No último postal que publiquei ficámos no dia da morte de Wissemann:
Dia 14 de Janeiro de 1947, à noite.
Dia 15 Alfredo Pimenta escreve a Salazar informando-o da que se tinha passado e solicitando a sua influência para que Wissemann fosse enterrado em Portugal.
Poucos dias depois, dia 19 foi Wissemann enterrado no Cemitério dos Alemães em Lisboa.
Hoje a sua campa já lá não se encontra. Recordo, contudo, de várias vezes ao longo da minha vida lá ter ido colocar flores e verificar o estado da sua última morada.
Wissemann apenas tinha como família directa viva uma irmã, que no final de toda este episódio apelou a Pimenta (através da filha do escritor integralista Fernando Campos) para que este solicitasse a Salazar a sua influência para que todos os objectos e documentos pessoais e de trabalho de Wissemann (apreendidos pela PIDE, não nos esqueçamos) lhe fossem entregues. Carta de Pimenta para Salazar existe. Está no Arquivo AOS. A carta de resposta (se é que a houve) está na posse de Braga da Cruz (que um dia, se calhar...,) há-de publicar as cartas de Salazar para Pimenta. (não sei se todas ou só algumas... e não sou só eu a ter esta suspeita. Enfim se Braga da Cruz Pai cá estivesse...). A descendência Pimenta tem muito cuidado com a imagem que dele quer fazer passar. E este caso Wissemann é o diabo!!!
Só como adenda: do arquivo Salazar desapareceu uma das 3 páginas (a do meio e a que conta a história) da carta de Pimenta a Salazar sobre este caso. Foi só azar?
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