sexta-feira, março 28, 2008

Carteando-me com o Rodrigo Emilio


(Rodrigo Emílio na sua muito "Thule-do")


Meu Caro:

Senti hoje uma urgência imperiosa e absoluta de te enviar uma carta. Faz anos, muitos anos que te não escrevo. Pela primeira vez faço apelo a um teclado, prescindindo do enorme prazer que me dava o suave escorrer da velha Montblanc pelo papel. Não é a mesma coisa, não, mas a tirania da actualidade impõe-se.

E senti a necessidade de escrever porque faz hoje quatro (longos, longuíssimos) anos que pela última vez te vi. Poderia ser mais uma ausência (daquelas, das habituais...). Mas não desta vez era a sério. Sei que te despediste de mim com os olhos, de forma clara e directa, como era teu timbre. Não aguentei, tu bem viste, e baixei os olhos. Mas o mundo também é feito de fraquezas, e eu, como bem sabes, também tenho a minha dose (por vezes cavalar) de fraquezas (que não de baixezas, entenda-se).

Pois esta carta é apenas para te dar notícias, tal como quando estavas no teu exílio Beirão. Eu sei, que tu, daí onde estás, tens mirado (com o "solito" interesse) para este recanto com o teu proverbial "olho de águia".

Podes contudo não ter dado conta de tudo, por isso te escrevo. Mas vamos a factos.

Novidades últimas, frescas, fresquinhas. Todos me continuam a falar de ti, com imensas saudades. "Este país" continua na sua desenfreada queda para o abismo. A regorgitação da sargeta continua cada vez mais intensa. O cheiro é pestilento (cada vez mais pestilento - nem os cadáveres em decomposição são capazes de ombrear no olor).

Muita gente nova te tem "encontrado". Os mais velhos continuam fiéis. Nesta terça feira estive com um estrangeiro que cá veio para estudar. Falou-me de ti com grande admiração. Desconhecia por completo a tua obra e a tua vida. E está encantado. Ou seja (hoje, mais que ontem e muito mais do que anteontem) estou absolutamente convencido de que nunca serás esquecido. Mesmo com todos os boicotes, com todas as inimizades, com todos os jogos de cintura. Omito-te (se me dás licença) algumas "partes gagas" de alguns que tu bem consideravas, mas que se cingem à tua figura lírica sem qualquer respeito pela totalidade do teu ser.

Também há uns precalços (temporários - tenho mais do que a certeza). A tua "Intifada Lírica" cuja edição eu aguçadamente esperava para hoje sofreu um pequeno "quiproquo". Mas que lá vai, vai. Se não for com as mãos vai com os pés, te garanto.

Como sabes sou dos priveligiados que já leram esse trabalho, por ti construído pedra a pedra, começando com a tua Pedra de Armas


que também é a tua sanguínea Pedra de Alma.

Resumindo, fazes-me falta. Aguardo o dia em que nos possamos rever e continuarmos as nossas charlas, noite dentro até ao fim do nosso fim.

Apostilha: Soube ontem que o Miguel Freitas da Costa vai dirigir a Guimarães Editora. Se não sabias aqui fica a informação. Por vezes os donos das empresas também acertam nas escolhas. Ainda bem. Ainda outra coisa, reparaset no postal do Nonas de hoje sobre ti. Se não viste, vai ver. Foi das coisas muito boas que ele escreveu. Como vês deixaste-o bem preparado.

Recebe um forte abraço deste teu antiquíssimo e sempre dedicado

José Carlos

Meu Caro Bruno

Bingo!!!

Mas eu vou escrever mais sobre o assunto. E olhe que o Rodrigo, tal como intuiu (e bem), também deu uma mãozinha. Mas não só.

Deixe-me só escrever uma carta ao Rodrigo que é imperioso que lha mande hoje, que depois volto ao tema.

Um abraço, de Amizade e Admiração

José Carlos

quarta-feira, março 26, 2008

Ainda a Marcelírica

Como calculava o bom do Bruno topou logo a "novidade" e deu-nos logo - loguinho - umas estrofes dessa maravilhosa saga do Marcelo a que tivemos direito...

Bem se cantava nessa época: "Marcelo há só um, Mastroiani e mais nenhum"

Mas ele lá foi ficando até ajudar a dar cabo de tudo. E depois ainda chorou...

Mas eu vou contar um bocadinho da história que envolve este poema saga.

No café Avis, ali nos Restauradores reuniam-se diariamente algumas tertúlias literárias, politico-literárias e/ou de maledicência. Também era (nas mesas da frente que davam para a Praça) o local de encontro dos sportinguistas.

