Pois bem: quer messe e missa cantada e eu não tenho medo.
Disse isto Amândio César referindo-se a um mimoso "militar" que qual donzela afrontada por um piropo menos próprio, reagia assim a uma conferência realizada no Porto, na Casa do Infante, logo após a derrota militar da Indía Portuguesa.
Vou transcrever, na íntegra, as palavras de Carlos Eduardo de Soveral, que presidiu à cerimónia:
..."O Amândio era assim. O que culminantemente demonstrou ... em sessão atinente a Goa, por mim presidida, e onde não poderia ter sido mais frontal e verberante (era o orador da tarde) o libelo que produziu contra os militares, pela queda da Índia. E de militares cheia estava a nave quatrocentista. Nos dias imediatamente subsequentes, esbatida ou preterida, abafada, a lembrança das minhas palavras - que tampouco tinham sido macias - pela imponente, atribilária memória das suas, a reação que despertou na má consciência castrense foi ao ponto de não poucos admitirem ou alvitrarem que lhe fosse posto um pleito por injúria e difamação das Forças Armadas.
... (Amândio) ficando, continuando, nunca deixando de ser um franco-atirador, na berrante inadequação com os seus raros dons e pessoal valia"
Uns anos mais tarde comentando a revolta (principalmente de um mimoso militar - como lhe chamaria no pós 25 do 4 o nosso RE) ele comentava: se ele viesse ter comigo com um pingalim na mão para me dar umas bengaladas eu entendia, mas com um processo ... Que falta de tomates...
Como dizia o nosso muito querido Soveral: O Amândio era assim!
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