terça-feira, março 31, 2009

Centenário de Brasillach



Faz hoje precisamente 100 anos que nasceu Robert Brasillach.

O meu primeiro contacto (literário) com ele data dos meus 12/13 anos quando li a sua Carta a um Soldado da Classe de 60 e conheci, através do meu Pai, o seu percurso de vida exemplar até ao fim do seu fim. Depois disso e até hoje tem sido um exemplo de coragem e de fé. Li-o, reli-o, apreciei-o, continuo a apreciá-lo. Com Rodrigo Emílio, seu fervoroso leitor e admirador, aprendi ainda mais a conhecê-lo. Resistiu ao tempo, aos costumes, à infâmia. Resistiu e continuará a resistir. "Eles " mataram-no, mas em vez de o calarem para sempre fizeram-no ascender ao Panteão dos Heróis e dos Combatentes.

Não quero deixar de hoje celebrar, com ele e com a legião de admiradores que um pouco por todo o mundo se perfilam militantemente a seu lado. este aniversário. Modestamente mas com grande "élan", porque se houve Homem que merece esta "devoção" cultural, política e humanística, sem dúvida é o Sempre Presente Brasillach.

domingo, março 29, 2009

3ª meditação sobre o dia de ontem

"Não nós não falamos de socialismo. Mas não é de nós que os sindicalizados que passam as suas férias pagas nas praias de Franco vão aprender o que é a fraternidade de um grupo de homens que comunga do mesmo desprezo pelo dinheiro. POrque nós sabemos muito bem que não se compra a coragem, nem a oportunidade, nem o azar, nem a vida. Nós aprendemos que há muitas coisas e muitas pessoas que não estão à venda. É por isso que não falamos de socialismo, nós vivemo-lo"

Jean Mabire
Um socialismo nosso, L´esprit public. 1963

Mais meditações


"... assim nós retiramo-nos para o pavilhão da melancolia serena, e para o da alegria sem causa, ou então para o do sonho absolutamente calmo, ... e aí apercebemo-nos que estamos sós. Do que era um deserto nós fizemos um império. Nós falamos connosco próprios, nós passeamo-nos no nosso país"
Abel Bonnard
A Amizade . 1928

Meditação a propósito do dia de ontem

Ontem fiquei inquieto. Está certo que o dia propiciava um estado de fragilidade extrema. Recordei aquelas noitadas em que frente a uma cerveja cantávamos as nossas canções (canções que só nós é que conhecemos).

E dei-me conta, de súbito, que o nosso mundo está a envelhecer. Ainda por cima que os mais velhos passam sem necessariamente serem substituídos, e que mesmo sendo-o, alguns não são do mesmo estofo que os que os precederam.

Está certo que sabemos que a nossa tradição indica-nos que temos mais hipóteses de futuro, mais fé do que a vulgata que para aí vegeta.

Mas temo, verdadeiramente temo, que as nossas canções, que (repito) mais ninguém conhece, deixem de alegrar as noites nacionais. E como eu, desafinado que sou, gosto de as cantar!

Apostilha: Estava a escrever este postal e dei comigo a trautear o "Vinde Camaradas".
Partilho com vocês o refrão. Música de "Oh, camarades". Letra de Zarco Moniz Ferreira. Anos 60. Portugal:
"Vinde camaradas
a juventude avança
e se a estrada é longa
forte é a esperança.
Pode vir o ódio
de inimigo feroz,
nada silenciará
a nossa franca voz"

"Ganda" lançamento...

Vai ser lançado o livro sobre Salazar em que se afirma que o estadista era "massão" (que "massada"...e que massas vai dar a ganhar)

O lançamento é provavelmente na melhor data (a verdadeiramente adequada), ou seja no Primeiro de Abril... (coincidências...)

Vamos todos saber que afinal quem usava avental lá na casa de S. Bento não era a D. Maria (como todos os profanos pensavam) mas sim o propriamento dito Salazar.

