les barreaux,
Noël sans arbre et sans bonhomme,
Noël sans feu et sans cadeaux,
C’est celui des lieux où nous sommes,
Où d’autres ont joué leur peau,
Sur la paille dormi leur somme.

Les chefs qui lâchent leurs garçons,
Ceux qui s’enfuient, ceux qui sont riches,
Boivent sec dans leurs réveillons
De la Bavière ou de l’Autriche,
Mais nous autres dans nos prisons,
Nous sommes contre ceux qui trichent.

Je t’adopte, Noël d’ici,
Bon Noël des mauvaises passes :
Tu es le Noël des proscrits,
De ceux qui rient dans les disgrâces,
Des pauvres bougres qu’on trahit,
Et des enfants de bonne race.

Nous savons qu’au dehors, ce soir,
Les amis et les coeurs fidèles,
Les enfants ouvrant dans le noir,
Malgré le sommeil, leurs prunelles,
Évoquent l’heure du revoir
Et tendent leurs mains fraternelles.

Et pour revoir, gens du dehors,
Le vrai Noël de nos enfances,
Il suffit de fermer encor
Nos yeux sur l’ombre de l’absence,
Pour dissiper le mauvais sort
Et faire flamber l’espérance.

quinta-feira, dezembro 18, 2008

“Os 60 anos da declaração ...”

Liberdade de expressão, patati patatá


Philipe Pichon, policia francês e escritor foi detido em França, no segunda feira pela Inspecção Geral da Policia Francesa.
Acusação “falta ao dever de reserva”. Tudo porque em princípios de 2007 publicou o livro “Diário de um Policia” em que revela bastantes “podres” da “flicada” francesa.

Mas algo mais há por detrás de tudo isso. Então prende-se o homem quase 2 anos depois dos factos. E numa altura em que ele assume um protagonismo contra a “asfixia literária e cultural que a esquerda francesa vota aos escritores de direita”. Não nos esqueçamos que Pichon é para alem de policia um dos principais estudiosos e difusores de Céline.

Para além do artigo por ele publicado no Bulletin Célinien, nº 290 de Outubro de 2007, já este ano publicou um livro muito interessante (e cuja leitura recomendo) :


















Em simultâneo publicou uma carta aberta a Sarkozy intitulada : “Céline : sans plaque, sans nom, sans rien” em que condena a ausência na toponímia francesa do nome do grande e inovador escritor.


Sarkozy (que recentemente declarou a sua admiração por Céline) deveria receber o autor em breve para com ele analisar a existência de um Index de esquerda em que alguns dos principais intelectuais franceses foram colocados.

Pois foi depois de tudo isto que Pichon foi preso.

Eu – como bem sabem - não acredito em bruxas, mas ...

quinta-feira, dezembro 11, 2008

Os discretos ...



É na Sábado e feito pelos tais jornalistas de que a Ana Anes no seu blogue nos deu a conhecer (sim aquele postal em que gozava com uma certa pessoa que nós conhecemos).

A propósito será que a Ana Anes nos vai dar mais umas achegas sobre os tais "jornalistas"?

quarta-feira, novembro 26, 2008

Contributos para o Disco do Zé





"Nacionalista Mystico e Sebastianista Racional", assim se definia em Janeiro de 1935 Fernando Pessoa na carta por si enviada a Adolfo Casais Monteiro, sobre o seu Livro A Mensagem.

Esta carta, tal como foi inserida (incompleta) por Adolfo Casais Monteiro na revista Presença, n.º 9, Junho de 1937

Fonte: Fernando Pessoa, Obra Poética e em Prosa, ed. António Quadros. Porto, Lello & Irmão,

Foto da carta digitalizada pela Biblioteca Nacional

A visita...

No passado fim de semana tive a oportunidade de pela primeira vez em largos meses ter um fim de semana de puro lazer,
Visitei um velho Amigo e pude disfrutar da leitura (apressada, é certo) de um arquivo muito importante de um grande Nacionalista de longa data, recentemente falecido. É dos poucos arquivos organizados que eu conheço que cobre (no caso específico que me interessa) o período dos anos 60 e 70 do século passado.

Como saberão a maior parte dos arquivos importantes foram destruídos para não caírem em mãos erradas. O mesmo se passou com o meu... (apesar da sua falta de importância, só que tinha nomes, situações, etc. que convinha não serem conhecidos...)

Meus Senhores e o que eu vi!

Desde cartas de diversos "salta-pocinhas" até situações em que eu me pude esclarecer sobre factos passados que acompanhei (sem ter toda a história na mão) e calculem até encontrei uma carta de um mfa (dos do piorio...) a declarar o seu fervor e apoio aos princípios da Revolução Nacional...

Tenho de voltar ao local para aprofundar o estudo e então poder falar (com documentos) de algumas coisas com piada. É certo que são factos passados. Mas convém recordá-los para melhor compreensão de tudo o que se passou e voltará, estou certo, a passar-se.

Descobri um dossier inteiro que (para mim) dava um livro fabuloso sobre a "real vivência" de algumas burguesas franjas do Estado Novo. É um colosso, só vos digo.

A Usura



James Abbot Mcneill Whistler, em 1879, brindou-nos com este quadro.

Pintor nascido americano, mas Europeu por formação e mentalidade, descreve-nos nesta pintura "de raiva" a Usura. Tema também muito caro a Ezra Pound.

Acho esta obra muito a propósito da situação do "mercado financeiro" destes tempos de decomposição e de fim...

Apostilha: Estou quase, quase livre da situação de aperto profissional em que me encontro desde antes das férias de Verão.
E antes que receba 6.000.001 mails do Nonas é melhor regressar rapidamente ao blog...

quarta-feira, novembro 19, 2008

Os "bons" ...



Mais de 60 anos depois, começam a aparecer os crimes dos good guys.

É pena é só ser agora.

Lá vai a teoria da superioridade moral do Soares pr'ó galheiro ...

quinta-feira, outubro 16, 2008

Le "Pen"

Como eles ficam confusos quando ouvem falar no "le Pen". Até metem os pés pelas mãos. Ou melhor dizendo o orçamento pelo défice.

Há palavras que para "eles" os baralham, e muito. E depois é mais uma barracada...

terça-feira, outubro 14, 2008

Ainda a extrema esquerda ...



Só agora me chegaram as informações sobre o acampamento de Verão dos trostkistas europeus que decorreu em Espanha em Julho/Agosto do corrente ano, com a participação 550 delegado de vários países europeus (quinze) entre os quais Portugal (adivinhem de que partido vinham os "pequenos/as").

Um espanto, um colosso, só vos digo.

A Revolução não faz férias, Lenine dixit, e os "pequenos" subscrevem...

A parte mais interessante teve a ver com a tal "desobediência civil" de que tanto temos ouvido falar. O que eu fiquei a saber. Pois o curso começou a ser dado por um transsexual holandês que explicou ao povoléu como resistir à polícia quando a mesma tenta evacuar um prédio ocupado. Com um tubo e um mosquetão. Receita clássica e efectiva. Depois passou-se às manifs. Como "tourear" a bófia. Com exemplos práticos. Os clássicos: divisão, isolamento de flancos, contra ataque dividido em dois e em três, enfim a receita mais comezinha. E lá foram eles treinando, ao som da internacional, do Hasta siempre Comandante Che, do Bella Ciao (a propósito, vocês viram um anúncio na TV a um bem de consumo supérfulo e de luxo, ao som do Bella Ciao. Não há dúvidas serão os burgueses a fornecer as cordas com que hão-de ser enforcados...) e o Avanti, e ao A las barricadas.

Também houve uma "festa só feminina" (transsexuais não entram...) para se libertarem da pressão dos homens, descomprimir e descontrair das normas da sociedade patriarcal. Também houve a festa dos LGBT (lesbicas-gays-bi-transsexuais). Objectivo: descobrir que "uma outra sexualidade é possível". Nessa noite foi solicitado aos heteros para não assistirem.

Ou seja aqueles acampamentos é que são bons. Maus são os palermas dos nacionalistas que resolvem ir ouvir um concerto ao Algarve. Esses é que tem de ser abatidos. Nem que seja a tiro. Porque eles colocam o progresso da sociedade em perigo.
Sabem que mais: abaixo o fascismo

A vantagem de ser de extrema-esquerda

O actual locatário do Eliseu, Sarkozy, resolveu, segundo parece a conselho da Bruni (como me recordo do Agildo Ribeiro e da história da Bruna...) não extraditar para Itália a militante da extrema esquerda Marina Petrella, sobre a qual pendia um mandato de repatriamento para Itália, para cumprir uma pena de prisão perpétua.

Até aí tudo é discutível.

Mas recordemo-nos que em Abril de 1998 (há mais de 10 anos), Carlo Cicuttini, militante da extrema direita, com residência em Espanha, onde tinha conseguido a nacionalidade daquele país, foi detido em França, perto de Toulouse, vítima de uma armadilha dos serviços italianos, e, logo logo, entregue pela França à Itália, onde sofre uma pena de prisão perpétua, em condições altamente penosas e degradantes.

Recentemente, toda a imprensa transalpina (da tal, da de esquerda), se revoltou contra a hipótese de Cicuttini, cumprir a pena junto da sua família em Espanha. E claro que ficou na penitenciária italiana...

Hoje, esses mesmos jornais alegram-se (e de que maneira) com a atitude magnânime da Bruni e do seu marido. (A Bruni vai ter de certeza um altar em todas as chafaricas marxistas do mundo inteiro...)

