E porquê só merecem consideração as crianças mortas neste conflito? E todas as outras que morrem e morreram em conflitos presentes e passados E as que já morreram em Israel?
A este propósito, um notável texto no blogue "A Cidade do Sossego"
"Contra o imperialismo
E contra a "agressão sionista" manifestou-se hoje muita gente por essa Europa fora, de Madrid a Atenas, passando por Londres e Paris. Pessoas humanas muito preocupadas com o povo palestiniano e os direitos humanos e apostadas na denúncia do sionismo e do imperialismo americano, duas faces da mesma moeda. Claro que se perguntarmos a esta gente se já participou em protestos semelhantes contra o imperialismo chinês e o genocídio no Tibete, contra os massacres em Darfur, no Congo, no Uganda, contra a violência islâmica nas Filipinas, Índia, Paquistão, Bangladesh e por aí, contra os regimes ditatoriais de Cuba, Birmânia, Coreia, Uzbequistão e tantos outros a resposta é capaz de ser negativa. Afinal, é uma questão de prioridades. Por exemplo, durante a guerra civil argelina ninguém se manifestou. Mas, se algum dos sessenta mil mortos do referido conflito tivesse sido vitimado por um americano, o cenário seria outro. Recentemente, duzentas pessoas foram mortas na Índia por terroristas islâmicos. As manifestações? Nada. Provavelmente as pessoas estavam ocupadas a tratar dos filhos. Morrem mais umas dezenas no Paquistão? Isso nem aparece nas notícias. Umas centenas chacinadas no Congo? Ninguém sabe onde isso fica. O drama da esmagadora maioria das vítimas dos conflitos que há pelo mundo? Não serem mortos por americanos ou israelitas, condição necessária para terem direito a manifestações e uma nota de rodapé nos meios de comunicação." PUBLICADA POR HARMS
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E porquê só merecem consideração as crianças mortas neste conflito?
E todas as outras que morrem e morreram em conflitos presentes e passados
E as que já morreram em Israel?
A este propósito, um notável texto no blogue "A Cidade do Sossego"
"Contra o imperialismo
E contra a "agressão sionista" manifestou-se hoje muita gente por essa Europa fora, de Madrid a Atenas, passando por Londres e Paris. Pessoas humanas muito preocupadas com o povo palestiniano e os direitos humanos e apostadas na denúncia do sionismo e do imperialismo americano, duas faces da mesma moeda. Claro que se perguntarmos a esta gente se já participou em protestos semelhantes contra o imperialismo chinês e o genocídio no Tibete, contra os massacres em Darfur, no Congo, no Uganda, contra a violência islâmica nas Filipinas, Índia, Paquistão, Bangladesh e por aí, contra os regimes ditatoriais de Cuba, Birmânia, Coreia, Uzbequistão e tantos outros a resposta é capaz de ser negativa. Afinal, é uma questão de prioridades. Por exemplo, durante a guerra civil argelina ninguém se manifestou. Mas, se algum dos sessenta mil mortos do referido conflito tivesse sido vitimado por um americano, o cenário seria outro. Recentemente, duzentas pessoas foram mortas na Índia por terroristas islâmicos. As manifestações? Nada. Provavelmente as pessoas estavam ocupadas a tratar dos filhos. Morrem mais umas dezenas no Paquistão? Isso nem aparece nas notícias. Umas centenas chacinadas no Congo? Ninguém sabe onde isso fica. O drama da esmagadora maioria das vítimas dos conflitos que há pelo mundo? Não serem mortos por americanos ou israelitas, condição necessária para terem direito a manifestações e uma nota de rodapé nos meios de comunicação."
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