terça-feira, setembro 09, 2008
7 de Setembro - Dever de Memória
Em 7 de Setembro de 1974 e dias seguintes escreveu-se a última gesta portuguesa em África.
Acompanhei este movimento desde a sua génese (em Fevereiro/Março de 1973) até ter saído de Moçambique - Outubro de 1973. No pós 25 continuei a acompanhar a organização nacional de Moçambique. Quando eclodiu o movimento (de forma extemporânea e precepitada - aceito - caindo que nem uns patinhos na armadilha dos chamados "democratas de Moçambique"/Frelimo) e quando me pediram a opinião, dei-a de forma clara e precisa: temos de entrar no barco, mesmo que seja a derrota, porque caso contrário é mesmo a destruição total. Portanto perdidos por cem, perdidos por mil. E ao menos caíamos de pé e não como meras ratazanas.
Na foto acima podemos (à direita da foto) ver Gonçalo Mesquitella (filho). Um dos mais importantes militantes e dirigentes nacionais. Os seus combates na Universidade de Moçambique ficaram famosos. O seu papel no 7 de Setembro também foi fulcral. No entanto e face à descoordenação política do Movimento (uma das razões que provocaram o seu fracasso) e a errónea espera por Jorge Jardim (já então feito com a Frelimo) o seu papel não pode ter o relevo que deveria ter tido.
Espero (em breve) poder contar muito do que sei (quer por testemunho directo, quer pelo que me contaram, quer ainda pelos documentos que tenho ou que li).
No entanto é fulcral que continuemos a assinalar esta data que tanta importância tem no imaginário nacional. E que recordemos para sempre o massacre. E não nos esqueçamos que só nesses tristes dias de Lourenço Marques morreram mais de 3.000 portugueses. Perante a indiferença dos "militares portugueses"(???) e o desejo dos políticos de Lisboa (se for preciso dispararemos sobre os portugueses de Moçambique...).
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1 comentário:
Sr JC
Continuo à espera desse testemunho de "toda a verdade".
Sentado.
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