Vantagens ... Ser de extrema esquerda é o que está a dar ...

segunda-feira, outubro 13, 2008

Afinal vale a pena ver TV

Como os meus habituais leitores saberão eu não possuo aparelho de TV. Nada de grave nos dias de hoje.

Contudo, ontem, no café que frequento vi uma reportagem sobre um comício dos berloquistas lá nos Açores.

E o que vi, fez-me pena de não possuir o aparelhinho. Caso contrário teria apreciado com muito mais cuidado a peça.

Mas foi um espanto. Dois pormenores deliciosos:

Primeiro: um travesti, completamente vestido e maquilhado como mulher agarrado ao Louçã, abraçado, um espanto. E viram o ar de "desconsolo" do berloquista mor. Delicioso.
Segundo: Louçã aproxima-se da candidata lá do sítio e dá-lhe um beijinho à "tio da Lapa". Contudo ela era mais terra a terra. Deu logo dois beijinhos. Outro desconsolo.

Ou seja o indivíduo bem tenta passar por defensor do povoléu, mas a costela pequeno burguesa está lá toda.

Mais uma vez digo, foi uma delícia...

quarta-feira, outubro 08, 2008

Rir ajuda, ajuda sim



Riam-se um pouco com os disparates neo liberais que para aí medraram durante decénios. Era só "dinheiro" inexistente. Era um jogo do monopólio que em vez de falsas notas se jogava com falsos valores. Mais valia terem ido torrar as massas dos depositantes para o casino. Assim ainda davam umas massas a Stanley Ho.

Mas "eles" nunca aprendem, nem aprenderão. Estão dispostos a arruinar Nações, comunidades e pessoas tudo em nome de umas casas de férias, umas brutas máquinas, um "status", como é bom dizer agora. E o que é mais grave é que nada lhes vai acontecer de mais grave do que baixarem de "status", e levarem as empresas que apostaram tudo no luxo para a bancarrota...
Mas com esses podemos nós bem.

Ah, como faz falta um Estado Nacional forte e coeso ...

terça-feira, outubro 07, 2008

O PBEC

Isso mesmo. Já não se trata do PREC, mas sim do PBEC!

O que entendo eu por PBEC: trata-se do Processo Berloquístico em Curso. Dois recentes acontecimentos vieram revelar este novo fenómeno em curso "neste país".

Um: o caso da sentença. Quando a ler na íntegra vou perceber melhor o que está em causa (está certo que é uma sentença da 1ª instância. Aguardo um Tribunal superior para ver se a Justiça prevalece sobre uma determinada ideologia). A outra é a retirada do cartaz por parte do zé que lhes faz falta a eles.

O Lic em Engª Sousa não vai ter maioria absoluta. Precisa da muleta da "sinistra". O balão de ensaio da CML funciona a contento de ambos. Resultou. Por isso depois das eleições preparem-se.

E não sou só eu a notar. Vejam as movimentações do PC destes últimos tempos. O Jerónimo é notável, temos de reconhecer.

Mas preparem-se para tempos bem maus num futuro muito (mas mesmo muito) próximo.

É garantido. Está certo que o filho do almirante não é o Vasco Gonçalves, nem sequer lhe chega aos calcanhares, mas que vai tentar, lá isso vai...

O meu 5 de Outubro...

Homenagem ao meu muito querido Rodrigo Emílio.

Na voz de António Moreira da Silva, que também integrou o In Nomine, do Disco "A Son(h)o Solto", com música de Campos e Sousa, de 2001, duas canções com letra do Rodrigo:

Serenata ao Rei Menino



Ai Flores do verde Rei

sexta-feira, outubro 03, 2008

Entregues aos comunistas 1945



Mesmo com greves de fome, tentativas de suicídio, nada feito, foram salvos para serem fuzilados dalia a uns dias...

Tal como fizeram a Laval... salvaram-no do veneno para logo de seguida o fuzilarem...

O que vale é que "eles são superiores (Mário Soares dixit)

Mais superioridade moral "deles"



Praga 1945

Acrescento ao trabalho do Nonas



O Nonas, no 7 de Setembro, deu-nos uma boa lista de livros relacionados com o 7 de Setembro de Moçambique. Faltam contudo alguns livros que vos quero recomendar. Comecemos pelo livro do Comandante Pedro Marangoni ( do livro Opção pela Espada, Editora da Mantiqueira São Paulo, 1999).

Com direito a filme e tudo. Mas há mais.

Até um com prefácio do meu muito caro e inesquecível Abel Tavares de Almeida. Vou ver se consigo acabar este assunto

Mas respinguemos algo do livro do combatente brasileiro, que tanto deu a Portugal:

"7 DE SETEMBRO
Alerta absoluto nos quartéis. A Rádio Clube de Lourenço Marques foi ocupada pelos revoltosos; os emigrantes portugueses da Rhodésia estão cruzando a fronteira, outras rádios são ocupadas.
É o dia 7 de setembro de 1974.
A prisão da capital é invadida pelo povo, centenas de agentes da DGS que lá se encontram são libertados.
Daniel Roxo, líder das milícias do Niassa, lança um apelo para que elas colaborem com a revolta. Lanço mão de um Land Rover da Missão e reunindo os milícias com rapidez, lhes explico a situação e peço que se metam no mato com suas armas caso a Marinha tente desarmá-los.
Nesta confusão não sou incomodado e instalado na casa do padre sigo os acontecimentos pelo rádio. Dois dias se passam e os rebeldes se consolidam. Muitos militares aderem, toda população está nas aias, mas pacificamente. Até agora nenhum tiro foi dado, mulheres e crianças ocupam as rádios da colónia. .Então no dia l0 a senha ainda há estrelas no céu foi substituída por galo, galo, galo, amanheceu! e veio a reviravolta. Tropas do Exército mandadas por comunistas esmagam violentamente a caseira revolução. Moçambique já estava vendido e era preciso entregar a mercadoria em dia.
Blindados e tratores empurram o povo para longe dos edifícios ocupados. Em conluio com a Frelimo, os nativos dos arredores dirigidos por agitadores profissionais invadem as ruas, queimando, saqueando, violentando as mulheres brancas de qualquer idade, sob a complacência das Forças Armadas Portuguesas.
Os comandos são proibidos de saírem às ruas, o governo pensa em desarmá-los.
Tomo um táxi aéreo e saio de Metangula, indo para Vila Cabral, onde tenho que esperar uma semana pelo reinicio dos voos para o sul. Neste curto espaço de tempo sou contatado por um grupo de "progressistas", que sabedores da minha intermediação no encontro Frelimo-Bispo, pedem minha colaboração. Como sempre, não me faço de rogado e infiltrado no esquema, posso sabotá-lo melhor.
Para o encontro não tenho dificuldades: o padre superior da Consolata e mais outro padre italiano já me haviam falado de suas relações com os turras (nome dado aos terroristas) e através deles três guerrilheiros chegam em Vila Cabral, transportados por mim, fazendo uma "palestra" à população local, demonstrando a todos o seu despreparo e ignorância! E para o cumprimento da minha "nobre missão em prol da independência", tinha livre acesso a qualquer hora ao gabinete do governador do distrito, além de um avião Auster caso necessário!
Neste ínterim em Nampula o brasileiro E. C., na OPVDC, participara ativamente na revolta e agora com uma viatura, ajudava os comandos do Exército Português a desertarem rumo a Rhodésia. Fugirá por sua vez para a África do Sul.
A opressão é grande em todo Moçambique. O Governo dá praticamente a colónia de presente à Frelimo, que nem efetivos tem em número suficiente para controlar apenas a capital. Tropas da Tanzânia, fantasiadas de "guerrilheiros nacionalistas" começam a entrar no território.
Chego em Lourenço Marques a tempo de participar da revolta dos comandos. Inconformados com que viam, com a covardia das tropas regulares assistindo mulheres brancas sendo violentadas e mortas, os grupos especiais se sublevam e nas ruas da capital atacam os homens da Frelimo que se pavoneiam como vencedores da guerra. Estes se defendem até com lança-foguetes RPG-2, aumentando o número de mortos civis. Batalha nas ruas.
Os nativos invadem novamente a cidade. Em um carro particular enfrentamos nas esquinas, com granadas e armas ligeiras, a corja de assassinos que a tudo saqueia e destrói.
De Portugal vem a ordem para embarcar os comandos; muitos fogem para a Rhodésia, engrossando as fileiras dos que pretendem retornar de armas na mão.
A violência da Frelimo e dos marginais, agora livres para saciar seus instintos, aumenta contra os brancos. Escondo-me numa paróquia - sempre os padres me salvando! -e aguardo os ânimos se acalmarem para fugir daquela fogueira.
Os africanos fazem controles nas ruas em grandes grupos, barrando e roubando os carros que se aventuram a passar. Muitos são incendiados e caso reajam os ocupantes são imediatamente massacrados. As brancas, em hipótese alguma podem sair às ruas.
Foi restabelecido o tráfego ferroviário e resolvo partir. Levo minha arma na bolsa tiracolo, juntamente com quatro granadas de mão.
O padre me dá uma carona em seu VW e mal dobramos a primeira esquina deparamos com uma turba armada, que revista os carros e as malas! Na calçada ainda arde um Ford Escort, tombado por eles...
Somos barrados e cercados pela multidão negra. Minha bolsa está à vista no banco de trás, mas nunca conseguiria sacar a arma ou as granadas a tempo. E irão revistá-la! Sinto-me empalidecer intensamente, acabou-se, me vejo massacrado até a morte. Se puder agarrar minha arma venderei caro minha pele. Só sinto pelo padre, estou desolado, o infeliz não sabe de nada e pagará igualmente. Decido que tentarei reagir quando forem apanhar minha valise, pois estarei perdido de qualquer maneira.
O padre abre o porta-luvas para mostrar que não há nada e o negro, com a cabeça metida dentro do carro olha para a tiracolo no banco traseiro. Deixo de respirar. Subitamente pergunta:
- Não é o senhor padre?
- Sou sim, meu filho.
- Ah, bom, passa, passa!
E a massa humana abre caminho para o VW, que arranca devagar, levando como passageiro um aprendiz de guerreiro semimorto de tensão...
Não mais abri a boca, afundado no assento, até me despedir daquele santo padre!
Com o bilhete comprado não mais me arriscaria inutilmente, agora que faltava pouco para abandonar um inferno em que muitos brancos haviam deixando o pêlo. No banheiro desfiz-me do pequeno arsenal no cesto de lixo e tranquilo fui esperar a hora da partida.
Ainda seria revistado duas vezes durante a viagem por guerrilheiros armados, a quem tive que dar explicações sobre o funcionamento do meu pequeno barbeador a pilhas, para eles uma granada. Um inclusive saltou comicamente para trás, assumindo posição de defesa, ao ouvir o zumbido do aparelho!... Foi com alívio que os vi saltar do trem e 100 metros à frente cruzamos por uma placa onde estava escrito: Vila Salazar-Rhodésia. Adeus Moçambique, ou melhor, até breve, voltarei! Fui ao vagão bar e deixei que as "Lions" vazias se enfileirassem em minha frente..."