E eu, com a minha perspicácia para o negócio vejo, prevejo, antevejo, prognostico, que está descoberto o filão para salvar a economia nacional e relançar toda a indústria da pasta de papel o que provocará um efeito salvífero não só sobre a vida mas também sobre a bolsa. Milhões de lucros, a banca resplandecente, Berardo rejubila, o Sousa é reeleito com maioria absolutíssima.

Tudo o que diz respeito a Salazar "vende como o caraças". Basta editar mais algumas obras de referência para todo o mercado português entrar num aditivado frenesim de espúrios lucros.

Proponho - e de borla (tudo a bem da economia nacional) uma série de títulos bombásticos (não, não é preciso a Inapa e a Bertrand agradecerem-me):

- Quem tramou Mata Hari foi Salazar;
- Salazar frequentava o "Calor da Noite"
- As contas secretas de Salazar no BPN
- Salazar era agente infiltrado do PCP
- Salazar foi quem escreveu os livros do Saramago
- Cleopatra suicidou-se porque Salazar não lhe deu asilo político (bem, não era propriamente o Salazar, mas o bisavô de Viriato, mas quem é que se importa com esses detalhes)
- Pinto da Costa e Luís Filipe Vieira são afilhados de Salazar
- Salazar inventou os off shores
- Salazar licenciou o Freeport
- Como Salazar foi eleito Provedor de Justiça, com mais de 2/3 dos votos
- Foi Salazar que desenhou aquelas casas/mamarrachos assinadas por Sócrates, etc...

Agora é só lançar mãos à obra e inventar mais uns títulos bombásticos. Vamos todos salvar o desemprego em Portugal!

Apostilha: À atenção da Comissão Reguladora dos Mercados de Capitais: Declaro por minha palavra de honra que não vou adquirir acções na bolsa, beneficiando desta "informação privilegiada" e como tal não vou ficar podre de rico. Por isso não vale a apena abrir uma investigação, apesar de saber que a partir de amanhã tudo o que é capitalista vai acorrer em força para comprar acções. Mas a culpa não é minha. Eu só tive a ideia...

sábado, março 28, 2009

Como o compreendo tão bem

Sim, como compreendo tão bem o "desabafo-lamento" de João Marchante (e logo no dia de hoje).

Afinal eu ainda faço falta! Quem diria ...

Rodeados de filisteus ...



Lembras-te Rodrigo?

Rodeados de filisteus nessa Madrid do nosso ~"transido exílio". Natal de 1975. Ofertaste-me este livro e escreveste a dedicatória que guardo no coração. Muitos traíram princípios, ideais, valores.

Nem tu nem eu o compreendemos. Passou-nos ao lado a necessidade imperiosa de alguns de se venderem por um prato de lentilhas. Preferimos a fome e o desconforto físico à traição. Como nos compreendemos e como ficámos ainda mais ligados nesses tempos de ira e de traição.

Se hoje publico esta dedicatória que tiveste a amabilidade de redigir não penso só em mim e em ti. Penso que é importante que as novas gerações saibam que mesmo na maior das adversidades é preciso ficar de pé. Se necessário morrer de pé, e nunca, por todo o nunca, transplantar uma coluna vertebral de borracha que oscile para o lado que mais jeito der.

Rodrigo, já me esquecia de te dizer:

Sabes que um dos mfa do piorio, após ter confessado que afinal a Guerra do Ultramar estava ganha) veio ontem dizer que Portugal devia defender o estudo do português em Olivença e louvar a canonização do Condestável por ser muito importante para a Identidade Nacional.

Ao que chegámos. Depois de tudo o que ele fez - e ajudou a fazer - agora arma-se em patriota deseperado com o fim do nosso Portugal.

