terça-feira, setembro 09, 2008

Omar e o traidor traído






Três fotos reveladoras do pós 25.

Na primeira a frelimo ataca o traidor traído (antes deste ter caído em desgraça face à tropa fandanga, porque face à Pátria já estava completamente arrumado).

A segunda é uma foto de uma sessão na Escola da frelimo. O Branco é espezinhado pelo preto. As consequências foram as conhecidas no 7 de Setembro.

Quanto à terceira é a única foto conhecida da derrota do quartel de Omar. Os soldados (já prisioneiros de guerra) saiem em bicha de pirilau a caminho da Tanzânia...

Não nos esqueçamos que a Companhia que defendia Omar foi tomada à traição por "nabice" (e talvez não só) do Alferes Miliciano que "comandava"? aquela tropa fandanga...

Apostilha: Todas estas fotos são retiradas de publicações da Frelimo

2 comentários:

Anónimo disse...

Compatriota Manlius:

Parece-me injusta a referência a «nabice do Alferes» e a «tropa fandanga».
Está por contar, bem contada, a história das companhias que, no mato, ainda em guerra, recebiam jornais com reportagens e fotografias de manifestações, em Lisboa, contra a presença portuguesa em África. Mais as notícias sobre as negociações que o Doutor Soares e o Major Antunes iam conduzindo. Era um ambiente propício para uma armadilha, tal como a que aconteceu em Omar. Da entrevista, com o Alferes, publicada no Diabo, pode ficar-se a pensar que alguém mais desconfiado não teria caído no logro. Mas não se podem esquecer as condições, em que se viveram, na frente, esses dias de traição na rectaguarda. Não se culpe o mexilhão, por ter largado a rocha, esquecendo quem levantou a onda.

Saudações de um admirador e leitor assíduo.

Anónimo disse...

Comungo da opinião do comentário anterior. Na verdade, as condições de informação e contra-informação eram precárias e confundiam os intervenientes destacados em locais como OMAR. A hierarquia não funcionava porque, tal como o major-general Lopes Camilo, muitos outros oficiais do quadro "debandaram" para o ar condicionado, em atitude de puro abandono dos seus comandandos. tal como estas, há muitas outras "estórias" por contar...