segunda-feira, setembro 29, 2008

Como me lembrei deste Poema!

Arreganhar o dente

"O que é preciso é gente
gente com dente
gente que tenha dente
que mostre o dente

Gente que seja decente
nem docente
nem docemente
nem delicodocemente

Gente com mente
com sã mente
que sinta que não mente
que sinta o dente são e a mente

Gente que enterre o dente
que fira de unhas e dente
e mostre o dente potente
ao prepotente

O que é preciso é gente
que atire fora com essa gente"

Ana Hatherly

Esclarecimento, ou ainda ... alegoria canina



Como tem podido apreciar a minha prestação bloguística está em queda abrupta.

Razões: são profissionais. Sinto-me um Chiauhaua face ao poderoso grand danois estatal.

Mas mesmo assim, resisto e persisto. F*** You, digo eu, tal como o pequeno canídeo que não se verga de medo face ao grande canídeo estatal

quinta-feira, setembro 25, 2008

O comportamento “deles” é sempre superior…

Na quarta feira passada e na piramidal Suiça (no cantão de Zurich) deu-se mais um bom exemplo da liberdade, direitos humanos (e patati, patatá) de que o Mário Soares tanto se ufana.

Um médico psiquiatra, de 55 anos, director de um serviço médico de seguro/invalidez foi obrigado a demitir-se porque o jornal Neue Zürcher Zeitung (NZZ), na edição de domingo fez a extraordinária revelação de que o referido clínico tinha tido – em tempos – actividades políticas no partido alemão NPD (partido legítimo, só que da chamada extrema direita).

Os responsáveis pelo seu despedimento afirmam que vão vasculhar os duzentos “dossiers” medicos de que o despedido era responsável.

Os “democratas” declararam que a “sua integridade foi colocada em questão, a sua continuidade de trabalho era impossível"

Ou seja, dito de outra forma, quem não for lá da “clique” não tem direito a nada, nem a ganhar a vida. Aprendam, que “eles” não duram sempre…

Mas vá lá, para mostrarem que não são tão mauzinhos como isso os “bons dos democratas” declararam que “o seu trabalho sempre tinha sido executado de maneira profissional”

Mas, apesar disso: vai para a rua e não chateies, oh fascista!

(fonte: AFP)

Descubra as diferenças...







A Petição

Li no "Jantar das Quartas" uma notícia sobre a Petição para que todos os corpos dos Militares que faleceram na Guerra do Ultramar sejam repatriados para Portugal.

Desculpem, mas eu não concordo.

E não concordo por diversas razões das quais exponho resumidamente algumas:
1 - Portugal teve mortos em guerras nos "ultramares" desde o século XV. Regressam também essse corpos? Da Malásia, África, etc...? Ou só os mais recentes?
2- E os militares que morreram na I GG (recorde-se que a república desejou entrar na guerra para defender o Ultramar)?
3 - E os miltares que morreram na Flandres em 1917/18?
4 - E os do recrutamento local? Cerca de metade dos mortos, não nos esqueçamos!
5 - Os mortos morreram em Portugal, ao serviço de Portugal e foram enterrados em Portugal. Ponto final!

Agora concordo que os cemitérios devem ser bem tratados. Cabe ao Governo arranjar as poucas verbas necessárias para o efeito.

Publico a seguir fotos dos talhões do cemitério de Pemba, Moçambique. Imagens de 2008. Um dos talhões é o referente aos militares do Império Britânico mortos na I GM. O outro é o dos soldados do Império Português mortos no mesmo conflito e local.

Como dizia o outro: descubra as diferenças.

Já descobriu? Então cubramo-nos todos de vergonha!!!

terça-feira, setembro 09, 2008

Os crimes dos "bons"



Neste filme pode ver-se o que aconteceu a uma coluna de prisioneiros de guerra do Exército Alemão (após a derrota). Não eram SS, eram simples magalas.

Veja-se o detalhe das cuspidelas finais num corpo que já não se pode defender.

Local: Checoslováquia.

Razão dos acontecimentos: "A superioridade moral deles" (Mário Soares dixit)

Lamento profundo

Pois é o Ad Oriens resolveu encerrar. Tenho pena, muita pena. Atrás deste blogue estava alguém com muito (mas mesmo muito) valor ético e estético.

Que regresse brevemente e que eu o descubra para o poder publicitar. Foram poucos meses de actividade, mas valeu francamente a pena.

Volte sempre. E caso contrário bem haja pelo seu trabalho.

Um abraço e até sempre

Omar e o traidor traído






Três fotos reveladoras do pós 25.

Na primeira a frelimo ataca o traidor traído (antes deste ter caído em desgraça face à tropa fandanga, porque face à Pátria já estava completamente arrumado).

A segunda é uma foto de uma sessão na Escola da frelimo. O Branco é espezinhado pelo preto. As consequências foram as conhecidas no 7 de Setembro.

Quanto à terceira é a única foto conhecida da derrota do quartel de Omar. Os soldados (já prisioneiros de guerra) saiem em bicha de pirilau a caminho da Tanzânia...

Não nos esqueçamos que a Companhia que defendia Omar foi tomada à traição por "nabice" (e talvez não só) do Alferes Miliciano que "comandava"? aquela tropa fandanga...

Apostilha: Todas estas fotos são retiradas de publicações da Frelimo

O "nosso chinês" de Tianamen




Matem-me, bandidos, Matem-me!!! dizia esta nossa compatriota face à paraquedista tropa fandanga que a deveria proteger, mas que já estava ao serviço da Frelimo.

Esta foto correu mundo. Em Portugal é desconhecida. Preferem a do chinês na Praça de Tianamen.

São gostos (que escondem os desgostos da cobardia e a da traição da esquerda "portuguesa"

7 de Setembro - Dever de Memória


Em 7 de Setembro de 1974 e dias seguintes escreveu-se a última gesta portuguesa em África.

Acompanhei este movimento desde a sua génese (em Fevereiro/Março de 1973) até ter saído de Moçambique - Outubro de 1973. No pós 25 continuei a acompanhar a organização nacional de Moçambique. Quando eclodiu o movimento (de forma extemporânea e precepitada - aceito - caindo que nem uns patinhos na armadilha dos chamados "democratas de Moçambique"/Frelimo) e quando me pediram a opinião, dei-a de forma clara e precisa: temos de entrar no barco, mesmo que seja a derrota, porque caso contrário é mesmo a destruição total. Portanto perdidos por cem, perdidos por mil. E ao menos caíamos de pé e não como meras ratazanas.

Na foto acima podemos (à direita da foto) ver Gonçalo Mesquitella (filho). Um dos mais importantes militantes e dirigentes nacionais. Os seus combates na Universidade de Moçambique ficaram famosos. O seu papel no 7 de Setembro também foi fulcral. No entanto e face à descoordenação política do Movimento (uma das razões que provocaram o seu fracasso) e a errónea espera por Jorge Jardim (já então feito com a Frelimo) o seu papel não pode ter o relevo que deveria ter tido.

Espero (em breve) poder contar muito do que sei (quer por testemunho directo, quer pelo que me contaram, quer ainda pelos documentos que tenho ou que li).

No entanto é fulcral que continuemos a assinalar esta data que tanta importância tem no imaginário nacional. E que recordemos para sempre o massacre. E não nos esqueçamos que só nesses tristes dias de Lourenço Marques morreram mais de 3.000 portugueses. Perante a indiferença dos "militares portugueses"(???) e o desejo dos políticos de Lisboa (se for preciso dispararemos sobre os portugueses de Moçambique...).


segunda-feira, setembro 08, 2008

Katyn para sempre recordar



Este é o primeiro de três documentários que o Canal Arte nos tem trazido nestes últimos tempos.