Já só nos falta ver um porco a andar de bicicleta, não é meu Caro

E já que falei de Pessoa

O pensamento colectivo é estúpido, porque é colectivo: nada passa as barreiras do colectivo sem deixar nelas, como real de água, a maior parte da inteligência que traga consigo

Do “Livro do Desassossego” – Fernando Pessoa (heterónimo Bernardo Soares)

De luto carregado - 1


Meu Caro Rodrigo Emílio

Neste momento em que escrevo fazem (quase ao minuto) exactamente 5 anos (cinco longos anos) do momento em que tive de me despedir de ti.

Cinco anos de intenso sentimento de falta. De luto carregado.

Se ainda cá estivesses para nos ajudar a viver estes dias de fim terias 65 anos. Pela burocracia cá do burgo, estarias na idade da Reforma.

Reformado? Tu? Bahhh…

Reformar-te a ti? Quem conseguiria. Ninguém. Nunca foste reformável. Nunca – por todo o nunca – “eles” conseguiram reformar-te. Mesmo quando tentaram meter-te em tantos tipos de “reformatórios”.

Mas agora mais a sério: a falta que nos faz o teu espírito lúcido neste momento de fim de idade histórica que estamos a viver, sem que a maioria destes “portugueses do portugalito cee” – transvestidos de metecos - sequer se aperceba disso.

Notaste, decerto, que nem assinalei o teu aniversário - os teus 65. Mas tu sabes as minhas limitações e como a vida por vezes nos prega partidas bem grandes e nos deixa exauridos e incapazes de alinhar duas palavras seguidas e palavras que – ao menos - tenham nexo e sentido.

Este projecto bloguista em que me meti (também por tua causa) está cada vez mais pelas ruas da amargura.

Mas hoje não consigo dizer-te nada de novo ou especial. Mas se a minha verve acabou (ou pelo menos anquilosou) socorro-me de Fernando Pessoa para me dar o mote para o que quero dizer, e assim sei que não falho.

Escolhi este poema de Pessoa que tu bem gostavas. E que se aplica – como uma luva – áquilo que te quero dizer e áquilo que quero celebrar – também a tua imortalidade. Estás de pleno direito no Panteão dos Poetas de Portugal. Agora que a Pátria se acabou – sendo apenas tempos de saldo de fim de estação (ou devo dizer desde já - Rebajas) o que estamos a viver – os vossos dois nomes estarão sempre presentes no Imaginário e na Alma dos que sobrarem e que tenham no futuro o sonho de reconstruir e refundar Portugal. IN OMNIA SAECULA SAECULORUM.

Navegar é Preciso


Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa:
“Navegar é preciso; viver não é preciso”
.(1)

Quero para mim o espírito (d)esta frase,
Transformada a forma para a casar como eu sou:

Viver não é necessário; o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.
Só quero torná-la grande,
Ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a (minha alma) a lenha desse fogo.

Só quero torná-la de toda a humanidade;
Ainda que para isso tenha de a perder como minha.
Cada vez mais assim penso

Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue
O propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir
Para a evolução da humanidade.

É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça


Apostilha: (1) É uma frase de Pompeu (106 – 48 AC) dito aos marinheiros amedrontados, que se recusavam a fazer-se ao mar durante a guerra (Plutarco, vida de Pompeu)

De luto carregado

[À MEMÓRIA de Rodrigo Emílio, meu especial Amigo.]

Vazio de uma quase morte
à nascença de figuras
e à crença do outro lado
dos relatos vivos,
situações desíncronas
ralenti cinematográfico,
geração do caos adormecido
nas ondas emancipada, enrolada
moto-contínuo de lá para cá,
morse telegráfico constante,
única ligação do retrato
ao desencanto do cosmos, marte
aquietado no sonho dos heróis
que perderam a guerra;
soldados de olhos fechados
pegam armas abandonadas
nas portas da própria vida.
Volta o cata-vento a noroeste
e o retorno da tempestade,
olhar triste na razão hebraica
vira-se eloquente ao infinito
numa canção d'amigo, agreste:
-amen dico vobis qui unus
vestrum me traditurus est.