Numa das mesas quem se sentava? Pois nem mais do que o bom do Tomás de Figueiredo, o muito nosso Goulart Nogueira e quantas vezes o Rodrigo Emílio.

E eu, "puto" por ali andava a circular entre as mesas, entre as conversas. Um dia (já em plena marcelice) ouço uma frase que me deixou banzado. Tomás de Figueiredo clamava: "este gajo (o marcelo) ainda me vai fazer salazarista". Como sabem Tomás para além da sua costela monárquica (logo não perdoando a Salazar a República) tinha um contencioso também provocado pela prisão do seu filho às ordens da PIDE, por pertencer à célula cultural do PCP dirigida pelo Dias Coelho. Os pinotes que ele deu quando o seu rebento foi "dentro". Até Salazar foi metido ao barulho e cortesmente fez ver ao escritor que havia provas irrefutáveis da acção do pimpolho lá no partido. Mas nem assim. O ódio ficou para todo o sempre. Daí o meu espanto (e do Rodrigo, esse sim intimissimo de TF) pelo teor da frase.

Até que um dia em que se dizia de Marcelo o que Maomé não disse do toucinho, Tomás de Figueiredo rapa da caneta e no papel que cobria a mesa começou a escrever a primeira estrofe desta saga. Quando acabou leu-a em voz alta e voltando-se para o Goulart disse-lhe: vamos fazer uma desgarrada a 4 mãos. Continua tu.

E o Goulart continuou.

E nos dias que se seguiram lá saiam duas estrofes diárias, ora um, ora outro, passando a bola, com algumas maldades pelo caminho para tornar mais difícil a continuação.

E por fim, lá se considerou acabada a obra.

Logo alguns malfeitores aproveitaram para a passar à máquina, com original e 4 químicos. Saíram assim daquela forja algumas centenas de cópias. Foi um sucesso. Todos queriam a sua cópiazinha. Amândio que assistiu à sua manufactura fez distribuir largas dezenas de cópias. Natália Correia "exigiu" só para ela uma cinco cópias.

Marcelo teve conhecimento. Ficou danado. César Moreira Baptista, exigiu saber quem era o autor: pensou-se no Goulart, no Rodrigo, no Amândio, no António Lopes Ribeiro, etc. Só ninguém se lembrava do nosso Tomás de Figueiredo.

Houve ameaças de retaliação contra os presumíveis facínoras. Foi um fartum. Mário César Ferreira, escritor de mérito e Inspector da PIDE também foi metido ao barulho para investigar quem era o "facínora". E ele que estava na mesa contígua, na tertúlia ao lado, declarava alto e bom som que nem fazia ideia e (mais ainda) que não conseguia detectar (pelo género literário) o autor.

Enfim foi um forrobodó, que deixou a marcelagem toda em fúria.

E esta é a pequena história de uma saga (à mesa do Avis) plantada, com um grande gozo de todos a que ela assistiram.

Daí a minha muito grande pena da presumível perda (para todo o sempre) desta jóia da "poesia de escárnio e mal-dizer do século XX português. E ainda por cima escrita pelos dois vultos que lhe deram a forma e o conteúdo.

Por isso a minha alegria. Quanto mais não fosse por isto já valeu a pena eu ter-me metido nesta aventura blogosférica.

Ainda (e sempre) Céline

Reparem que a politica é uma pocilga imunda e que somente os porcos aí podem prosperar.

Louis-Ferdinand Céline, Carta a Charles Deshayes.

60 anos depois:

Faz este mês 60 anos que Bardeche escreveu estas linhas.

Verifiquem a sua actualidade:

