terça-feira, março 20, 2007

Recordando François Duprat



François Duprat (26 X 1940 - 18 III 1978)

Fez anteontem anos que numa manhã de 1978 François Duprat perdeu a vida vítima de uma bomba sofisticada colocada debaixo do assento do seu carro. A sua mulher ficou gravemente ferida e mutilada para o resto da vida. Estávamos numa estrada da Normandia e Duprat dirigia-se para a Escola de Caudebec-en-Caux onde a sua esposa dava aulas.

Uns tempos antes as ligas judaicas tinham publicado a sua morada, percursos habituais, etc. Este assassinato será reivindicado pelo “Commando du Souvenir” que termina o seu comunicado com a famosa frase “Não esqueçamos Auschwitz”. É óbvio que a policia francesa nunca descobriu os assassinos

Na ocasião da 29º aniversário da sua morte pensamos útil recordar a figura impar de Duprat. Eles souberam bem quem matavam!

Antes de tudo Duprat era um militante. Vindo da extrema esquerda trotskista aos 18 anos passou o Rubicão. Em 1958 adere à Jeune Nation dos irmãos Sidos. Anima a secção de Bayonne, no pais basco francês, antes de assumir responsabilidades regionais e depois nacionais. Com a dissolução do movimento funda a FEN (Federação dos Estudantes Nacionalistas) e adere à Europe Action. Está sempre onde estão a decorrer as coisas importantes – no Occident, no GUD na Ordre Nouveau. Adere ao Front Nationale. Le Pen faz dele o Secretário Geral do movimento, lugar que desempenhava à data do seu assassinato.

Mas Duprat foi também e principalmente um ideólogo. Foi o principal teorizador do nacionalismo revolucionário dos anos 70 que varreu toda a Europa. O seu principal contributo foi o determinar quem era o inimigo principal e o inimigo secundário. Outro dos aspectos importantes da vida de Duprat foi a capacidade de analisar os novos fenómenos da sociedade em mudança e sobretudo as suas causas. No seguimento de Bardeche não hesitou em designar os erros e crimes das forças do dinheiro cosmopolita: o capital apátrida e vagabundo.

Podemos perguntar-nos como seria hoje a França e a Europa com ele vivo e actuante. Foi por conhecê-lo bem que os inimigos o mataram a ele e não às figuras mediaticamente conhecidas da direita francesa.

Porque não nos podemos esquecer: François Duprat era um dos nossos. E por isso foi assassinado.

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