quinta-feira, setembro 25, 2008

A Petição

Li no "Jantar das Quartas" uma notícia sobre a Petição para que todos os corpos dos Militares que faleceram na Guerra do Ultramar sejam repatriados para Portugal.

Desculpem, mas eu não concordo.

E não concordo por diversas razões das quais exponho resumidamente algumas:
1 - Portugal teve mortos em guerras nos "ultramares" desde o século XV. Regressam também essse corpos? Da Malásia, África, etc...? Ou só os mais recentes?
2- E os militares que morreram na I GG (recorde-se que a república desejou entrar na guerra para defender o Ultramar)?
3 - E os miltares que morreram na Flandres em 1917/18?
4 - E os do recrutamento local? Cerca de metade dos mortos, não nos esqueçamos!
5 - Os mortos morreram em Portugal, ao serviço de Portugal e foram enterrados em Portugal. Ponto final!

Agora concordo que os cemitérios devem ser bem tratados. Cabe ao Governo arranjar as poucas verbas necessárias para o efeito.

Publico a seguir fotos dos talhões do cemitério de Pemba, Moçambique. Imagens de 2008. Um dos talhões é o referente aos militares do Império Britânico mortos na I GM. O outro é o dos soldados do Império Português mortos no mesmo conflito e local.

Como dizia o outro: descubra as diferenças.

Já descobriu? Então cubramo-nos todos de vergonha!!!

2 comentários:

Anónimo disse...

Sim poderia ter razão aqui em algumas situações,mas não no que respeita ao Ultramar.
Se os nossos combatentes morreram por Portugal.
Se esse Portugal não existe, foi vendido ao comunistas e aquilo agora são guetos africanos.
Que fazem os restos mortais dos nossos lá?
Que representam agora?
Entregues à bicharada dos pretos?
Ou aos seus actos de vandalismo e profanação?
Deixemo-nos de ser retrogrados.
Encare-se as realidades.
Os nossos combatentes que morreram ou foram assassinados pelos pretos, deverão regressar onde existe civilização, respeito e família.
Todos vêem os ângulos por prismas diferentes.

Rui Moio disse...

Concordo plenamente com o autor do post "A Petição". Os mortos em combate do recrutamento metropolitano morreram em Portugal e foram enterrados em Portugal. A serem transportados para o território português de hoje (reduzido às dimensões de há 5 séculos atrás) comete-se uma grande injustiça para com todos os mortos em combate por Portugal durante os 5 séculos em que o Ultramar foi território nacional. E, comete-se também uma grande injustiça para com todos os nossos mortos dos recrutamentos provinciais não só da última guerra do ultramar mas de todas as guerras de há 5 séculos para cá, na África, na Ásia, na Oceania e na América.

Nós fomos o que formos, uma nação de respeito da qual devemo-nos orgulhar porque fomos e somos uma nação de todas as raças e credos. Os nossos heróis não se distinguem pela cor da pele ou do lugar de nascimento. Na última guerra do ultramar tivemos muitos mais mortos de origem africana do que origem metropolitana. O comentário do Anónimo além de ser de profundo mau-gosto é de uma ignorância e de uma falta de nível gritante.