“Nós vivemos até agora num universo sólido, estratificado ao longo das gerações. Tudo era claro: o pai era o pai, a lei era a lei, o estrangeiro era o estrangeiro. Tínhamos o direito de dizer que a lei era dura, mas era a lei. Hoje em diaestas certezas estão tocadas por um anátema. Porque estas verdades constituem um programa de um partido racista condenadopelo tribunal da humanidade. Em troca o estrangeiro recomenda-nos um universo decalcado dos seus sonhos. Já não há fronteiras, já não há cidades. De um lado ao outro do continente, as leis são as mesmas, tal como os passaportes, e também os juízes e as moedas. Uma só policia, um só cérebro ...
... Nós somos livres de protestar, livres, infinitamente livres de escrever, de votar, de falar em público, desde que não tomemos medidas que possam acabar com esta situação ... Não sabemos muito bem onde acaba a nossa liberdade, onde acaba a nossa nacionalidade, até onde se pode ir. É um universo elástico. Não sabemos onde colocar os nossos pés, não sabemos mesmo se ainda temos pés ...
Mas para todos os que aceitam esta ablação que maravilhosas recompensas, que quantidade de gorjetas nos estão prometidas!
Este universo que nos fazem brilhar à nossa frente parece um verdadeiro palácio da Atlântida. Por todo o lado o brilho dos cristais, colunas de mármore, coisas belas e frutos mágicos. Mas ao entrar neste palácio nós abdicamos de todo o nosso poder. Em troca podemos tocar nas maçãs de ouro e ler as inscrições das paredes. Não somos mais ninguém, deixamos de sentir o nosso peso, deixámos de ser Homens: passamos a ser uns fiéis da religião da humanidade. No fundo do santuário está sentado um Deus Negro. Temos todos os direitos menos um: dizer mal do Deus”

Apostilha: Um dia nos finais dos anos 60, princípios dos 70 um francês que vivia em Portugal e conversando comigo sobre o fuzilamento de Brasillach dizia-me mais ou menos isto (não recordo a frase exacta): Fizemos mal, em vez dele deveria ter sido o cunhado (Bardeche). Estedeu-nos e vai-nos dar ainda muitos problemas.(O francês em causa era um gaulista da pior espécie)

2ª Apostilha: antes que os da DCCB/PGR interpretem mal as palavras escritas o “Deus Negro” nada tem de racista. Tem a ver com as lendas gregas da Atlântida. Antes de colocarem processos estudem um pouco (sff) as lendas e mitologias gregas de há uns milhares de anos...

Como ele sabia



O bom sangue por vezes vai parar aos néscios, outras vezes aos mosquitos!

Como o nosso BM sabia da poda

Incertezas ...





Olhem, definam-se!!!

Apostilha: Este postal é dedicado a algumas pessoas que estão com dificuldades em definir-se. É também resultado de uma mensagem de correio electrónico por mim recebida.

terça-feira, março 25, 2008

Aleluia! Que grande alegria!

Hoje sou um homem feliz. Diria mesmo muito feliz. E acrescentaria felicíssimo!

Em 28 de Abril do ano passado falava-vos eu de uma jóia da literatura portuguesa "A Marcelírica". Escrito a 4 mãos por Tomás de Figueiredo e Goulart Nogueira.

E a certa altura do meu texto rogava a todos os meus leitores:

"Pois o meu apelo é simples. Como deverão saber naquela altura os poemas eram escritos alternadamente - estrofe a estrofe - por Tomaz de Figueiredo e Goulart Nogueira. Rodrigo Emílio passava-os à máquina de escrever. Algumas cópias eram distribuídas por outros camaradas que por sua vez os rescreviam à máquina com 4/5 cópias e assim sucessivamente.
(eu também dei muito ao dedo na velha Royal que havia lá em casa...).
Pois o que sucedeu é que nem nos papéis do Goulart se encontra actualmente uma cópia dessa saga. A única cópia que eu conheço encontra-se entre os documentos do Rodrigo Emílio no meio dos "milhões" de papéis dele.
Penso que seria um serviço público notável alguém que tenha uma das centenas de cópias -feitas com o método acima indicado - nos possa disponibilizar essa joia da literatura de escárnio e maldizar desses vultos da Cultura.
Ou publiquem-na na Net para que todos tenham acesso a ela e tenham o gáudio que eu tive quando a li e reli.
Bem hajam, antecipadamente".




E não é que o meu apelo foi ouvido e por grande interferência de "vocês sabem quem" (quem mais poderia ser) eis que me é enviada uma cópia digitalizada do mesmo. O meu grande (enorme) obrigado ao L.A. Bem hajas!

Tenho de a publicar já hoje. Prometo-vos que a vou bater ao teclado para a publicar na íntegra. Mas para já deliciem-se, carregando em cima da imagem para ter uma leitura mais clara.

Depois eu faço um concurso para os meus estimado leitores tentarem adivinhar quais os versos de Tomás de Figueiredo, quais os de Goulart Nogueira. Calculo que o Bruno descubra. E depois ainda vou contar mais uns episódios à volta deste "poema de escárnio e maldizer" que provocou ataques de "apoplexia" no Marcelo e sus muchachos...