MANUEL VARELA (JANEIRO 2005)

sexta-feira, março 27, 2009

Forças Ocultas - 1





Imagens relativas à propaganda anti maçónica levada a cabo em França.

Forças Ocultas



Em 29 de Março de 1949 - faz Domingo 60 anos, o realizador deste filme foi fuzilado em França. Coube-lhe a desdita de ser o último condenado à morte pelos "libertadores" a ser executado. (e aqui penitencio-me pois recentemente escrevi que Bassompierre - em 1948 - tinha tido essa desdita. Bem. mas Bassompierre foi o último militante nacional revolucionário a ser executado. Mamy não se pode considerar nesta categoria)

Jean Mamy de seu nome foi iniciado na Maçonaria na Loja Renan. Mais tarde e para além de ter participado na exposição sobre a Maçonaria, organizada em Paris, e em que se revelaram muitos dos segredos dos "discretos", aderiu ao PPF e foi Director do jornal L'Appel.

Em 1944 prenderam a sua Mãe, até ele se entregar à polícia. O que fez. No Natal de 1948 iniciou-se o seu julgamento que culminou com a sua condenação à morte e posterior fuzilamento.

Assim se vê a "discreta" força de certas pessoas.

O filme (ainda por cima vindo de um realizador que colaborou activamente com Jean Renoir) não prima pela grande qualidade. Os primeiros minutos são chatos, depois melhora um pouco. Mas com o seu conhecimento profundo da Maçonaria este filme deve ser visto com atenção.

quinta-feira, março 26, 2009

Desiludido que fiquei...

Hoje e depois de almoço (regressava eu ao trabalho) passei à porta da assembleia lá dos republicanos. Qual não é o meu espanto quando sinto um forte olor a "m...". Dei logo comigo a pensar: pronto estão todos mortos lá dentro e cá fora já cheira. Que bom...

Mas não, nesse momento passa por mim uma carrinha de caixa aberta (dos manifestantes agricolo-comunas) cheia de estrume.

Afinal o cheiro nauseabundo não era dos políticos...

Que desilusão odorífera ...

Espaventosamente mal educado

Sim, eu que pensava que tinha tido dos meus Pais uma educação esmerada, verifico agora que fui espaventosamente mal educado.

E porquê? Pois eu fui educado para reconhecer apenas uma verdade absoluta. A da morte física. Única coisa que não merece qualquer discussão. Tudo o resto teria de ser estudado, analisado, medido, decidido, apreendido e assim poder-se-ia chegar a conclusões.

Verdades absolutas só uma: "a da morte física".

Mas eis-me chegado aos dias de hoje, já sexagenário, quase a entregar o corpo à terra, e eis que surge uma nova verdade absoluta que não admite qualquer discussão. Um dogma absoluto. Punível não com a "fogueira inquisitorial" mas com o opróbio, com o espavento, com a prisão, com a agressão, com a ostracização, com a perda de proventos financeiros, ou seja com "todas as penas do inferno".

Refiro-me como é óbvio à shoah.

Ou seja, repito e persisto. Eu fui muito mal educado pelos meus Pais.

Apostilha: O espavento que ocorreu no parlamento europeu por causa das declarações "detalhísticas" de Le Pen por causa de ele não reconhecer a verdade absoluta. Só lhe falta dizer que não vai morrer fisicamente, o "malandro" ...

Agora toca-nos o sal...



Para nos continuarem a distrair dos reais problemas e da desgraça que se aproxima (eles bem tentam que seja só depois das eleições...) os nossos "queridos pais da pátria - agora diz-se do país" vem-nos dar conhecimento do teor do sal permitido no nosso pão. E tudo por igual - sim porque eles não são racistas - pão alentejano, de mafra, carcassa, regueifa, vianinha, etc. vai tudo pela mesma bitola. Nivelar por baixo é o lema. E será só no sal?

O que vale é que há sempre quem resiste, há sempre alguém que diz não (apesar deles não gostarem muito dessa brincadeira ...)

