terça-feira, fevereiro 09, 2010

Reuniões Tupperware ...


Desde os tempos da antiga Roma que as sociedades decadentes e crepusculares, esgotadas e fartas de si próprias, sem qualquer necessidade de lutar para sobreviver, conheceram uma hipertrofia da sexualidade, ou pelo menos uma caricatura mais ou menos apalhaçada da sexualidade, como última tentativa de lutar contra o aborrecimento e o chateamento da vida.

Todo este arrazoado a propósito do tema de conversa de hoje junto do meu local de trabalho: algum do pessoal do gineceu estava em transe com uma reunião tipo tupperware a que algumas delas assistiram e em que foram vendidos e demonstrados não as caixinhas tupperware da ordem mas uma série de brinquedos mais ou menos sexuais e adereços conexos (ao que eu percebi).

Ou seja aquele “mulherio” todo dava um aspecto miserável de infantilismo, consumismo atroz, erotismo da treta e da quantidade, gozo provocado ou solitário, exibicionismo e decadentismo. Ou seja a redução ao insignificante.

Apostilha: Não sou, nunca fui (complica-me com os nervos) um moralista. Nada obsta a que voluntariamente as pessoas se entreguem a experiências novas e diferentes. O problema é delas. E só a elas dizem respeito. O que eu não aceito e critico é esta necessidade absoluta de fagocitarem uma sexualidade que já não vem do legitimo desejo, mas sim apenas da quantidade. Ou seja o triunfo do reino da quantidade sobre o a qualidade. E se fosse só nesse campo ...

1 comentário:

Anónimo disse...

Boa tarde,
Gostaria muito que me contactasse para eva.verdu@rtp.pt
Obrigada.