A Minha Grande Homenagem aos Colossos Culturais


Andei-vos a enganar! Reconheço. E peço perdão! Veementemente!
Feito o acto de contrição, vamos aos factos.
Em anteriores postais gozava com o facto de a DCCB/PJ ter apreendido livros (entre os quais o Triunfo dos Porcos) a alguns elementos da direita radical alvo de um selectivo mandato de busca e prisão.
Mas agora verifico que essa coisa da apreensão de livros não se restringe à extrema direita. Li ontem que um arguido do caso da Praia da Luz também viu ser-lhe apreendido 1 (um) livro. E que a mãe da Criança também viu ser-lhe apreendido outro livro (neste caso a Bíblia).
Ou seja a PJ é useira e vezeira no acto de apreender livros. Eu continuo burro e não percebo. Se não há nada na nossa legislação que proiba qualquer livro e se os mesmos são de venda livre, não sendo necessário possuir licença de uso e porte de livros, porque raio prende a PJ os livros?
Não sei. Ou melhor, continuo sem entender!

Mas para resolver o problema de vez aqui vai a minha homenagem a todos os livros "presos" pelas polícias do mundo.
Que sejam soltos em breve, ou como dizia o outro "Soltem os (livros) prisioneiros"!

Mais um contributo (forte) para a Reforma do Ensino


Isto não pode ser dizer mal de tudo. Depois do caso do estafermo da criança mais o seu telelé, vejamos um maravilhoso exemplo de um estudo (verdadeiramente) acompanhado.

Isto é o nosso "ensino" na sua melhor expressão.

Parabéns senhores(as) Ministros da "Educação"

segunda-feira, março 24, 2008

Esta é de algibeira...


Será que dentro de dias vamos ver a D. Diana Adringa fazer um filme para provar que a "agressão" à stora de francês no Carolina Michaelis nunca existiu?

E será que os dos berloques caviaristas vão fazer um novo blog chamado Telemóvel?

A ver vamos, como dizia o cego (ou amblíope, em politicamente correcto...)

Apostilha: Sei de um antigo chefe dos serviços secretos da Legião Portuguesa que (lá onde estiver) se deve estar a contorcer com os disparates da sua filhinha... Enfim, não nos esqueçamos que foi ele que a criou. Agora aguente-se ...

Torturas e outras miniscências





Pois é. O barulho que vai nos EUA por causa do cachorrito assassinado pelo marine do tio sam. Mas estas fotos de soldados alemães torturados pelos libertadores americanos (de autoria da fotógrafa Lee Miller) não mereceram qualquer censura. Eram só pessoas...

Sabem que mais: isto está tudo invertido. Valores zero.

Vão mas é dar banho ao cão!!!

Afinal a culpa é da tecnologia...



Se a tecnologia não tivesse evoluído tanto desde 1925 (veja-se o telemóvel da imagem) o "caso Carolina Michaellis" nunca tinha ocorrido. Nem a lingrinhas da Stora nem a anafada criatura (que diz que é uma espécie de aluna...) tinham andado à bulha por causa do dito objecto.

Donde se conclui que a culpa não é da Ministra, nem dos anteriores, nem sequer dos papás ou do estupor da miúda. A culpa é mesmo da tecnologia...

Viva o Corcunda

O Corcunda faz hoje 4 anitos e (pelo que vejo) está afectado pelo "tempo de aniversário".

Todos nós quando comemoramos um período "redondo" nesta actividade pensamos se vale a pena o esforço de continuarmos a colocar postais ou se vale mais ir tratar da nossa vida para outro lado. Aconteceu-me nos 6 meses e no primeiro aniversário. No entanto verifico que "isso passa".

Portanto vamos a isto (ou seja) vamos continuar. Porque apesar de não se vislumbrar muita discussão é um blog imperdível e que eu muito estimo.

Parabéns e que continue

Os bufos

Por obra e graça dos nossos muito admirados e estimados fiscais das finanças (espécie de asae dos desgraçados dos contribuintes) ficámos a saber que todos os recém casados tem de se transformar em "bufos" e "delatarem" as suas despesas sob a ameaça de forte coima.

Ou seja em vez de bufos pagos passaram a ser bufos obrigados (ou então bufos pagantes).

Boa malha. O dinheiro que o licenciado em engenharia sousa obteria para os cofres do governo se obrigasse todos os bufos e sabujos que por aí andam (em vez de receberem benesses pelas suas delações) passassem a pagar pela sua sabujice.

Ora aqui está uma medida do sor licenciado que eu aplaudiria de pé e com direito a pedido de bis!

Até acho que asiim sendo "eles" podiam baixar todos os impostos, agora que se aproximam as eleições de 2009.

