O que nos distingue “deles” (e isso além de intuitivo, aprendi-o com o Rodrigo Emílio) é o facto de para contrabalançar a crueldade do mundo nós fazemos permanentemente o apelo ao Belo.
Nós somos tão revoltados com o mundo que nos cerca como algumas franjas “deles” , mas não pelas mesmas razões. A nossa visão tem a ver com o pavoroso espectáculo do mundo tão inumano, sabendo que existe uma beleza sobre-humana. O que privilegiamos é o culto da beleza mais (muito mais) do que o culto da igualdade, e pensando ainda que a beleza é uma noção profundamente inigualitária, dado ser (como já disse) sobre-humana.
“Eles” falam muito da beleza burguesa, mas nunca falam da beleza revolucionária. Os neo realistas, por exemplo, eram partidários do feio (porque o mundo que os rodeava era feio). Picasso, por exemplo só retratava mulheres feias. Porque era intrinsecamente “deles”. Nós preferimos a beleza das Valquírias, das fadas do Graal, dos Cavaleiros da corte de Artur, dos pré rafaelitas, das Virgens do Renascimento, dos modernos, porque o factor comum é o da beleza.
A nossa “religião” tem tudo a ver com o lado estético e muito pouco (devia mesmo dizer nada de nada) com o lado “igualitário”.
E isso é perfeitamente visível em todos (mas mesmo todos) os nossos Mestres!
“Eles” falam muito da beleza burguesa, mas nunca falam da beleza revolucionária. Os neo realistas, por exemplo, eram partidários do feio (porque o mundo que os rodeava era feio). Picasso, por exemplo só retratava mulheres feias. Porque era intrinsecamente “deles”. Nós preferimos a beleza das Valquírias, das fadas do Graal, dos Cavaleiros da corte de Artur, dos pré rafaelitas, das Virgens do Renascimento, dos modernos, porque o factor comum é o da beleza.
A nossa “religião” tem tudo a ver com o lado estético e muito pouco (devia mesmo dizer nada de nada) com o lado “igualitário”.
E isso é perfeitamente visível em todos (mas mesmo todos) os nossos Mestres!
2 comentários:
Brilhante. É absolutamente verdadeiro. E já os grandes filósofos da antiguidade identificavam o belo com o bem.
Sem falar que o culto à igualdade vai contra o ordenamento e hierarquia apreensíveis da realidade, queridos pelo Criador, enquanto o culto ao belo dele nos aproxima, pois é, de certo modo, uma admiração e reconhecimento à ordem.
Belo blogue, parabéns pelo trabalho.
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