Vamos imaginar que eu perdi a cabeça. Que decidi escrever só disparates e coisas perigosas. Imaginemos que um indvíduo qualquer (de outra raça, ou de uma minoria sexual, ou de outro país extra comunitário) mata um branco português, que tivesse a minha religião.
E imaginemos que eu escrevia barbaridades destas: "impulsionaram o gesto inclemente aguçado exclusivo para a morte". "O alarve do facínora deu uma, duas, três quatro.Mais, Mais, meia dúzia não chegavam. Esfaqueou dez vezes o peito da vítima" "Quis matar depressa e à bruta", "de impulsos quentes de mortandade". "Quando o talhante" "O objectivo do animal invertrebado babava", o "sanguinário" "apresentou-se pela própria pata", o "monstro confessou", "as cavalgaduras" ...
Ora se eu escrevesse isto no contexto apresentado no início o que é que pensam que me aconteceria? Não tenham dúvidas já estava dentro, com um processo (pelo menos!) por incitamento ao sei lá o quê...
Pois isto foi escrito na Atlântico. E escrito pela D. Miriam Assor, membro da comunidade judaica portuguesa a propósito do assassinato de um outro membro da comunidade, o Sr. Maurício Levy. A razão prende-se com "cornos". O encornado não gostou e tinha mau feitio. E deu chatice, é claro. Aceito que o Sr. Levy fosse amigo da jornalista. Aceito que ela tenha ficado revoltada. Compreendo tudo isso. Só não aceito são os termos utilizados.
Mas querem uma opinião. Nada vai acontecer à D. Miriam. Estava a falar apenas de um goim!!!
Apostilha: no final do artigo lá se lembrou de falar de dois irresponsáveis que profanaram o cemitério judaico (sobre o assunto já escrevi tudo o que tinha a escrever!!!). E lá mesmo no final do artigo publicado na revista afirma "as cavalgaduras ... vão às compras. Fazem propaganda, Riem. Até ao dia."
O que espera a PSP para colocar segurança aos dois palermas profanadores do cemitério. Que se dê mais um crime? Por muito menos houve uma procuradora que passou a ter segurança 24 horas por dia...
9 comentários:
"Cornos"? "Encornado"? E é o Jorge que não aceita os termos utilizados? Bem haja a Miriam Assor pois os termos que utiliza são bem adequados à barbaridade perpetrada. Os seus não passam de grosseiros e gratuitamente insultuosos.
Caro Manlius, apoiado, tem mais que razão!!!!!!!!!!!!!
E não ligue aos controladeiros de serviço.
Resposta ao primeiro anónimo
Utilizei as palavras portuguesas de cornos e encornado para relatar as causas desse brutal assassinato. É o termo mais corriqueiro na língua portuguesa para a "infidelidade conjugal". Se se ofendeu, peço desculpa e leia, sff, "infedilidade" ou mesmo "ciúmes". Não pretendi ofender a vítima. Nem insultar ninguém. O meu comentador (se calhar por um legítimo sentimento de pertença) achou por bem considerar que eu fui gratuitamente grosseiro. Não acho, mas vou passar a ter muito mais cuidado com palavras que podem ofender mentes mais sensíveis. Apesar de eu não passar de um goim.
ahahhahahaha boa boa ;)
E não é goim. É goi. Goim era se o senhor idem lá estivesse. Plural.
Miriam Assor
Obrigado D. Miriam Assor:
Dia em que não se aprenda algo, nem é dia nem é nada! Principalmente na minha provecta idade.
Apesar de não utilizar normalmente esta palavra, juro que não me vou esquecer, para não dar mais barraca.
Bronca, em vez de barraca. Fica mais ao seu género.
Miriam Assor
D. Miriam Assor:
Como se dizia no tempo (bem remoto, aliás) em que pratiquei esgrima: "touché".
Obrigado pelo bronco.
Querida Miriam.-
Com que então a "ensinar" analfabetos que desconhecem que os plurais em hebraico terminam em "om" e "im" e ...
Por acaso até uma série de analfabetos com cursos superiores de Letras ali para os lados da Guarda, sabem isso!
Um abraço e Laila Tov (boa noite)
F. Cea Argañan - Seia, Serra da Estrela, Portugal
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