quarta-feira, abril 04, 2007

Justiça, ah! ah!



Julien Quemener. Teve azar - era branco em Paris, o que cada vez é mais perigoso.

Estava no enfiamento de um marroquino (que também levou um tiro) quando um (aparentemente civil) antilhês sacou da pistola e deu alguns tiros.

Julien morreu de imediato e o marroquino (Mounir Bouchaer, 26 anos) foi parar ao hospital. O problema. Tinha havido um jogo de futebol em França entre uma equipa europeia e uma asiática (Israel) para uma taça Europeia. (Esta eu não consigo perceber! O que é que uma equipa asiática faz numa taça europeia? Só se for por motivos racistas, por eles também serem brancos. E então onde é que está o SOS Racismo?!!!).

No final do jogo um argelino fez insultos "racistas e anti-semitas" contra um francês (que também era judeu). O bom do antilhês perante isto puxou da pistola e aí vai disto. "pum,pum, pum - cada bala mata um".

Bem ontem foi lida a sentença do tal polícia. Socorro-me das notícias publicadas no L'Express de 3 de Abril. Não não se trata de um pasquim do Le Pen. Trata-se do mui socialista l' Express.

E querem saber o resultado do julgamento (estou certo que já adivinharam...). Cinco meses de prisão, com pena suspensa. E o mais giro de tudo é que continua na Polícia. Tal 007 com ordem para matar quando e onde quiser.

Mas vale a pena saber quem era o tal polícia antilhês, que como já devem ter compreendido é de raça negra (o que explica toda a impunidade do bicho...)

Em Outubro de 2005 o bom do Antoine Granomort denunciou aos seus colegas que tinha sido vítima de um rapto, de violação colectiva por um grupo de malandrins, e que o obrigaram (pobre dele...) a passar um cheque de 15.000 € da conta do seu sogro.

A Judiciária lá do sítio demonstrou, contudo, que este relato (confirmado segundo o antilhês pelas relações anais sofridas) não era senão uma maquinação para sacar os 3 mil contitos ao desgraçado do sogro. Antoine Granomort confessou a sua mentira invocando que devia aquela verba a uns traficantes de droga a quem tinha dado uma banhada no ano de 2001 (segundo a sua versão dada em tribunal).

Ora o Tribunal considera que um Polícia que é homosexual, traficante de droga, mentiroso, que não estava de serviço no dia do assassinato de Julien (segundo ele estava no Mac Donald's local), burlão, e tudo o que ainda não se sabe, é perfeitamente digno de se manter em serviço (com uma pistola distribuída). E tudo isto porque tinha já reembolsado o prejuízo das famílias das vítimas estipulada, bem como ao seu sogro. (O emprego de polícia em Paris deve ser muito bem pago...)

O Tribunal levou em consideração o facto de os psicólogos terem garantido que não existia o risco de recidiva!

Faço uma provocação, se me dão licença.

E se a história fosse ao contrário. Um polícia branco em vez de Granomort, um preto em vez de Julien. Um insulto anti fascista em vez de um insulto anti semita. Os antecedentes eram iguais (ambos escroques).

Acham mesmo que a sentença era igual?

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