Aliás Katyn é um dos melhores exemplos da hipocrisia dos nossos caros democratas.

Como sabem é proibido em numerosos países europeus (sob pena de prisão, emissão de mandato de captura europeu, etc...) a negação seja de que forma for das decisões do Tribunal Internacional de Nuremberga. Aliás a lei francesa é bem explícita: "qualquer negação total ou parcial de qualquer decisão do Tribunal".

E tudo é levado a fio de espada excepto Katyn. Como sabem o Tribunal de Nuremberga condenou a Alemanha Nacional Socialista pelo crime de Katyn. Foram eles, está escrito na sentença! E não se fala mais nisso!

Como neste caso havia demasiados papéis, testemunhos, relatórios da Igreja e da Cruz Vermelha Internacional, etc... "eles" tiveram de reconhecer que a autoria do massacre foi dos comunistas. É caso único em que o veredicto do Tribunal pode ser contestado, mesmo que isto vá contra a lei. Ou seja os tipos são uns catitas...

quinta-feira, setembro 04, 2008

E não se enganou nos seus vaticínios


Carta de Alfredo Pimenta para Salazar a propósito das jogadas da marcelagem de 1950:


V. Ex.ª, na Presidência da República, inutiliza-se, e vai cair em beco sem saída. E se em cima dessa desgraça, temos outra, a da Presidência do Conselho nas mãos do snr. Marcelo Caetano - está tudo perdido.
O Sr. Marcelo Caetano foi nado, fadado e criado para ser o Kerenski da situação actual, - se lhe confiarem o governo. As suas relações de família, a sua política equívoca, mestiça, furta-cores - para não dizer camaleónica; o seu feitio odiento de parvoíce, - tudo isso o contra indica para ser o substituto de V. Ex.ª. V. Ex.ª não me pediu conselhos, nem, com certeza, me considera digno de lhos dar. Mas pela consideração que tenho por V. Ex.ª, pela confiança que me conquistou o seu proceder, devo dizer-lhe o que penso, e preveni-lo do que se me afigura fatal. E não me tenho enganado muito nos meus vaticínios pessimistas.

quarta-feira, setembro 03, 2008

Fernando Pessoa

Fernando Pessoa dedica ao General D. Miguel Primo de Rivera, Marquês de Estella, e pai de José António, um belo elogio fúnebre
in Pessoa Inédito, coordenação de Teresa Rita Lopes, Livros Horizonte, Lisboa:

Pobre Hespanha, já sem ter
Alma onde ser!
Fragmento sobrevivente
De ti mesma, ente
De te perder!

Relembremos na hora
Em que em ti chora
O que não ouves em ti,
Aquelle que foi
O heroe em si
Do que em ti se perdeu de heroe.

Fidalgo que toda a alma deu
Ao Rei e á Grei que o perdeu
No incendio da hora extranha,
Saibamol-o, alheios mas homens, chorar,
Com quem a alma da fidalguia de Hespanha
Foi a enterrar

Ainda Skoll



Vídeo promocional do disco. A ouvir

Disco a comprar e guardar



Do italiano Skoll este disco gravado com orquestra, editado pela Rocha Tarpeia (Rupe Tarpea). A música nacionalista num dos seus melhores registos. "O Segredo de Esparta": uma das melhores explanações do culto heróico que deve presidir ao combate do presente e do futuro. A identidade europeia em todo o seu esplendor.

Faixas:

1. Notturno futurista
2. L’era della Spada
3. Bushido
4. Pioggia d’Irlanda
5. Sotto la pelle
6. Tutto parla di noi
7. Identitario
8. La Congiura delle Polveri
9. Vent’anni
10. Dio della Guerra

Mishima, a luta irlandesa, Guy Fawkes, que no século XVII tentou destruir à bomba o parlamento inglês, etc. Recomendo vivamente.

terça-feira, setembro 02, 2008

Rodrigo Emílio e Maurras


«LUGAR DE HONRA A CHARLES MAURRAS,
NO PRONTUÁRIO GERAL DA DEPURAÇÃO.
DA VALIDADE, ACTUALIDADE E VITALIDADE DO SEU PENSAMENTO.»

De dia para dia, mais flagrante tende a revelar-se, e cada vez se afirma e consolida mais e com maior candência — não cessando, assim, de agir como tal, de reproduzir-se em consonância, de operar em conformidade —, a influente actualidade da mensagem incursa, e inscrita ad aeternum, nas estruturas doutrinárias propostas a destino por Charles Maurras, a validade duradoura e a criadora vitalidade dos seus postulados, e dos seu apostolado, a plena vigência do seu magistério, a «rayonnante» lição do seu exemplo.
A sempre palpitante e, contudo, imperturbável, sereníssima permanência, e longevidade, do pensamento maurrasiano, estão desde logo, desde sempre, e ainda agora bem patentes, e bem à vista, na temperatura mental e temperamental das nossas convicções mais acendradas, que o mesmo é dizer: no monarquismo integral e integérrimo que as consigna, enforma e configura, e do qual arranca toda a nossa maneira autocrática e aristocrítica de ser e de estar: somo o que sempre fomos, estamos onde já estávamos e onde sempre estivemos, e haveremos de estar, aqui e agora, e agora e sempre, graças, em grande parte, e em boa e larga medida, à funda e fecunda acção do seu preceptorado, que cedo nos tocou, e talhou, marcando, para todo o sempre — para a vida e para a morte —, a nossa forma de ver, razonar, sazonar, inteligir, interpretar e entender seres, ideias, nómenos, factos e fenómenos.

***

Com isto, não se trata, aqui, bem entendido, de endossar e/ou de assacar a segundos, a terceiros, ou a quem quer que seja, a mais pequenina parcela ou fracção de culpa pelo que somos, ideologicamente falando, ou ponta de responsabilidade, de qualquer espécie, por aquilo em que eventualmente nos tornámos.
Por mim, e no que mais directa ou exclusivamente me concerne, já o eu tenho dito, redito, repetido e reiterado, sem folga nem descanso, e até à exaustão: com Mestres, ou sem Eles à ilharga, com Guias ou sem Guias a assistir-me — e independentemente do maior ou menor grau de «magistratura» ou de influência que tenham ou não tenham eles exercido sobre mim —, eu cá seria sempre o fascista que sou, o monárquico que sou, — e monárquico que ainda agora não ratificou a Convenção de Évora-Monte — seria, sim, de toda a maneira, seria eu o fascizante monárquico que sou, que tenho sido, sempre fui e que hei-de ser e permanecer, aqui e agora, e agora e sempre.
Sê-lo-ia em qualquer circunstância. Desde logo, por pendor, inclinação e propensão natural.
Sê-lo-ia, outrossim, por via instintiva, ou por via intuitiva, que mais não seja.
Sê-lo-ia, inclusive — sê-lo-ia, sobretudo — por factores de cariz estrutural e sanguíneo, que se prendem com a medular conformação do meu carácter — marcas e/ou traços de base tipológica, anteriores e superiores a mim, que procedem do puro foro do anímico; elementos de feição psicossomática, que relevam do âmbito e da área do ontológico; dados genéticos, energéticos e sinergéticos, de tónus voltaico e de recorte voluntarista, que me irrigam vasos, veias e artérias, desde a hora da origem, se não mesmo desde as eras pré-natais; componentes elementares genuínas, pois, e de raiz, de que sou portador, e que, impressas, transmitidas, à nascença, a cromossomas e glóbulos, e inscritas, gravadas a fundo nuns e noutros, assim ditaram, determinaram e/ou dictaminaram, logo à partida, todo o quadro ou/e quadrante mental, sentimental, sacramental, temperamental e comportamental de fundo, que me assiste desde o berço e que até à tumba me acompanhará, não havendo, portanto, nesse ponto, nada a fazer.
Monárquico, por princípio, e fascista por conclusão, sê-lo-ia sempre, pois com Mestres ou sem Mestres, com Guias ou sem Eles — por estas todas juntas e por outras.
Só que, na falta ou ausência desses Guias, desses Mestres e preceptores, seria eu, com toda a certeza, um monárquico e um fascista bastante menos esclarecido e ainda menos esclarecedor — ainda menos — do que o que sou. Apenas isso.
Que tal fique bem claro, e claramente declarado et nunc et semper, e de uma vez por todas.
O idearium que cedo abracei — e ao qual tenciono morrer abraçado — por minha conta e risco o abracei.
No fundo, limitei-me a seguir e a explorar o meu próprio veio e/ou filão tendencial e a observar a lição dos maiores e melhores de todos nós.
A única culpa que lhes assiste a eles e efectivamente os melhores ou de se terem a meus olhos perfilado como tal e de os ter a minha mente elegido por melhores. Mas disso não têm eles, no fundo, culpa alguma... Nem eles nem eu. Sempre assim foi: desde que o mundo é mundo que a grandeza das ideias é gerada pela magnitude dos homens que as incarnam e professam, sendo a inversa igualmente verdadeira, do ponto e/ou na medida em que as grandes ideias geram e gerem, por seu turno, os grandes homens, que tendem para elas a bem dizer desde que nascem, por um quase fenómeno de magnetismo.
Não têm mais que saber. E tudo o resto é literatura... (Má literatura, aliás). Ou conversa de chacha, paleio barato... Ou conversa fiada em que não há que fiar...