Imagens da homenagem aos 64 patriotas





Mais um dia da vergonha - 26 de Março



Faz hoje anos o massacre da Rua d'Isly, em Argel. Foi no trágico dia 26 de Março de 1962. De Gaulle (e os seus fans), capitaneados pelo general Ailleret fizeram o "exército francês" disparar sobre uma manifestação pacífica de civis desarmados durante mais de um quarto de hora (e à queima roupa). Resultado - só no local - 64 mortos (entre os quais crianças) e cerca de 200 feridos.

"Crime" dos metralhados: participavam numa manifestação contra os "democratas lá das "luzes".

Foi um dia de infâmia. Esquecido pelos ditos democratas (para quem só os fascistas é que fazem coisas dessas). Marcou-me muito a mim e a toda uma geração de jovens europeus.

Nunca esqueci. E agora que sei que as FFAA portuguesas podem ser supletivas à manutenção da ordem em território português, e perante a crise social que se avizinha, é bom conhecermos estas histórias, para sabermos o que nos pode esperar, quando "eles" sentirem que o povo já não os atura.

terça-feira, março 24, 2009

10 anos

Faz hoje dez anos que as forças americanas e de alguns dos seus estados satélites iniciaram o bombardeamento da Sérvia para estabelecerem um estado satélite no Kosovo.

78 longos dias depois a Sérvia foi obrigada a ceder. Pelo caminho 1002 polícias e soldados morreram. 2.500 civis, dos quais 89 crianças, foram as vítimas dos eufemisticamente chamados efeitos co-laterias das bombas ditas inteligentes. 12.500 feridos, alguns dos quais para toda a vida.Cerca de 22 milhões de milhões de euros de prejuízos materiais.

Como se vê é tudo boa gente os adeptos dos "good guys". A tal superioridade moral de que tanto nos fala Soares.

Apostilha: a maioria dos Estados do mundo não reconheceram o tal de kosovo. Portugal sim, claro, que é que esperavam ...

Malhas que uma bejeca traça ...

Então não é que Marcelo Rebelo de Sousa se declarou na TV "nacionalista". Eu ouvi, eu vi. Eu pasmei, eu estupidifiquei-me. Eu lembrei-me dos anos do Pedro Nunes, e nem sei do que mais. Ainda estou combalido.

Não pode ser verdade. Eu devia estar bêbado. Nesse dia tinha bebido uma imperial (foi isso, eu não tenho capacidade para abarcar 2 decilitros de Sagres, e o que é. Passo a beber chazinho para não ter destas visões).

Peço, pois, desculpa aos meus estimados leitores por ter tido visões surrealistas na TV. O Marcelo? Nacionalista? nâ... nã acredito ... Não pode ser ...

Fundação António Quadros



Por iniciativa dos descententes de António Ferro, Fernanda de Castro e António Quadros, foi constituída a Fundação com o nome de António Quadros.

Contará no seu acervo o espólio de Ferro, sua mulher e seu filho.

Mafalda Ferro será a Presidente da nova Fundação.

Bom exemplo da preservação de acervos importantes para a identidade nacional.

segunda-feira, março 23, 2009

Novilíngua

Orwell é que a sabia toda ...

Vejam esta notícia (bem recente...)

Le Monde de 18 de Fevereiro

Os jovens ingleses já não encontrarão as palavras "abadia", "rei", "império", "pastor", "padre", "santo", "diabo", etc.., no novo Dicionário Oxford Junior.

Encontrarão sim as novas palavras "Sida", "ADSL", "tolerante", "cidadania", "celebridade", etc...


A Universidade de Oxford que publica o referido livrito perante as críticas diz apenas que o Reino Unido se tornou numa "sociedade multicultural, multiconfessional na qual cada vez menos crianças vivem no campo e vão à Igreja".

Ou seja bem aventurados os defensores do multiculturalismo que deles será o reino dos triangulares ...