Mon Drieu - 2


“Soufflant sur les feuilles mortes

Le dieu pousse les cohortes

Agitant les noirs drapeaux

Des terribles renouveaux"

Pierre Drieu la Rochelle, Plaintes contre inconnue-1921

domingo, março 23, 2008

Enquanto eram iraquianos "eles" não se ralaram ...




Mas agora é um pobre cachorro bem novinho. Os americanos estão chocados. E querem que o marine seja julgado. Mais americanos do que aqueles que queriam que os torturadores de Abu Gabrid fossem julgados.

São todos loucos.

Apostilha: Como sabem sou um grande amigo dos cães. Tenho a melhor cadelinha do mundo. A mais leal, a mais afável, a mais amiga.

Mas reconheço que é bem mais grave assassinar, torturar e incapacitar para a vida seres humanos.

2ª Apostilha: caso fosse na minha frente eu teria desfeito o "animal" do marine. O mesmo vale se eu o visse atirar um bébé da mesma forma. Podia ser morto, mas garanto-vos que reagiria.

A vingança serve-se fria ...

Fonte:

O governador de Nova Iorque, foi demitido do seu cargo por causa de ter mantido relações sexuais com uma prostituta de "luxo". Bem isto é política americana e está tudo dito. Mas eis que aparece agora alguém a explicar como as coisas se passaram.

Podemos dizer que tudo isto tem a ver com a luta de poder dentro do saco de gatos que é o movimento sionista americano. Eliot Spitzer era a esperança da comunidade israelita que já o imaginava um dia Presidente dos EUA. Brilhante jurista era o assistente em Harvard de Alan Dershowitz (conselheiro jurídico do Estado de Israel), dirigiu também a prestigiosa revista Harvard Law Review. Tendo-se tornado adjunto do Procurador de Manhattan, em Julho de 2005 dirigiu um inquérito sobre as contas secretas do Congresso Mundial Judaico. Num relatório de 35 páginas estabeleceu que o secretário geral Israël Singer (que acumulava com o cargo de presidente da organização mundial judia da restituição) desviou em seu proveito pelo menos 5 milhões de dollars da associação. Para a sua defesa Singer revelou a existência de uma caixa azul de 2 milhões anuais, criada em benefício do presidente Edgar Bronfman. Face ao escândalo, os dois homens demitiram-se. Há alguns dias o Congresso Mundial Judaico renunciou à queixa apresentada contra Singer. Também por acaso os amigos do Congresso revelaram ao novo Procurador Johnson III as informações sobre uma sociedade de prostitutas, de modo que coube ao anterior "justiceiro" apresentar a sua demissão e pondo fim à sua carreira.

Isto é entre correlegionários, imagine-se o que é que será quando for contra inimigos.

quarta-feira, março 19, 2008

Drieu sempre actual

"Este desejo de fazer uma política de "esquerda" com homens de direita"
Drieu, 1934

Pensamento na época pascal

Será que é possível fazer compreender ao consumidor que há qualquer coisa para além da matéria?

A Actualidade (também) de Marx

“Onde chegou ao poder a burguesia destruiu todas as relações feudais, patriarcais, ... idílicas. Destruiu impiedosamente a variedade dos laços feudais que uniam os homens aos seus superiores naturais e não deixou existir outro laço entre os homens que não o do interesse (lucro), o puro e duro pagamento em dinheiro e a pronto”.

Se calhar quem escreveu isto foi um fascista puro e duro, dirão os meus estimados leitores. Só que se enganam. Este texto pode ler-se no Manifesto do partido comunista de Karl Marx e de Friedrich Engels.

A burguesia afogou em águas gélidas todas as veleidades sagradas, toda a exaltação religiosa, todo o entusiasmo cavaleiresco. Dissolveu a dignidade pessoal no “valor de troca” e substituiu as liberdades dos forais reais pela única liberdade sem escrúpulo do comercio e do lucro.

Substituiu e despojou da sua aureola todas as actividades veneráveis dos misteres e transformou o homem em assalariado agrilhoado.

Céline no seu melhor

Nunca votei na vida ... O meu cartão de eleitor ainda deve estar na Câmara Municipal... Sempre soube que os “burros” (cons) são a maioria, logo é natural que ganhem! ... Então porquê dar-me ao trabalho de lá ir? Está tudo preparado desde o princípio...”
Bagatelles pour un massacre . 1937

São difíceis de convencer...

Dos 226 Países reconhecidos pelo ONU, só 32 cederam aos interesses da nova ordem internacional e reconheceram a “dependência” do Kosovo.
Os outros 194 resistem ainda...

Palavras para quê? É uma artista alemã...

