segunda-feira, maio 03, 2010

Estórias de Ary dos Santos

Um estimado leitor deste bolgue tem gasto algum tempo a zurzir-me com o "seu" Ary dos Santos, único e verdadeiro Poeta de que gosta (por militantismo político ao que me apercebo.

Sei da elevada estima e cumplicidade entre Ary e Rodrigo Emílio no campo literário. Sou até testemunha disso.

Mas como o meu estimado leitor é um fã acrisolado do lado sério do Poeta, quero contar-lhe uma história que a mim me divertiu e que se calhar a si o vai decepcionar.

Numa festa do Avante (penso que em 1982 ou 83) quando Cunhal falava aos seus acólitos que o escutavam em reverência quase religiosa, Ary por trás do palco falava - com a sua voz "de trovão" com os artistas que se seguiriam em palco após a discursata do chefe. O barulho era tanto que a certa altura surgiu um membro do comité central com cara de controleiro despiedado que mandou calar toda aquela turba de hereges.

Aí Ary voltou-se para os seus parceiros (todos masculinos) e disse: "calem-se meninas e deixem falar a tia avó!)

Gargalhada geral e mais uma vez se sentiu o gélido e reprovador olhar do controleiro de serviço.

Só para lhe dizer que o Ary - para além de comunista (por algumas razões que um dia eu conto) também era um tipo bem divertido.

1 comentário:

Anónimo disse...

http://www.youtube.com/watch?v=ExH-FJeqpgE&NR=1&feature=fvwp