Dedicado ao meu "antifacho" de estimação


Ou como o mundo animal me ajuda a resolver alguns problemas de falta de pachorra para lhe responder ...

Leon



Já chegou ao Dailymotion o programa da televisão belga sobre Leon.

Aqui vos deixo o número 1 de doze partes do filme. (estão todas no dailymotion, vão ver)

Vale a pena. Apesar de tudo...

quinta-feira, março 19, 2009

Pernas para que vos quero



Para fazer o caminho. Para seguir e persistir. Contra tudo e contra todos

Alados ou não



Ou o espírito mesquinho daqueles que nunca vão ser capazes de voar ...

terça-feira, março 17, 2009

A história repete-se

Lido aqui:

Pois não é que Montaigne no seu “Journal de Voyage en Italie” nos conta a história de uma “seita de portugueses” que indo em embaixada do Rei Filipe ao Papa, resolviam celebrar cerimónias de casamento iguais às dos heterosexuais nas Igrejas da capital do Papado.

O assunto resolveu-se, à boa maneira de época, com 9 ou 10 metidos na fogueira.

Agora que estamos debaixo das ordens não dos Filipes, mas da Rainha Angela Merkel e do seu valido Barroso, voltam as mesmas cenas. Só que agora não haverá fogueiras (a não ser para aqueles que se oponham à situação).

Ou seja, em cativeiro (tal como muitas outras espécies de animais selvagens) alguns portugueses transformam-se. Diria mesmo são uns verdadeiros “transformistas”. Não haja dúvidas a história repete-se.

Apostilha: Não quero deixar de vos contar uma história deliciosa ocorrida no café debaixo de minha casa e que eu frequento assiduamente.
Durante o telejornal que decorria ao mesmo tempo que jantávamos e ao ser anunciado o propósito do primeiro ministro da delegação portuguesa à internacional federastra, ouviu-se uma voz de um miúdo (máximo 10/11 anos) que disse na sua inocência: “se calhar algum deles quer casar de novo”.
Resultado, gargalhada na sala. Entretanto o pai do garoto não sabia onde se meter ...

segunda-feira, março 16, 2009

Os direitos do homem e do canideo

Lido aqui:
http://unfan.canalblog.com/archives/2009/02/28/12745313.html

Com que então houve um jornalista "português" que afirmou:

"É verdade. Sou português como o cão dos Obama".

Cada qual tem orgulho naquilo que pode...

Nunca pensei que se descesse tão baixo!

domingo, março 15, 2009

Estou com saudades ...


do belo esgrimir de ideias do muito nosso P C P.

(Para não falar das suas famosas e bem seleccionadas sextas feiras ... - que falta que também nos fazem ...)

Ainda os fuzilamentos dos nossos Comandos

A propósito da morte de Nino, alguns Amigos insistiram comigo para eu publicar o relatório do CIDAC sobre os fuzilamentos dos nossos comandos africanos da Guiné, de que falei naquele postal.

O relatório é grande mas publico apenas uma pequena parte (muito significativa). Que belo ver as palavras de um padre (ou ex-padre, ou lá o que era) sobre a morte de pessoas. Para a antologia do pensamento "deles":

"da mesma maneira é insuficiente a condenação emocional dos fuzilamentos e da descoberta das valas comuns, omitindo a análise política acerca da natureza dos crimes praticados por traidores e das condições históricas em que foram eliminados. Se é iníqua a liquidação física dos opositores sem julgamento, em tempo de paz, não é isso que transforma em vítimas inocentes os pides e comandos que foram os maiores criminosos ao serviço da opressão da colónia e da luta armada contra o PAIGC ..."

Assinam ese documento o tal Luís Moita, actual Vice Reitor da Universidade Autónoma de Lisboa e Carolina Quina do Centro de Informação e Documentação Amilcar Cabral.

