quinta-feira, maio 08, 2008

Hoje, sobretudo hoje !

Tenho de ler Degrelle. É-me essencial para a minha paz interior. Necessito urgentemente de lavar a minha alma. E nada melhor do que Degrelle.

Já recebi o "Le Sec et l' Humide". È mau, muito mau. Passei só uma vista de olhos, mas uma coisa me surpreendeu (ou melhor dizendo não me surpreendeu): um nítido sentimento de admiração profunda pelo biografado. Aliás quem o conheceu (e eu fui um dos grandes - enormes - privilegiados) não poderia esperar outra reacção

Mas meus caros leitores se quiserem deleitar-se comprem a reedição do livro Feldpost, recentemente reeditado em França pelas edições l' Homme Libre. 12 euros custa este manífico livro. Não percam. São as reflexões intímas de Leon na campanha da Rússia de 41/42. São cartas enviadas a familiares e amigos através do serviço postal militar. É uma experiência única de um espírito único. Recomendo-o vivamente.

"Aqui não temos nada e contudo somos felizes ... A vida é sempre bela quando se olha com as luzes de uma alma em paz ... Vós que estais nas vossas casas bem aquecidas, nunca se queixem de nada! É preciso sempre olhar para aqueles que têem menos e alegrar-mo-nos do que temos, sem enchermos o nosso espírito de quimeras ... É necessário despojarmo-nos de tudo, para encontrar a alegria que floresce nas almas nuas..."

É todo esta mistura de cristianismo místico e de estoicismo guerreiro que enche as mais de 100 páginas deste livro. Leiam-no e bebam-no. Alegra qualquer Alma e qualquer Espírito"

Link para comprarem o livro: http://editions-hommelibre.com/achat/index.php?catid=39. Preço 12 euros.

5 comentários:

O Réprobo disse...

O Caríssimo José Carlos conheceu-o em Espanha?
Não terá por acaso a reportagem sobre os Cristeros mexicanos?
Abraço

nonas disse...

Caro Réprobo,
O livro sobre a reportagem dos Cristeros é o «Mis andanzas en México», editado por Ediciones Nueva Republica.

O Réprobo disse...

Obrigadíssimo, Caro Nonas. E também pela imagem da capa que me enviaste.
Abração

josé carlos disse...

Meu Caro Paulo:

Só hoje tive tempo para lhe responder. Tive a enorme ventura de o ter conhecido em Espanha, primeiro quando penava no exílio abrilino, posteriormente desloquei-me diversas vezes quer a Madrid, quer a Málaga para estar e beber tudo o que ele tinha para nos dar, sedentos como estavamos.

Tive a sorte, juntamente com o Nonas, Rodrigo Emílio e mais alguns portuguesas de com ele compartilhar um inesquecível jantar de seu aniversário no El Botin (seu restaurante preferido).

Ao todo forma sete as vezes que com ele estive. Só lhe digo que todas foram inesquecíveis. Não era um Homem do Passado. Estava informado de forma notável. Para ele o que contava era o presente e o futuro. Sei que se aconselhavam com ele pessoas de vários países completamente inesperadas e cujas identidades são absolutamente impossíveis de revelação. Sei de um que saiu (quando eu entrei na sua casa) que me deixou de boca aberta...

Era uma Homem de mil saberes. De mil sensibilidades. Quando soube que eu era voluntário na nossa associação de cegos e amblíopes, tentou escalpelizar tudo o que pode. Interessou-se profundamente pelas minha tentativas de utilização da informática por cegos, que na altura davam os primeiros passos. A causa era a cegueira da sua lindíssima neta, olhos azuis inesquecíveis e contudo mudos de luz.

Estaria a escrever horas sobre ele.

Tive o livro (edição original) de "mis andanzas en Mexico", que ele fez o favor de me autografar. No entanto foi dos tais que me foi roubado.

Também ele achou piada a um artigo que eu escrevi (em tempos já idos) sobre a influência da guerra cristera na Guerra Civil espanhola, similitude que tem escapado à maioria dos historiadores que se tem debruçado sobre o assunto. Falta de visão, quem diria...

Obrigado
José Carlos

Marcos Pinho de Escobar disse...

Caro Manlius,
Degrelle é para mim personagem fascinante. Não sabendo nem 1% do que sabe o Amigo, que privou com ele, muito agradeço as sugestões de leitura. Há um par de anos, na Feira do Livro de Buenos Aires, tive o gosto de conhecer, num "stand" das Ediciones Ojeda de Barcelona (sim, aquela perseguida e clausurada pela liberdade e pela democracia), o Pedro Varela, antigo dirigente do CEDADE e amigo de Degrelle. Com ele estive um bom tempo a conversar sobre o grande Rexista, Franco e, naturalmente, Salazar. É impressionante a quantidade de textos sobre este verdadeiro Cruzado valão aqui na Argentina. Bem haja pelo post!
Um forte abraço