Li no "Jantar das Quartas" uma notícia sobre a Petição para que todos os corpos dos Militares que faleceram na Guerra do Ultramar sejam repatriados para Portugal.
Desculpem, mas eu não concordo.
E não concordo por diversas razões das quais exponho resumidamente algumas:
1 - Portugal teve mortos em guerras nos "ultramares" desde o século XV. Regressam também essse corpos? Da Malásia, África, etc...? Ou só os mais recentes?
2- E os militares que morreram na I GG (recorde-se que a república desejou entrar na guerra para defender o Ultramar)?
3 - E os miltares que morreram na Flandres em 1917/18?
4 - E os do recrutamento local? Cerca de metade dos mortos, não nos esqueçamos!
5 - Os mortos morreram em Portugal, ao serviço de Portugal e foram enterrados em Portugal. Ponto final!
Agora concordo que os cemitérios devem ser bem tratados. Cabe ao Governo arranjar as poucas verbas necessárias para o efeito.
Publico a seguir fotos dos talhões do cemitério de Pemba, Moçambique. Imagens de 2008. Um dos talhões é o referente aos militares do Império Britânico mortos na I GM. O outro é o dos soldados do Império Português mortos no mesmo conflito e local.
Como dizia o outro: descubra as diferenças.
Já descobriu? Então cubramo-nos todos de vergonha!!!
2 comentários:
Sim poderia ter razão aqui em algumas situações,mas não no que respeita ao Ultramar.
Se os nossos combatentes morreram por Portugal.
Se esse Portugal não existe, foi vendido ao comunistas e aquilo agora são guetos africanos.
Que fazem os restos mortais dos nossos lá?
Que representam agora?
Entregues à bicharada dos pretos?
Ou aos seus actos de vandalismo e profanação?
Deixemo-nos de ser retrogrados.
Encare-se as realidades.
Os nossos combatentes que morreram ou foram assassinados pelos pretos, deverão regressar onde existe civilização, respeito e família.
Todos vêem os ângulos por prismas diferentes.
Concordo plenamente com o autor do post "A Petição". Os mortos em combate do recrutamento metropolitano morreram em Portugal e foram enterrados em Portugal. A serem transportados para o território português de hoje (reduzido às dimensões de há 5 séculos atrás) comete-se uma grande injustiça para com todos os mortos em combate por Portugal durante os 5 séculos em que o Ultramar foi território nacional. E, comete-se também uma grande injustiça para com todos os nossos mortos dos recrutamentos provinciais não só da última guerra do ultramar mas de todas as guerras de há 5 séculos para cá, na África, na Ásia, na Oceania e na América.
Nós fomos o que formos, uma nação de respeito da qual devemo-nos orgulhar porque fomos e somos uma nação de todas as raças e credos. Os nossos heróis não se distinguem pela cor da pele ou do lugar de nascimento. Na última guerra do ultramar tivemos muitos mais mortos de origem africana do que origem metropolitana. O comentário do Anónimo além de ser de profundo mau-gosto é de uma ignorância e de uma falta de nível gritante.
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