... e dá pelo nome de Angela Merkel.
Local: parlamento de Israel. Data: ontem.

“Não compete ao mundo provar que o Irão fabrica a bomba atómica, mas sim ao Irão de convencer o mundo que não se pretende dotar da arma atómica”; “Qualquer atentado à segurança de Israel é um atentado à segurança da Alemanha”

Ou seja com Mc Cain ou ainda com Bush o próximo alvo dos chefes da nova ordem internacional já está escolhido. E não há volta a dar-lhe.

terça-feira, março 18, 2008

A propósito ...

« As convicções nunca foram uma carta de alforria da inteligência. Tal como a ausência de convicções. Mas o cepticismo tem uma vantagem enorme sobre o fanatismo: é inofensivo. Um céptico pensa por si próprio ou então (maravilha das maravilhas) não pensa. Mas não queima na fogueira aqueles que são contra a "sua" verdade, ao passo que o fanático, muitas vezes incapaz de ter ideias próprias, adopta as certezas do seu "partido", e usa-as como o anjo exterminador usa a sua espada"

Apostilha: É já dia 8 de Abril que começa. Que não lhes falte a força, a alma e a frontalidade, dignas de um Lusitano de Verdade!

Reflexões...

E se nós, na realidade, merecemos o que nos está a acontecer?

O "viver habitualmente" de Salazar era afinal muito mais profundo do que nos parecia.

O "conservadorismo" do português é assustador. O Licenciado em Engenharia Sousa que o diga.

Com o predomínio da "burguesada" citadina não vamos a lado nenhum.

Ou como diria o Goulart "eu não tenho passo de alarve..."

segunda-feira, março 17, 2008

O "novo" anti-semitismo, versão bush, filho ...

Segundo a Agência France Presse, o departamento de estado yankee declarou que o novo anti-semitismo tem a face da oposição às políticas israelitas (o que segundo eles leva ao ódio).

Eu pensava (na minha proverbial inocência) que os tratados e convenções de Genebra sobre os territórios em guerra tinham sido feitos para proteger os civis nos conflitos armados e impor regras de conduta às tropas de ocupação.

Afinal eu estive sempre errado. Trata-se de documentos anti semitas criados por uma legião de nazi-nipo-fascistas.

Depois disto eu só posso clamar alto e bom som: "As políticas de Israel face aos países ocupados ilegalmente são das mais justas e correctas do mundo".

E quem disser o contrário é anti-semita.

Nanja eu, que não quero malhar com os ossos na cadeia por anti semitismo!

sábado, março 15, 2008

Reflexão de hoje

"O efémero limitou drasticamente os tempos de relexão e matou a memória".

O que passou, já não existe a não ser para glorificar os do poder.

A história (para eles) começou com a Revolução Francesa. Para trás o nada absoluto.

E depois queixam-se...

Titanic - 2




Neste momento a percentagem europeia da economia mundial é de apenas 22%. A mesma do século XVI. Dentro de poucos anos passará para 12%.

E vem "eles" com as regulamentações, direitos e as outras tretas do costume.

Estamos a menos de 2 anos de a Alemanha deixar de ser a terceira potência económica mundial (o título passará para a China).

O Titanic



Em 1945 a Europa tinha 22% da população mundial.

Em 2000 passou para 12%

Em 2050 será de 6%

A média de idades nessa data (faltam pouco mais de 40 anos) será de 52 anos.

E não vai haver canoas de salvação para todos...

sexta-feira, março 14, 2008

Isso faz-se?

Então o nosso muito Caro Humberto Nuno faz hoje dois anos de Reverentia e não diz nada?

Nós que adivinhemos, não é?

Sim porque ser "camisa vieja" sem nunca ter colocado a "jaqueta nueva" tem muito que se lhe diga. Nomeadamente obrigações!

Que contes muitos e que continues a encantar-nos.

Um forte abraço deste teu admirador.

quinta-feira, março 13, 2008

Cinefilias para "chatear" esquerdistas - 2




Pavel Lounguine - A Ilha

Encomendei já o DVD em russo, com legendas em inglês.

Não deve ser filme para se ver em Portugal. No entanto ao que me dizem é um dos melhores filmes de sempre. Editado na Rússia, conheceu um sucesso estrondoso.

É a Alma e Tradição russa espelhada numa comunidade ortodoxa numa pequena ilha do Norte da Rússia.

Depois conto-vos.

Apostilha: Estes dois postais são também uma homenagem a João Marchante (e ao seu amor pelo cinema) bem como ao seu blog, que leio sempre com grande prazer.