***

Continuando. E refluindo — retrocedendo, sem demora, e rapidamente e em força — a Maurras.
Um que outro ponto de divergência, ou de desfasamento, porventura detectável, ou eventualmente observável, no cotejo do esquema e das perspectivas de fundo, angulações cardiais ou lineamentos básicos, que enorabuena assumimos e adoptámos, sobraçámos e abraçámos por nossa auto-recriação — e que são os nossos, para todo o efeito —, com o ídeo-sistema erigido e subscrito pelo colosso de Martigues («Politique d`abord!», preconizava Maurras, «Poésie d`abord!», contraponho eu; «La France seule!», predicava, de lá, o Sumo-Sacerdote da «Action Française»; «Le Portugal-Empire encore et toujours, et l`Europe en plus!», sustenho eu...), não chegam para beliscar sequer a identidade de opções que interiormente nos une ao fundo, ao cerne, à medula e ao essencial da sua atitude mental, quanto mais para as contraditar ou contrariar, pouco que seja, no quer que seja, seja no que fôr...
Aliás, é dele um dos enunciados aforísticos que mais cedo nos entraram (e ficaram, e que ainda, a esta hora, nos andam) no ouvido; um dos preceitos que mais fundo calaram, pois, no nosso espírito e na nossa mente.
Aludo à frase emblemática — e, tão ou tão pouco lapidar é a verdade elementar que encerra, que quase se diria lapalíssica — administrada por ele à l`égard, — à l`enseigne — ao longo de uma tarde de doutrina, com um naipe de observações empíricas de utilidade pública, e lhe fez, às tantas do campeonato, a bem conhecida admonição: «É preciso, é imperioso, é vital que a fragilidade humana seja socorrida e ampla, largamente compensada pela fortaleza das instituições».
Nem mais — nem menos. A debilidade humana tem toda a precisão e mais alguma, e plena necessidade — necessidade absoluta — de contar, realmente, com instituições fortes, estruturas firmes, inabaláveis como rochas, órgãos, aparelhos e organismos de pedra e cal, que lhe dêem sustentáculo anti-sísmico, digamos, e o suporte, a consistência, a robustez de que carece.
E daí advirá, eventualmente — daí provirá e procederá, até, e em linha recta —, aquela sempre (ou quase sempre) autoritária, normativa, dogmatizante e, quantas vezes, olímpica, régia, soberana, senhorial e transcendente leitura que o curso temporal da existência lhe suscita e, no geral, lhe merece; daí, também, decorrerá, por certo — directamente daí — o igualmente invulgar e invariável «tónus» de virilidade que o majestoso pensador adrega imprimir, por norma, e por sistema, ao exercício mesmo da actividade especulativa — à formulação, conceituação, formalização e produção das suas elaborações, entenda-se — e que, por aí, se transmite, desde logo se comunica, a tôdalas gradações e subtis graduações que esmaltam o trilho da sua paciente jornada reflectiva, cumprida a qual a ars cogitandi de Maurras alcança a graça, finalmente, de dar corpo, alma e rosto, incomparavelmente harmoniosos, à radiosa e irradiante «fortaleza» ídeo-lógica que visara e visionara ele desde a linha de partida — e, alfim, consumada, à prova de contestação; alfim, solevada, em perfeita plenitude de pensamento e de palavra. A saber: no topo ideal da construção por ele alevantada, sobrepairando tudo, e todos, a título verdadeiramente cupular, e fruindo do primado espiritual irretirável que Lhe assiste à partida, por petição de princípio, avulta a Santa Madre Igreja, enquanto «dona, senhora e rainha da Lei dos Mundos», naturalmente associada — e sobrenaturalmente vinculada —, por definição e por tabela, à mais genuína das noções cristãs, à mais lídima delas todas: a noção de cruzada, digo: o militar e militante sentido de cruzada e guerra santa, dos quais a mesma Santa Igreja se volve fonte inspiradora e instigadora, por excelência, e agente propulsor e estimulante, por inerência. «Que ninguém sorria da Cristandade» — adverte, taxativamente, Charles Maurras, em termos que remontam a 1900 e que figuram e fulguram na sua «Enquête sur la Monarchie»; «a Cristandade» — recorda ele, logo de caminho — «fundou, no passado, nada mais nada menos do que os Estados Unidos da Europa. O mundo moderno» — conclui, sem demora, o poderoso e primoroso assertor e politólogo — «não está só atrasado em relação ao Império Romano, mas em ordem, inclusive, à própria Idade Média, visto achar-se infinitamente menos unificado do que à época».
O legado doutrinário de Maurras — monumento, soberbo, de rigor e vigor, de lógica e energia, sem igual nem rival — descerra, assim, ante nós outros, «a nova arca, católica, clássica, hierárquica, humana, onde as ideias não serão mais como palavras ao vento, as instituições engodos fraudulentos, as leis uma impostura pegada, as administrações focos-infecciosos de exacção fiscal ou florestas de enganos, e onde tão-só reviverá aquilo que vale a pena que reviva: em baixo, as repúblicas; no cimo, a Realeza, e, como abóbada de tôdolos espaços: o Papado».

***

Onde, porém, o fundibulário e o teoreta mais a fundo conversam com a nossa sensibilidade, e deveras se insinuam, deveras se inscrevem no mais atento, venerador, obrigado e religioso recanto da nossa intimidade, e da nossa audiência ideológica e política, é no domínio, justamente, da abordagem factual da História contemporânea, cujo conturbado processo veio a ter nele um dos seus mais lúcidos e combativos acompanhantes, um dos seus mais corajosos protagonistas.
Detido e pronunciado quando já os anos lhe pesavam — tinha, então, Maurras a provecta idade de 77 anos —, e chamado a confrontar-se, na circunstância, com a eventualidade de uma condenação à morte mais do que provável, mais do que certa, mais do que iminente, em virtude de sobre ele impender a acusação que formalmente o declarava e constituía «coupable d`entente avec l`ennemi» (logo a ele, que toda a vida professara um anti-germanismo impenitente e uma teutonofobia perfeitamente pré-primária!...), encarou a situação sem pestanejar, com toda a impavidez, determinação e sangue-frio, limitando-se a olhá-la de frente e a observar: «A vida, na minha idade, nada representa. Para mim, doze balas ou nenhuma, dá no mesmo; não importa; tanto faz; pouco se me dá.»
Demais, considerava Maurras que, «sendo o pensamento a maior e a mais nobre faculdade do homem, não é nada do outro mundo sofrer por ele o pior dos martírios e morrer, até, em sua defesa, se fôr caso disso.»
O velho, denodado e leonino pensador, que cedo abraçara a causa política como quem abraça um sacerdócio, não temia minimamente a prisão, o fuzilamento ou o mais que lhe estivesse reservado. E, na histórica e estentórea audiência de 28 de Janeiro de 1945, no Tribunal de Lyon, Charles Maurras logrou «desarmar» por completo os seus juízes, procedendo ele próprio ao julgamento dos mesmos, perante o pasmo e a escandalizada incredulidade e estupefacção de todos eles.
Ficou célebre a objurgatória, magnífica, que dirigiu ao Procurador da república nessa inolvidável sessão: «A violência, senhor procurador, não reside, de forma alguma, nas minhas palavras; a violência está, sim, na situação em que nós nos encontramos, e no facto de ocupar o senhor, neste momento, o lugar que, por direito, me é devido e que me pertenceria, de facto e de jure, preencher. A violência, senhor procurador, reside no facto de estardes vós no lugar em que estais e de não ser eu a estar aí, a desempenhar um tal papel!»

***

A documentar, igualmente, e de modo assaz eloquente, a impassível e sobreavisada clarividência de Maurras, na percepção, contemplação, análise e diagnose do panorama histórico-político fornecido pelo mundo à passagem do meio do século, aí está, ora nem mais, a viva expressão do seu acrisolado apreço pessoal por Salazar, apego esse traduzido e verbalmente manifestado pelo mesmo Maurras, quase, quase às portas da morte, em mensagem de transmissão oral, de que Henri Massis foi fiel depositário, e se fez portador e intérprete, junto do augusto estadista seu destinatário, aquando de uma viagem efectuada ao nosso país por esses entonces: «Você reafirmará, junto do Premier português» — encomendou e recomendou, ao seu amigo e discípulo, o portentoso polemista — «, a minha devoção de sempre, ia a dizer: o meu grande afecto, quase diria mesmo: a minha ternura, por ter sabido, ele, dar à autoridade, restituir à autoridade, assim é que é, o mais humano dos rostos.»
Já, antes, aliás — muito antes disso —, se orientara e pronunciara, e providenciara ele, no mesmo sentido. De facto, ainda os restos mortais da guerra não teriam começado a esfriar, e já o «Camelot dos camelots», desde o fundo da sua clausura de Clairveaux, onde se achava aferrolhado, em regime de prisão perpétua e onde, de resto, só por acaso, e por um triz, não veio a morrer, se fizer eco da intensa estima — intelectual e afectiva — que votava ao nosso inesquecível Presidente do Conselho, exortando-o da forma memorável que se sabe, com todas as veras da alma — e com o apelativo e celebérrimo brado: «Restez! Tenez!», — e dessa vez já o não fez ele, apenas, por interposto mercúrio, mas directamente e por escrito: por mão própria; não já por vias travessas e, sim, por via epistolar.

