segunda-feira, agosto 27, 2007

Ainda a propósito do MAN

Tive agora conhecimento (através de um comentário a um meu postal de ontem) que o Luís Henriques também desejou envolver o meu nome no MAN, de forma, estou certo, a desviar as atenções dos mais jovens, comprometendo os "velhinhos" e estes que se lixassem.

No entanto, não precisei de ameaças para juntamente com outras pessoas da minha geração dar uma mãzinha jurídica ao MAN (não pelo Luís Henriques - a quem (repito) nada me ligava - mas sim pelo Rodrigo Emílio. Lá se estudou a situação e (deixando o assunto jurídico em muito boas mãos) lá elaboramos mais uns planos para o caso de a coisa correr mal.

Estou certo que os planos resultariam (pelo menos) num forte embaraço para o Estado Português. A campanha internacional preparada (com pesos muito pesados na Imprensa, área cultural e na política) excedeu todas as nossas expectativas. Pode-se assim aferir o prestígio internacional do Rodrigo Emílio.

Houve também uma situação que eu não vou resistir a revelar. Natália Correia sendo informada sobre o teor da lei celerada que previa 2 anos de cadeia para os "simples" simpatizantes do MAN e sabendo o Rodrigo implicado pela polícia logo se disponibilizou para se apresentar na prisão a fim de ser julgada e condenada a 2 anos de cadeia por também ela ser "simpatizante do MAN" (tivemos que lhe arranjar um jornal do MAN para ela saber do que se tratava...).

Estamos certos que ela o faria o que (dado o seu passado e atitudes desempoeiradas) deveria dar uma bronca de todo o tamanho.

Bem, houve mais uns disparates pelo caminho (de alguns velhinhos mais excitáveis), mas nada que não se conseguisse meter na linha...

Na realidade e quando o Rodrigo Emílio chegou a Lisboa para o início do julgamento conseguimos expor-lhe tudo o que se estava a passar e quais as medidas que tinham sido tomadas. E ele bem nos disse: tudo isto é muito bonito mas eu vou dizer-lhes tudo o que me apetecer e não me venham com tretas jurídicas... E a verdade é que disse!

Bem e eu lá assisti a toda aquela palhaçada (devo ser masoquista...). De bom bom tivemos as palavras do Rodrigo. De riso (à gargalhada) tivemos as alegações finais do Ministério Público. Calculem que eu estando com uns jornalistas ao lado ia dizendo antecipadamente tudo (ou quase) que o referido senhor de seguida dizia. Premonição? Não. Apenas plágio das alegações feitas pelo Ministério público italiano em casos semelhantes e que me tinham sido enviadas de Itália.

Enfim houve uns casos mais que deram gozo como a de um jornalista que não acreditava que um mero simpatizante fosse condenado (no Portugal democrático, como dizia) a 2 anos de cadeia. Com tanto azar dele o Procurador declarou isso mesmo logo após as minhas palavras. O homem ficou passado, e só dizia: isto não pode ser verdade...
Desafiei-o de imediato a publicar o que ele passou a ter conhecimento, e o desgraçado só me respondia: não posso, senão sou despedido... Edificante, como vêem.

1 comentário:

Nuno Adão disse...

Caro José carlos, a democracia dos tugas é tão linda!...

Cumprimentos