Um caro anónimo que (ao que vejo) continua a ter pachorra para me ler, vem-me acusar de "anti-semitismo" a propósito de um despretensioso postal que coloquei dia 6 de Agosto. O que eu queria dizer naquele postal (e tem tudo a ver com a forma como o governo deste país trata os nossos antigos combatentes) era que o governo israelita tinha recebido ( e continua a receber) triliões (em português, ou seja milhões de milhões de milhões) de marcos alemães por causa da shoa (equivalente ao nosso PIB durante mais de 7 anos). Seria, no mínimo normal que esse governo procedesse de forma menos economicista face aos sobreviventes desse caso. Mas não, 14 euritos (dois mil e oitocentos paus) e já gozas... Ora isto é mangar com as pessoas!
Outro dos factos que me chocou foi o da senhora na entrevista dizer que odiava os alemães e que eles deveriam ser todos mortos, mas em simultâneo aceitava de bom grado lá viver e que o governo alemão lhe desse uma boa pensão e lhe pagasse os seus medicamentos. Ou seja vende-se por um prato de lentilhas.
Mas eu diria exactamente o mesmo se se tratasse de outra situação semelhante noutra qualquer parte do planeta. Imagine-me a trabalhar para uma empresa titulada pelos descendentes de um dos liberais que na Guerra Civil portuguesa enforcou (negando-lhes a honra de um fuzilamento!) quatro dos meus antepassados (só por serem legitimistas). Era impensável. Mas a isso chama-se carácter.
Ou seja, para si, tudo aquilo que eu possa dizer sobre os judeus é anti-semitismo. Mas no mesmo dia em que li o seu comentário a D. Esther Muznick publicava um artigo no Público em que criticava o cardeal francês (judeu de origem) que se converteu ao catolicismo, discordando profundamente dessa conversão. Será que isso é anti-catolicismo?
Como dizia noutro dia hoje o "anti-semita" não é aquele que odeia judeus, é sim aquele que os judeus não gostam! Não sei porquê, mas não gostam de mim. Pois fiquem com os vossos gostos que eu continuo igual ao que sempre fui. Um homem livre de pensar e criticar tudo aquilo com que não concorde.
1 comentário:
Leio-o sempre com prazer, acredite. E aprecio a postura e coragem de homem livre. Por isso não entendo que se abespinhe quando lhe falo de anti-semitismo, que no seu caso é deveras latente. Não estou a pretender insultá-lo mas a constactar pelo que tenho lido no seu blogue, não só em relação ao que escreveu sobre judeus mas também pelas laudas aos NS's. E pela parte que me toca ignoro que eles gostem ou não de si por isso o trocadilho que faz não passa de uma manobra de diversão para escamotear aquilo que eu suspeito. Leitura minha mas posso estar enganado.
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