***

Outro aspecto a reter — e a considerar, sobremaneira — no discurso doutrinário do imortal autor das «Oeuvres Capitales», é, sem sombra de dúvida, e sem favor, o que concerne à axiologia (e apologia) do fenómeno corporativo, sua ideação e caracterização sócio-filosóficas, delimitação geral do mundo do trabalho, inventariação exaustiva de toda a estrutura laboral, e fixação teórica (magistral! e esgotante) dos respectivos — e sucessivos — níveis, escalões e estratos, sendo que as componentes e ordenadas de semelhante universo se organizam e perfilam, chez Maurras, à imagem e semelhança, e exemplo, dos sedimentos proto-elementares conaturais ou colaterais à morfologia e tessitura das chamadas camadas sotopostas — e, portanto, segundo as surpreendentes linhas-mestras do mais puro tratado e geologia social (de geologia sindical, melhor dizendo) e de geografia, também, como veremos: de autêntica geografia — se não mesmo de acabada geometria — societária. Uma nova e inovadora ciência, essa. Que o era — pelo menos, ao tempo. (Que o era e seria...)
Sustenta, a tal respeito, o preclaríssimo fundador do nacionalismo integral: «Admitindo que as nossas uniões de origem, de base, de raiz, tenham tido e mantido, e ainda agora conservem, a sua razão de ser, cumpre completá-las por meio das uniões profissionais. A estas vastas formações horizontais — de patrões, empresários, técnicos, de empregados, funcionários e operários — comparáveis às Zonas de latitude terrestre, aditamos nós formações verticais, a fim de bem — comunicarmos uns com os outros, de molde a melhor podermos coordenar as relações permanentes entre todos, de sorte a regrar e regular as normais alterações de perspectiva que a natureza e objecto das nossas indústrias reclamem: fusos de longitude social varando e atravessando as espessas e estratificadas crôstas e camadas da antipatia e da ignorância recíprocas, tendo em vista a laboração comum e convergente da economia produtiva do país. (...) É preciso associar as forças confluentes (...) pobres e ricos, dirigentes e dirigidos, no corpo e coração da mesma pátria: será a corporação.»
Lê-se — e fica-se abismado, com a limpidez do plasma expressivo e com o magnetismo da exposição. Pasma, assombra, esmaga, a lógica irrefragável do raciocínio. Resultam quase exasperantes o brilhantismo e profundidade de invólucro e conteúdo. Fascina, deslumbra, a meridiana nitidez da observação.
Mas de onde, de onde provém, afinal, esta luminosa visão dos homens e da sua circunstância, autenticada por Maurras, desde sempre et jusqu`au bout? A que oracular sabedoria, a que selecta e que secreta ciência (infusa) demanda referência tamanho esplendor mental?
A isto, talvez — apenas a isto: Maurras formula as ideias a partir da própria fibra dos factos. Sempre, e sem excepção, a partir dela e a partir deles. Daí a monumental segurança, a mineral consistência, que imprime a quanto escreve. É que contra factos, não há, nunca houve, continua, ainda agora, a não haver argumentos.
Moral da história: em matéria de conceituação político-filosófica, ainda hoje ou, sobretudo, hoje, terá fatalmente de ir a Maurras quem, de algum modo, queira entrever «l`avenir de l`intelligence».

Rodrigo Emílio.

(Lisboa, aos 14 de Agosto de 1968 — Casa de São José, em Parada de Gonta, aos 10 de Maio de 1996.).

Resista, Fique !

LETTRE DE CHARLES MAURRAS A SALAZAR

A son Excellence, M. Salazar, Président du Gouvernement portugais
à Lisbonne

Monsieur le Président,

Mon chèr ami Marcel Wiriath qui part pour Lisbonne où il aura l`honneur de saluer Votre Excellence me propose de se charger pour Elle d`un message de moi. Bien que Wiriath n`ait guère que la moitié de mon âge, c`est déjà un vétéran de L`Action Française. Quand on m`a mis en prison et mon jeune neveu et fils adoptif est devenu mon tuteur, Wiriath a accepté de me servir de subrogé-tuteur. C`est dire as vieille amitié, que ne pouvait se tromper sur mês sentiments: il a deviné avec quelle joie je saisis l`occasion de vous dire, Monsieur le Président, l`admiration enthousiaste que m`inspirent vos travaux leurs succès, leur triomphe et, depuis quelque temps, la curiosité poignante avec laquelle est suivie la phase nouvelle (non critique, certes, mais grave) de la très noble histoire à laquelle vous avez donné votre personne et votre nom.
C`est à Votre Excellence que je pensais hier en relisant dans mon Horace l`ode XIV du premier livre, O navis referent in mare te novi ⎯ fluctus... Fortiter occupa-portum... interfusa nitentes ⎯ vite aequora Cyclados... Ce n`est point pédanterie, mais véritable sursaut du coeur. Depuis tant d`années, l`abri de bonheur mérité que goût votre peuple, ce grand oeuvre de stabilité et de prospérité qui vous a valu ce respect universel, représentent de si grands biens, si rares aujourd`hui, qu`un certain nombre d`Européens s`y sont attachés comme à leur patrimoine, leurs voeux lointains vous accompagnent et vous bénissent comme une part le leur propre destin. ⎯ Surtout, pensent-ils, ne nous manquez pas! Restez! Tenez! Vous venez de perdre le ferme soldat qui, sans coup férir, sans verser une goutte de sang, rétablit les affaires du Portugal et les assura dans vos fortes mains! Continuez, vous, d`élever le rameau d`or de l`ordre, de l`autorité et des libertés! Qu`il fleurisse chez vous et qu`il y fructifie, Peuple frère c`est encore une preuve ou, tout au moins, une signe qu`il ne s`est point flétrir pour jamais ailleurs.
Je ne crois pas au sens physique d`une race latine. Mais, de toute mon âme, je confesse l`esprit latin ou plutôt helléne-latin. Ce dernier correctif est fait du souvenir d`une grammaire portugaise, ouverte un beau matin de mon adolescence, où j`aperçus que votre article o, a, répétait la forme dorienne du vieil article grec: si fabuleuse et fantaisiste qu`elle finit par m`apparaître, la dérivation m`enchantait parce qu`elle me faisait entrevoir des compatriotes d`Homère peuplant la plus lointaine Hespérie jusqu`aux bords du fleuve océan. Nos parentés de langue, d`esprit, de religion, de moeurs n`en sont pais moins palpables. Ne vous semblent-elles pas un peu trop oubliès par nos temps d`internationalisme unificateur plus au moins fédéral ou confédéral? Tout devrait y faire penser: la puissance des autres; le peu de pouvoirs qui nous restent. Et je songe, non sans fierté mélancolique, à votre Goa, à votre Macao comme à notre Pondichéry... Nous y sommes encores en somme, alors que de plus puissants on dû déménager tout l`Inde, et ils foint leurs paquets en Chine! Sans nous flatter de supériorité ni de comparaisons qui seraient, hélas!, vaines, est-ce que nos dominations et les leurs ne se distinguent pas, celles-ci par la prise terrestre, horizontale, celle-là par un sens vertical dans la direction de l`esprit? Ce n`est sans doute là qu`un passé peut-être révolu, qui ne peut plus compter dans les figures de l`avenir. Mais Qui saît? Qui peut savoir? Quand vos navigateurs ont suivi le soleil couchant pour rechercher des mondes et fonder des empires, est-ce que leur sang et leur pensée n`y ont pas préparé de splendides et solides résurrections?
Multa renascentur. Vous avez engagé votre nation dans la voie de ces renaissances. Puisse-t`elle y rester, y courir et, tout en courant, nous y entraîner! Je suis l`homme de l`Espérance.
Veuille Votre Excellence pardonner ces longueurs peut-être divagantes. Mon ami Henri Massis qui eut l`honneur d`être reçu à Lisbonne m`a dit avec quelle ouverture de coeur et quelle lucidité de pensée Votre Excellence suit les choses de France. (C`est ce qui m`a rendu peut-être indiscret).
Avec mês excuses, je prie Votre Excellence d`agréer, tout mês voeux fervents pour son bonheur et pour celui de as très noble patrie.

Charles Maurras
8.321

Clairvaux, le 31 mai 1951.

In «Agora», n.º 376, pág. 7, 05.10.1967.

A adquirir



Recolha (comentada) de quase oitenta cartas enviadas a Maurras pelos seus amigos: da Action Française ( Bainville, Montesquiou, Moreau, Vaugeois), dos homens de confiança (Bernard de Vaulx, almirante Antoine Schwerer), referências intelectuais (Robert Brasillach, Thierry Maulnier) ou dos militantes combatentes(Maurice Pujo, Georges Calzant, Lucien Lacour, Marius Plateau, Maxime Réal del Sarte), dá-nos um retrato de uma época, com os seus comportamentos e posturas políticas de uma série de gerações. Marcadas pela violência da guerra, impregnadas de valores realistas, nacionais, católicos e anti comunistas, exprimem uma adesão incondicional às ideias maurrasianas de todos eles.

Livro a ler absolutamente.

Apostilha: Para quando um estudo a sério sobre a correspondência de Salazar com Maurras?
É um campo virgem para uma investigação universitária. Depois do livro sobre a correspondênciaa entre Salazar e Alfredo Pimenta, recentemente saído, e que também brevemente comentarei, este assunto merecia uma análise cuidada.

Para já vou publicar a famosa carta de Maurras a Salazar: Tenez, Restez. Essencial!

... Se não souberes porquê, "eles" sabem

Do Club Acacia, bom blogue francês, pilhei este texto sobre os "jornalistas".

