Faz este mês 60 anos que Bardeche escreveu estas linhas.
Verifiquem a sua actualidade:
“Nós vivemos até agora num universo sólido, estratificado ao longo das gerações. Tudo era claro: o pai era o pai, a lei era a lei, o estrangeiro era o estrangeiro. Tínhamos o direito de dizer que a lei era dura, mas era a lei. Hoje em diaestas certezas estão tocadas por um anátema. Porque estas verdades constituem um programa de um partido racista condenadopelo tribunal da humanidade. Em troca o estrangeiro recomenda-nos um universo decalcado dos seus sonhos. Já não há fronteiras, já não há cidades. De um lado ao outro do continente, as leis são as mesmas, tal como os passaportes, e também os juízes e as moedas. Uma só policia, um só cérebro ...
... Nós somos livres de protestar, livres, infinitamente livres de escrever, de votar, de falar em público, desde que não tomemos medidas que possam acabar com esta situação ... Não sabemos muito bem onde acaba a nossa liberdade, onde acaba a nossa nacionalidade, até onde se pode ir. É um universo elástico. Não sabemos onde colocar os nossos pés, não sabemos mesmo se ainda temos pés ...
Mas para todos os que aceitam esta ablação que maravilhosas recompensas, que quantidade de gorjetas nos estão prometidas!
Este universo que nos fazem brilhar à nossa frente parece um verdadeiro palácio da Atlântida. Por todo o lado o brilho dos cristais, colunas de mármore, coisas belas e frutos mágicos. Mas ao entrar neste palácio nós abdicamos de todo o nosso poder. Em troca podemos tocar nas maçãs de ouro e ler as inscrições das paredes. Não somos mais ninguém, deixamos de sentir o nosso peso, deixámos de ser Homens: passamos a ser uns fiéis da religião da humanidade. No fundo do santuário está sentado um Deus Negro. Temos todos os direitos menos um: dizer mal do Deus”
Apostilha: Um dia nos finais dos anos 60, princípios dos 70 um francês que vivia em Portugal e conversando comigo sobre o fuzilamento de Brasillach dizia-me mais ou menos isto (não recordo a frase exacta): Fizemos mal, em vez dele deveria ter sido o cunhado (Bardeche). Estedeu-nos e vai-nos dar ainda muitos problemas.(O francês em causa era um gaulista da pior espécie)
2ª Apostilha: antes que os da DCCB/PGR interpretem mal as palavras escritas o “Deus Negro” nada tem de racista. Tem a ver com as lendas gregas da Atlântida. Antes de colocarem processos estudem um pouco (sff) as lendas e mitologias gregas de há uns milhares de anos...
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