Cinefilias para "chatear" esquerdistas





Depois do estrondoso sucesso do filme "Os Coristas", que vi, revi e adquiri DVD, eis que surgiu um novo filme que nos traz de novo a "Velha França", a França dos valores e das tradições. "Eles" estão possessos. Mas o sucesso tem sido tão grande que não se atrevem a atacar o filme.

A ver (se vier para Lisboa) ou então a adquirir o DVD. Deve ser editado em Abril/Maio deste ano.

De todas as formas, estar atento

terça-feira, março 11, 2008

Fez hoje 45 anos

às 5 horas e 42 minutos (hora de Lisboa).

Era assassinado por De Gaulle (e seus fans) o Tenente Coronel Jean Marie Bastien-Thiry.

Nada melhor para o evocar do que um texto de Antoine Blondin, um dos Hussardos da Literatura Francesa:

"Sou contra a pena de morte, contra a pena dos mortos, aquela que é aplicada também aos seus pais, à sua Família, aos seus amigos e aos seus fiéis... Ainda se representa demasiado neste país a Antígona.

No entanto o sacrifício do Coronel Bastien-Thiry – porque se trata na realidade de um sacrifício no duplo sentido de oferta e de holocausto - traz-nos um significado precioso e e preciso dizer que num sentido trágico o caso Petit Clamart resultou. Caindo sob as balas de uma justiça teleguiada, este Oficial Francês só cumpriu as promessas juradas ...

... a sua admirável declaração final do seu processo, verdadeiro discurso do método, vibrante de luminosidade e de calor francês, tendia a abrir os olhos deste cego País e a reunificar esta Nação desunida. ...

(Antoine Blondin, L’Esprit Public, Abril 1963).

A adquirir - "Viagem ao fundo do Génio"

A editorial Presse Littéraire consagra o seu número especial n.º 13 a Louis-Ferdinand Céline.

Obrigatório adquirir

Pode-se pedir através de " Journaux.fr"

segunda-feira, março 10, 2008

Soluções? Claro que há soluções

Ou hoje estou Optimista

Ontem foi um dia bem agradável. Passeando na margem sul de Lisboa cheguei à fala com muito tipo de pessoas (a maioria da chamada “classe operária e trabalhadora”). Falámos de tudo um pouco: desde a manifestação dos professores até ao clima de insegurança (até passámos pelo aniversário do PCP). Com grande espanto meu até consideraram que havia presos políticos em Portugal. “Libertam os pedófilos, assassinos e ladrões e mantêm presos os da extrema direita” foi uma frase recorrente que ouvi pelo menos três lugares e situações.

Isso leva-me a uma pequena reflexão (optimista, para variar o espírito negativo que me tem assaltado nestes últimos tempos).

Não será a altura (mais do que a altura) de unir a esquerda do trabalho e a direita dos valores contra a união sagrada da direita capitalista e a esquerda caviar, capitalista, humanitarista, heterofóbica, abortista e drogadita? A esquerda das “luzes”, simplificando.

Os valores da direita casam-se perfeitamente (e muito mais fácil e naturalmente) com os valores do trabalho, da solidariedade, do valor do trabalho, da família e da ordem tradicional, que encontramos enraizado na esquerda do trabalho e das necessidades.

É muito mais fácil descobrir “cumplicidades” com essas pessoas do que com a gente que nos “cai em cima” no dia a dia.

A luta comum ( e a resistência moral) é contra o império cosmopolita do consumismo “centrocomercialista” e “hipermercadista”.

Sim porque de momento não vejo capacidade (unicamente) na direita dos valores para fazer frente a esta “gentuza” (maravilhosa expressão espanhola, sem correspondente de igual valor na língua portuguesa)

Mas, meus caros, não estamos a inventar nada. Isto já foi experimentado (e com grande êxito) na primeira metade do século XX.

Vamos a isso!

quinta-feira, março 06, 2008

Mais Brasillach

O nosso país está apoiado em organismos absurdos que nada representam senão indivíduos unidos pela "lei" dos interesses eleitorais. Os interesses reais estão fora desta situação.

Robert Brasillach, Je Suis Partout, 5 de Fevereiro de 1936

Consumatum est ...

Escrevo em latim, visto que para essa língua não haver (ainda) acordo ortográfico!

Pensei sinceramente passar a escrever noutra língua neste espaço. Quiçá em francês, quiçá em inglês (não técnico, como é óbvio).

