António Vilarigues, destacado militante do Partido Comunista resolveu relembrar (no “Público”) - e para gozar com o personagem - um livro importante (e presentear-nos com uns excertos do trabalho) de Vital Moreira: “O Renovamento de Marx”, publicado em 1979, pela Centelha.
Foi um dos livros que tive pena que me tivesse desaparecido no roubo da minha casa. Comprei-o, lembro-me perfeitamente, porque Rodrigo Emílio me disse ser uma das melhores criticas a Herbert Marcuse e à sua “releitura” do marxismo.
Aproveitei - então - muito do pensamento do “avô cantigas” para uma polémica que na época travava com um jovem esquerdista da nossa praça sobre as teorias marcusianas que então grassavam nos ambientes da extrema-esquerda lisboeta.
Quando o citei (e em longas tiradas) o meu interlocutor replicou com pobres argumentos filosóficos, mas abundantes ataques ao personagem autor das linhas. Disse então (princípios dos anos 80) que Vital Moreira tinha todas as características de um “burguês” que cedo ou tarde faria uma errada “opção de classe”. Verificou-se que tinha razão!
Já agora: o “outro”, o “puro marxista” hoje é do PSD (pouco destacado, é certo). Coisas da vida...
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