Essencial, para mantermos a cabeça limpa:

"Nada. Não devemos acreditar em nada que nos querem fazer crer. É a única posição correcta face às asserções cuidadosamente preparadas pelos democratas mediáticos. Nunca nada é neutro. Foi a partir da Iª Grande Guerra que isto começou. E seremos nós capazes de nos abstrair dos poderosos jogos de sentimentos que estes indivíduos se entretem a fazer-nos jogar?

Aproveitemos para dizer -para insistir - que estas mentiras não são de ontem. A mentira é irmã gémea e siamesa da democracia. E vendo o que eles podem fazer com a credulidade dos contemporâneos, imagine-se o que acontece com aqueles que já cá não estão para se poderem defender.

Ou seja, não acreditar em nada que venha deles. Mas mesmo em nada"

Para a história da ignomínia

Um dos meus "rituais semanais" consta da leitura atenta todas as terças feiras do jornal Público do artigo da jornalista Helena Matos, única exemplar da classe jornalística que não tem medo de falar de coisas que mais ninguém fala. É sempre um deleite lê-la, concordando ou não com ela.

Hoje traz-nos uma notícia (que eu desconhecia - e logo eu que pensava conhecer a maior parte das histórias da ignomínia post abrilina).

E de que notícia se trata: em Fevereiro de 1975 (bastantes meses antes da independência) o Alto Comissário do Portugal (abrilino) em Angola achou apropriado e honroso que o dia 15 de Março de 1961 integrasse o calendário oficial de feriados de Angola, na qualidade de data festiva.

Ou seja o abrilino de serviço achou que a data de um dos maiores massacres a que os portugueses foram sujeitos (em que milhares e milhares de portugueses foram massacrados no Norte de Angola) fosse uma data festiva.

Canalhas, Canalhas, Canalhas!!!

sexta-feira, agosto 29, 2008

Notícias da reserva india

Os empregados municipais de Southwark, um bairro no centro de Londres, vão a partir de agora beneficiar de linhas privadas de autocarro - pagas pelos contribuintes britânicos - porque tem demasiado medo de voltar para casa a pé, já que tem de passar quarteirões inteiros de afro britânicos (em linguagem pc). Assim, a partir das 16 horas saem autocarros para levar os empregados até à segurança das estações de metro. Assim evitam passar no ultra famoso bairro de Aylesburry Estate, no qual cerca de 70% dos habitantes são dos tais, e que detém a mais alta taxa de criminalidade do Reino Unido. Custo diário da brincadeira - cerca de 1630 euros. Mas há uma coisa a não esquecer: o bairro faz parte da circunscrição eleitoral da senhora Harriet Harman, ministra da Mulher e da Igualdade do governo socialista. Foi da sua cabecinha que em Junho passado saiu a ideia de que as empresas devem favorecer os candidatos mulheres ou de minoria étnica. Ora as eleições estão à porta e o eleitorado dos empregados de estado estava demasiado virado para a extrema direita. Logo arranja-se um transporte e acabam as guerras. E o contribuinte paga, claro.

quinta-feira, agosto 28, 2008

As melhores do Jornal Publico de hoje

- Miguel Gaspar: "uma vaga de violência": nesse "brilhante" texto o colunista demonstra-nos que o que está a acontecer em Portugal não é nada de especial, é apenas uma questão de semântica. è pois preciso encontrar uma "abordagem racional para este problema". Estamos conversados;

- Thomas Stephenson (embaixador do tio sam em Portugal): os malandros dos russos estão a mudar o mapa da Europa, a esmagar a pobre Geórgia, retirando-lhe espaço nacional, etc. Contudo nem uma só palavra sobre o Kosovo. Vão dar banho ao cão;

- Esther Mucznick: 30 professores de história que ensinam em Portugal - 30, seleccionados por alguém que não é referido, em colaboração com a APPH, foram em agosto para jerusalém frequentar um seminário sobre o holocausto. Para quê? Para poderem ensinar as nossas criancinhas sobre o assunto. O problema do ensino do holocausto, segundo a "investigadora em assuntos judaicos" é que se não for bem feito pode gerar "ignorância, indiferença e cansaço". Imaginem... tst. tst;

- Manuel Pinto Coelho: segundo um estudo "o II inquérito ao consumo de substâncias psicoactivas na população portuguesa" levou a que um jornal do Porto (o JN) a escrever em manchete de primeira página "meio milhão recupera das malhas da droga". Cerca de 600.000 foram fantasticamente recuperados das malhas da droga. Isto é o tal do simplex, de certeza... Vocências já pensaram quanto é que nos custou este "brilhante" estudo...

- Maria José Oliveira: Negro? Preto? Ofensivo ou natural: Um espanto de artigo, com uma história fabulosa contada por Mia Couto: Local Nova Iorque. Personagem: um nosso economista: tema - a economia portuguesa. Erro do tuga: falou em mercado negro. Burburinho na sala. O nosso homem não percebeu nada. Vozes indignadas ouviram-se na sala. Interrupção. No dia seguinte o bom do português recebeu um diccionário com as palavras proibidas: "cego, surdo, gordo, magro, etc."
O resto do artigo é mais do mesmo - tudo politicamente correcto.

Finalmente chegou a Liberdade a Cuba ...

Ao mesmo tempo que os dinamarqueses praticavam a democracia prendendo 2 músicos, Cuba (agora já não governada pelo Coma andante...) não desejou ficar pelo caminho no que diz respeito aos direitos humanos. Vai daí, pimba, prendeu um músico local - o Gorki Aguila, líder da banda punk Porno para Ricardo.

Como vêem agora em Cuba já há liberdade. Já há direitos humanos, patati, patatá. Estão ao mesmo nível da Dinamarca.

Quem havia de dizer...

A propósito do postal anterior

Dedicatória dos Europeus aos da "superioridade moral"

A Patati, patatá do dia ...




Segundo nos informa hoje a Lusa:
"A polícia dinamarquesa deteve quarta-feira dois homens para impedir a produção e distribuição de música neo-nazi, anunciaram investigadores alemães.
Os suspeitos, de nacionalidade dinamarquesa e alemã, são acusados de liderarem a produção e distribuição de música neo-nazi sob o rótulo de Celtic Moon (Lua Céltica).
A dupla produziu 100 mil cópias de música, segundo as autoridades."
Ai como é bom viver em democracia e liberdade. Ai como é boa a "superioridade moral das democracias" (Soares dixit). Afinal os da PIDE quando apreendiam os discos do Zeca Afonso demonstravam também ser bestialmente democratas. O que eu hoje aprendi...

Apostilha
: E por falar de Zeca Afonso. Dentro de dias vou contar umas coisas lindas lá do rapaz e da sua guerra com um oficial do mfa, o Aventino do MRPP. Leiam que vale a pena para verem a "coluna vertebral" do baladeiro. E vão-se rir um pouco...

2ª apostilha: na foto um dos presos, o alemão Stephan Guenther

quarta-feira, agosto 27, 2008

Porto - 6, Lisboa - 2

Pois durante as minhas ricas férias dois casos vieram dar-me uma certa alegria. Falo de menos oito malandrins à solta neste país à beira mar plantado, e cuja segurança está nas mãos do "aventaleiro" (magnífica designação devida à mordaz pena do Humberto Nuno).
Mas o Porto deu uma abada a Lisboa.
Seis malandrins seis (como se dizia antigamente nas touradas). 4 a título definitivo e dois provisórios. Razão para o facto: imperícia ao volante de um dos do gang da Lapa.
Em Lisboa um definitivo e outro provisório. Imperícia dos GOE está bem de ver.

Ou seja imperícia por imperícia viva a do volante.

Que pena não termos tão boas notícias todas as semanas...

Apostilha: Por falar de imperícia, vocências viram a razão de nós termos falhado nos JO quando observaram o treino levado a cabo pelos gitanitos de Loures na disciplina de tiro aos pratos.

Tantos tiros e nenhum acertou. Que falta de habilidade, que imperícia.

E além do mais gastaram em munições o equivalente a um ou dois Rendimentos Mínimos que os nossos estimados políticos lhes oferecem para eles poderem continuar a treinar o tiro ao alvo. E já repararam que aquelas famílias vão passar um ou dois meses de fomeca extrema dados os gastos em pólvora e chumbo praticados pelos papás e titios ... Ou então pedem um reforço do tal de subsídio. Assim já podem comprar umas metralhadoras...

terça-feira, agosto 26, 2008

Para esquecer urgentemente

Crítica de Antoine Baudoin publicada em França na NRH, 37, pag 66):
"Dois anos depois do sucesso (comercial) do século, Littell conseguiu a maior jogada editorial em França. Explicação: ele seria verdadeiramente o autor do "livro" publicado em seu nome. Littell sempre mandara afirmar que tinha escrito as mil páginas (ilegíveis) das Bienveillantes (as benevolentes, em português) em apenas cem dias. Com uma ração quotidiana de whisky, e porque não? Apesar disso a má língua francesa não cessava de designar outro(s) como autores do "best-seller". Os nomes indicados eram os do editor de Littell, Richard Millet, ou ainda Jacques-Alain Léger, um profissional que tudo conhece em termos de negritude literária. Em resumo, neste pequeno livrinho, verdadeiramente escrito em termos neo freudianos, Littell conta como lhe surgiu a ideia do grande sucesso: o descriptamento da Campanha da Rússia do belga Leon Degrelle. Ou seja Fascismo e Homosexualidade seriam intimamente ligados como sugeria o seu livreco? Decepção: "o poder deterriorizador do anus é demasiado corrosivo, a sodomia ameaça os limites de uma maneira fundamental, que nenhum Fascista poderia suportar". Límpido, não é?"
Apostilha: Pois o livro é tudo isto e muito mais. Ele bem quer - de todas as formas e feitios fazer-nos crer que a homosexualidade negada dos fascistas - é um facto. Razões... nenhumas. Ou seja estou de acordo com o colunista "Livro para esquecer urgentemente". Nem assim por estes ínvios caminhos eles conseguem achincalhar Leon Degrelle.
Mas para Littell - que já é milionário à conta do primeiro livrinho - são mais umas massas que entram. Para nós é mais um balde de merda que nos atiram à cara.