Mais honesto foi o comentário de Nino no jornal Nô Pintcha de 29/11/1980:

"O regime de Luís Cabral violou flagrantemente as normas dos direitos do homem e nenhum comando africano, nenhum dissidente foi levado a tribunal. Foram executados barbaramente no meio das florestas, contra os mais elementares princípios da justiça e contra os princípios do nosso glorioso Partido"

Ou seja estamos esclarecidos...

Fim de semana cultural - 2



Também da Arthaus foi republicado em DVD o filme A Ponte (Die Brucke).

Vi esse filme nos anos 60. Trata-se de uma obra que pretendia ser anti bélica, anti-nazi, etc. O resultado final é contudo bem diferente.

Trata-se da história de uma série de jovens da HJ nos últimos dias de guerra que defendem a ponte da sua aldeia do avanço dos americanos.

Está lá tudo o que de mau e de bom surge numa guerra. O professor (pacifista), o sargento (farto da guerra e aceitando a derrota) os jovens idealistas.

Um belo hino ao idealismo dos jovens, que preferiram morrer a capitular. Está bem que no filme os americanos são todos muito bons, até nem querem matar os alemães, etc. Mas lembremo-nos que o filme foi feito na zona de ocupação americana...

De todas as formas, recomendo-o. É um belo filme.

sábado, março 14, 2009

Fim de Semana cultural



Se conseguirem não percam este óptimo documentário realizado por Enrique Sanchez Lansch sobre 13 anos de vida da Orquestra Filarmónica de Berlim (1933/1945).

Trabalho honesto, bem documentado. Com óptimas imagens (restauradas). Com um som invejável para a época.

Edição Arthaus.

Bem bom

Fim de semana ...



Não se passou isto na "nossa" Assembleia da República.

Ficou-se por um vai para o c...

Os "nossos" deputados são assim, em vez de ser assado.
E assim ninguém liga ao que ainda está para vir...

sexta-feira, março 13, 2009

Hipocritas - IV

Hoje e durante todo o dia e locais só me falam de um "pai"? que deixou morrer de sede um bébé no carro.

Imperdoável e chocante. Concordo. Nada há que desculpe este facto. Morrer à sede é horrível!

Os jornais, etc., estão em fúria contra o presumível pai (da treta). Concordo.

Só que aqui surge a tal hipocrisia do costume nos do sistema.

Há poucas semanas a Elena, a italiana de que tanto se falou pelo mundo fora, morreu - também ela, coitada - desidratada, ou seja à sede.

Ninguém condenou o facto de (nesse caso) os pais terem escolhido matar a filha à sede. Até li loas à sua atitude. E falaram com a displicência habitual da tal da eutanásia

Sabem que mais, vão dar banho ao cão, e não chateiem mais com os vossos pretensos moralismos!!!

quinta-feira, março 12, 2009

Hipócritas – III

Ou a europinha dos esquerdalhos e direitinhas no seu melhor.

A cadeia franco-alemã Arte anunciou na passada 2ªa feira que tinha suspenso todas as operações de co-produção com a televisão pública polaca (TVP - Telewizja Polska), devido a não partilhar os mesmos “valores” que o seu novo Presidente, o advogado Piotr Farfal.

O presidente do canal Arte, Gottfried Langenstein, e o da Arte França, Jérôme Clément, dirigiram uma carta à KRRiT, autoridade de audiovisuais polaca, em que declaram não “partllhar os valores do partido que indicou o Sr Farfal para Director do tal canal público”. Mais dizem que não pretendem que o Sr. Farfal faça parte dos órgãos dirigentes da Arte (apesar de também ele ser um dos pagantes do canal) Ou seja defenestram a TVP (mas aceitam-lhe os carcanhóis, é claro) porque é dirigida por um “fascista”, da Liga das Famílias Polacas.