Mas língua estrangeira por língua estrangeira, vou continuar a escrever em portugês, visto não alinhar na tal língua acordesa que o sr. licenciado em engenharia Sousa, mais os seus belos ajudantes nos impuseram hoje. Bem sei que ainda temos seis anos. Mas eu vou morrer a escrever português. O que é que querem. Deve ser da minha provecta idade (e da minha teimosia). Ou será ainda porque acho que a Língua Portuguesa é a minha Pátria, como dizia o muito nosso Pessoa.

E só me lembro da falta que nos faz o Almada:

Que belo poema que ele nos escreveria:

Morra o acordês, morra, PIM!!!

quarta-feira, março 05, 2008

Ando muito pessimista

No espaço de menos de um século deu-se uma metamorfose completa. A maior civilização que a Humanidade conheceu – a Europa – reduziu-se hoje em dia a uma amalgama disforme e castrada.

Estamos perante o Titanic.

Pensar que se está acima dos elementos e da lógica societária, deu no que deu (e no que dará). A tentação do universalismo foi a ponta do iceberg. Os próprios brancos ocidentais militam activamente na construção do bloco de gelo. Assistimos impassíveis à rota de colisão que terminará inevitavelmente no naufrágio. Nessa altura haverá uma corrida desenfreada às balsas e canoas de salvamento. Mas fugir ao naufrágio para onde? Se não vai haver nenhuma terra firme!

Esse é que é o problema!

Pensamento do dia

Ou Mística “d’abord”


Contrariando o famoso lema de Maurras não podemos (neste quadro politico e social em que nos encontramos) pensar em politique d’abord. Trata-se agora (e mais do que nunca) de travar uma batalha cultural profunda. Um trabalho de (re)criação de uma mística nacional e europeia que nos permita saltar da posição defensiva em que estamos rumo à ofensiva. E isso só se consegue com massa humana suficiente para enfrentar o fortíssimo inimigo (que não adversário, diga-se desde já) e evoluir posteriormente para a vitória

Estamos no decurso da primeira guerra mundial do século XXI. A Guerra é (tal como a segunda do século XX) uma guerra ideológica. Uma guerra civil, com tudo o que isso tem de horroroso.

A Guerra trava-se entre nós, os adeptos da liberdade – comunidade – universalismo diversificado e identitário e os outros, os que nos prometem escravidão – individualismo – relativismo – nomadização / desenraizamento , tudo debaixo de uma capa atractiva e viciadora (como uma droga dura): a “felicidade do consumista”. Ou seja a velha guerra direita / esquerda já está (e já estava) ultrapassada. A degeneração (niilista) pelo atomismo do tecido social é a negação total das sociedades perenes e fortes. Só convém aos vendedores de utopias e de mercadorias ... (como “eles” se confundem...)

Os dias da ira ...

Com que então é dia 8 que começa ...

Felicidades e não os poupem!

Sim porque perdidos por cem, perdidos por mil.

Apetece-se citar um poeta comunista de que falei há poucos dias, de seu nome Arnaldo Mesquita:

«... Um homem / novo ou velho / saiba manter-se de pé / quanto mais dobre o joelho / mais deixa de ser quem é / de dobrado não se vê»

Apostilha: De repente lembrei-me (nem sei bem porquê) de Ramiro de Maetzu antes de ser condenado à morte (em 1936) pelos "bons" da esquerda espanhola: "Matem-me, mas não me aborreçam"

Ciprian Porumbescu



A minha homenagem à magnífica Balada Romena de Ciprian Porumbescu. O povo romeno (o verdadeiro) deu muito à civilização europeia. Aprendi a conhecê-los através da sua rede de exílio (exemplar a todos os títulos). Nunca vi um povo tão unido, tão solidário como os romenos do exílio. A permanência de Horia Sima como figura incontestada da diáspora foi certamente importante, mas não se esgotou no exílio madrileno. Em todas as américas e europas o exemplo romeno foi determinante. E nós por cá continuamos (como sempre) a intrigar, a insultar, a ofender, a cindir. Deve-nos estar no sangue, sei lá...

terça-feira, março 04, 2008

Confessaram...

Mais vale tarde que nunca.

No passado Domingo na revista do Público o militante comunista Dr. Arnaldo Mesquita confessou (pela primeira vez em todo o universo dos militantes comunistas) que a grande maioria dos oficiais do mfa - autores do 25 do 4 - eram próximos do pcp mesmo antes do pronunciamento de abril.

Não era nada que não se soubesse, mas dada a importância do referido militante (muito próximo de Cunhal) é uma novidade. Aliás dada a sua provecta idade deve ter sido um descuido.

segunda-feira, março 03, 2008