Um balde de m...

Assim, tal e qual, por extenso.
Foi assim que um velho Amigo se referiu ao livro "Le sec et l'humide", "livrinho" a que já me referi aquando da sua aquisição e que pretende ser a psicoanálise de Leon Degrelle.
Mas eu conto, que vale a pena:
Este meu Amigo é um distinto militar (não dos de Abril, entenda-se). Deu o corpo ao manifesto no Ultramar. Depois fez o triste sucedâneo do antigo curso de estado maior. Dedicou-se - de alma e coração - ao estudo dos génios militares que no domínio táctico inovaram a doutrina, a maior parte das vezes com "jogadas de génio" que lhes permitiram inverter situações desesperadas e transformá-las em grandes vitórias. Daí a sua grande admiração pelo Leon Degrelle combatente. Por isso tem tudo o que Leon escreveu (até nas revistas Cedade...) e tudo o que se escreveu sobre o chefe do Rex.
Logo, como eu não tinha o mínimo interesse em possuir na minha biblioteca aquela coisita editada pela gallimard, resolvi oferecer-lha. Mas avisei o que era.
Passados menos de quinze dias e ao voltar a estar com ele recebi a seguinte resposta: toma lá esta porcaria. Teria sido preferível que me tivesses dado um balde de merda!
Ou seja "aquilo" voltou ao meu poder. Já tem proprietário escolhido. Esse meu excelente e dedicado Amigo aceita tudo o que lhe dou e já me disse não se importar de conspurcar a sua Biblioteca com aquele dejecto. Quem tem Amigos destes é um Homem verdadeiramente bafejado pela sorte. Bem hajas!
Apostilha: Como sou masoquista (às vezes) resolvi ler a tal coisita. Dá vómitos. As imagens foi buscá-las à internet. É um Bluff. Vou publicar de seguida uma crítica literária sobre o "dejecto" de autoria do francês Antoine Baudoin. Nada do que eu conseguisse dizer ultrapassaria o que lá está escrito.

Pensar Portugal, Sempre!



Um dos poetas mais puros da nossa Pátria - José Régio - apontou o caminho dessa nova/velha empresa:


"deixa que os mortos fechem os seus mortos,

Nos sepulcros caiados da cidade.

Contra tudo o que vivo já morria,

ou morto, ainda se aterra.

(...)

Declara a santa guerra

Da tua eternidade


in"As encruzilhadas de Deus", Portugália, Lisboa, 1970

Voltei

Pois voltei. Foram quinze dias de férias (assim, assim - foram entrecortadas por uns dias de trabalho, apesar de tudo) que eu desesperadamente necessitava. A idade já não perdoa.
Mas foram 15 dias de ripanço. Dormi, li muito, pensei muito, fiz coisas parvas. E não pensei (demasiadamente no trabalho).
Assim, sim. Para o ano há mais.
Durante este hiato tantas e tantas coisas ocorreram que me obrigaram várias vezes a querer entrar na liça. Mas eu precisava de ler coisas novas, reler, estudar, enfim actualizar-me. Sim porque a vida não é só trabalho.
Mas hoje já vou começar a colocar uns postais.
Apostilha: apesar de já ter dado - de viva voz - os parabéns pelos cinco anos do Último Reduto não quero deixar de o escrever. Sabe bem ler bons blogues!

segunda-feira, agosto 11, 2008

Má estratégia?

  • Algumas considerações sobre o ataque georgiano aos interesses vitais russos:

    1. Má estratégia como lhe chama o primeiro ministro britânico. Parece-nos bem que não. Foi uma tentativa desesperada dos georgianos para "obrigar" os américas a apoiar os seus intentos. Saiu-lhes, para já, o tiro pela culatra.
    2. Péssima a actuação dos serviços de inteligência russos ao não prevenirem com antecedência o ataque na data de inauguração dos Jogos Olímpicos.
    3. Capacidade russa (notável e espectacular) de mobilização imediata de quantidades significativas de tropas operacionais em 48 horas. (a título de exemplo em todos os países da UE, com 2.000.000 de elementos das FFAA, a capacidade de mobilização nas primeiras 48 horas é inferior a 15.000 homens e em trinta dias a capacidade de mobilização não ultrapassa os 50.000). Inesperado de todo.
    4. Agora a UE já vê o disparate do Kosovo.


Apostilha: Já repararam que se os europeus tem cedido à chantagem dos EUA e colocassem à viva força a Geórgia na NATO hoje já teria começado a Guerra Mundial e possivelmente já teria explodido em Lisboa, zona de Santa Margarida e Açores as três bombas nucleares que nos estão apontadas. E eu já não estaria a escrever mais nada.
Enfim, americanices.

quinta-feira, agosto 07, 2008

Copianços ...


"O casamento é a fonte de toda a vida, um estado de graça e a condição primeira de toda a eternidade, porque não há outra eternidade senão a biológica"
Saint-Loup. (Marc Augier) Nouveaux Cathares pour Montségur.

Apostilha: em lembrança das afirmações da nova secretária do PSD Manuela Ferreira Leite. Fartou-se de levar na tromba por parte de toda a esquerda jornalística e política. É bem feita para não andar por partidos e locais tão mal frequentados

quarta-feira, agosto 06, 2008

Chamem o Rambo

O Lagartixa e Jacaré resolveu afinar porque viu num documentário da RTP2 o "tradutor" e "legendador" lá da casa escrever Rambeau em vez de Rimbaud. Também eu já vi legendado um Verléne (também na RTP2). Que querem é o triunfo da qualidade de ensino deste país.

Chamem mas é o Rambo para dar os meter a todos na ordem e ponto final. Quiseram assim, agora aguentem-se! (e sobretudo não sejam queixinhas...)

A Petrolíngua, língua de trapos ou o acordês

Agora que o senhor Silva assinou o decreto que transforma a Língua Portuguesa naquela coisa (nem sei como lhe chame) os nossos dirigentes andam todos ufanos. No passado dia 25 de Julho o Sr. (Licenciado em engenharia pela independente) Sousa declarou alto e bom som que a cimeira que então decorria era a cimeira da língua.

Bem prega frei Tomás. A Guiné, que também tem petróleo (pouco é certo), resolveu mandar-nos à malvas e passar a anunciar-se internacionalmente em inglês, francês e até Alemão. Nanja Português ou mesmo Acordês.

E lá vão eles felizes e contentes quais émulos de Herman José e Nicolau Breyner

Banidos os cravos vermelhos



No funeral de Alexander Solzhenitsyn. Na cerimónia que juntou as maiores autoridades civis, militares, religiosas e culturais da Rússia todas as flores depositadas aos seus pés eram rosas - brancas e vermelhas.

Acabou-se assim com o cerimonial cravo vermelho - flor oficial do comunismo soviético (ou vocês pensaram que cá tinha sido por acaso ...).

Infelizmente não nos calhou ter cá em Portugal nenhum Senhor Putin...

terça-feira, agosto 05, 2008

Coisas que nos fazem pensar



No passado dia 24 de Julho, num programa da Radio Shalom (de que é co-proprietário), “Actualidade Judia”, o Senhor Alex Moïse, secretário geral das organizações judaicas em França, subordinando-se ao tema: “Qual o nosso futuro”, disse algumas palavras sobre as quais importa reflectir:

E que disse esse Senhor (não nos esqueçamos da sua posição em toda a comunidade judaica francesa – a terceira em número em todo o mundo):

“Estou convencido que o judaísmo europeu está em vias de extinção . A assimilação galopante e a islamização do continente fazem com que dentro de 15 a 20 anos seja muito difícil a um judeu viver na Europa. A China e a India deverão abrigar no futuro as comunidades judaicas florescentes”.

Seria fácil para um anti-sionista primário dizer com ar de gozo: “olha, olha lá vão eles para onde haverá dinheiro e poder no futuro. O que eles querem é capital”.

Poderá, quanto a mim, ser essa uma das premissas. Mas não a mais importante. Não vamos, pois, por aí.

O problema da segurança é – sem dúvida – aqui “o problema”. Com a sua experiência acumulada de séculos a comunidade judaica cheira as situações à distância. E a distância é, queiramos ou não uma França islamizada, com burka, ayatolas e bomba atómica (não nos esqueçamos) dentro de 25/35 anos.

E uma população anestesiada pelo politicamente correcto. É inevitável. E já não há retorno possível

Apostilha: Nessa altura já eu estarei morto e bem morto. Não me afectará. Mas pagaria para ver a cara das feministas, das e dos politicamente correctos, dos defensores dos direitos das minorias, os defensores do laicismo, e outro pessoal do circo esquerdista, quando virem as burkas, os apedrejamentos, e outros mimos de um Islão militante que não conceberá as luzes como o futuro do mundo.

Garanto-vos que me ia rir muito….