Ou seja se ele tivesse sido maoísta, trotskista, bombista, comunista, bufo da polícia política comunista, tudo bem (era dos bons). Como não é (nem foi) nada disso e anda metido com Partidos Nacionalistas é um ser desprezível que não merece sequer ser par dos europeuzinhos bons (dos tais da federastia, os puros e duros democratas anti-fascistas e anti etc…)

Hipócritas. É por essas e muitas, mas mesmo muitas, outras que cada vez me empenho mais no apoio ao Humberto Nuno.

quarta-feira, março 11, 2009

Hipocritas - II

Já viram o frenesim que por aí vai contra a China por causa do que a China está a fazer ao Tibete. Eles são artigos, eles são editoriais, eles são o diabo a sete.

Concordo com a oposição à destruição do modo de vida dos tibetanos, levada a cabo pelas autoridades chinesas.

Mas quando é que os mesmos escrevem artigos, editoriais, etc, contra a destruição da cultura indo portuguesa de Goa, Damão e Diu.

Nanja eles. Ailás não é politicamnet correcto falar disso.

“Hipócritas” – I

O gozo babado dos nossos plumitivos ao serviço dos jornais, televisões e correlativos.

Nino Vieira foi enterrado (após ser cortado às postas num assassinato ritual e de certeza doloroso) sem sequer um presidente de qualquer república de bananas ou não a acompanhá-lo.

Assim se vê a força do PC, não, desculpem, assim se vê como ele era odiado em tudo que era pais do mundo. É o que eles querem fazer passar. A verdade é que nenhuma autoridade de segurança deixaria ir qualquer Dignitário a Bissau, face à total impunidade das FFAA lá do sítio, que não se importarão nada de cortar mais um ou dois aos bocadinhos...

O Soares veio afirmar que ele tinha morrido vítima da violência porque também ele tinha vivido para a violência.

Um fartum, como podem aquilatar.

Nino não era flor que se cheirasse, afirmo-o convictamente. Foi o responsável directo pela morte de muitos e muitos portugueses quando comandou a Frente Centro Sul do PAIGC na Guiné. Não esqueço isso, nem perdoo. Mesmo em nome dos chamados “interesses nacionais” que nada mais são do que interesses de merceeiro. Negócio d’abord...

Mas há um factor quer explica o ódio de algumas figuras e figurões cá da nossa praça contra o Nino. Não se esqueçam que foi ele que pela primeira vez (em 1980) denunciou de forma pública os fuzilamentos dos Comandos Africanos e outros leais portugueses às bárbaras mãos do governo de Luís Cabral.

Denunciou, mostrou, desenterrou os mortos das valas comuns para que tivessem o repouso que mereciam junto das campas dos seus avós.

Ninguém lhe perdoou. Nunca me vou esquecer dum texto de dois elementos do Centro de Informação e Documentação Amílcar Cabral (recordo-me bem foi Carolina Quinta e o Luís Moita – ex padre até 1971, ex UDP ou lá o que era e depois dos quadros dirigentes da docência da Universidade Autónoma de Lisboa) em que desculpavam os fuzilamentos. Eu tenho o texto. Vale a pena ver a hipocrisia dos nossos progressistas: para eles havia fuzilamentos bons e os maus. Os bons foram os dos nossos comandos africanos (entre 500, admitidos por Nino Vieira e os 1.000 admitidos pelos nossos militares).

Ou seja enquanto as nossas “queridas autoridades” aceitavam de bons modos e tratos a permanência em Portugal de Luís Cabral, responsável máximo da Guiné na altura dos fuzilamentos, tratavam de modo diverso aquele que tinha ousado revelar o que se sabia à boca cheia. Que os nossos belos descolonizadores tinham deixado para trás. para serem assassinados, largas centenas de oficiais, sargentos e praças das FFAA portuguesas que se tinham batido debaixo da Bandeira portuguesa.

E isso os descolonizadores nunca perdoaram a Nino.

Vingaram-se agora de forma mesquinha. Enxovalharam o morto que já não se podia defender. Era um belo de um traste, reconheço e não o choro, podem crer. Mas custa-me ver tanta hipocrisia da parte dos escribas de serviço. Só isso!