quinta-feira, maio 10, 2007

As cabeças charradas



Não, não é mais uma gralha em que este bolgue é useiro e vezeiro. Não falo em cabeças rapadas, mas sim nas verdadeiramente charradas.

Mas eu passo a contar. Ontem à noite quando regressava a casa cansado de um dia intenso de trabalho encontro um velho conhecido berloquista (bastamente trotsquista) que me convidou para assistir a uma conferência sobre a semana de Maio de 1937 em Barcelona. E lá fui eu.

Bom quando entrei naquele reduto berloquista quem ía ficando charrado era eu (mas saí são e salvo..).

Mas vamos ao que eu queria contar. Tratava-se de uma conferência homenagem aos catalães anarquistas da FAI/CNT e principalmente aos do POUM (partido trotskista) que o bom do Zé Staline e seus acólitos se encarregaram de dar cabo, aproveitando a guerra dentro da guerra que ocorreu entre 3 de Maio e Junho de 1937, data em que Andres Nin foi liquidado nas checas comunistas de Madrid.

O que eu gostei mesmo foi do teor das conferências. No seguimento daquele americano Moore, ou lá como ele se chama, os conferencistas aproveitaram para vir com uma nova teoria (conspirativa, é claro). Segundo eles os responsáveis pelo assalto dos republicanos à Telefónica de Barcelona não foram os comunistas (como até agora se tem afirmado), mas sim os fascistas infiltrados. Bem eu não sabia se havia de rir às gargalhadas ou então se devia só sorrir. Mas olhando à volta e vendo todas aquelas cabeças charradas, em êxtase, (sim porque afinal a culpa era dos fascistas...) achei por bem colocar o meu ar circunspecto. Saí de lá perfeitamente estarrecido com a falta de qualidade daquela gente. As vulgaridades, o olhar as coisas pela rama. Até Trotsky saiu de lá tão mal tratado.

Ou seja uma noite perdida.

1 comentário:

Anónimo disse...

El general ruso Orlov