quarta-feira, outubro 31, 2007

Nunca saberemos tudo - 2

Apesar de na caixa de comentários já ter dado uma primeira resposta ao meu estimado anónimo sobre o caso Duprat não quero deixar de dar mais umas achegas.


Não acompanhei o caso na altura do atentado (1978, por me encontrar em Portugal e com muito poucos contactos internacionais). De conversas tidas com alguns visitantes nos anos posteriores tive as notícias que dei. No entanto convém ver o seguinte: a tecnologia usada parece-me não estar ao alcance de qualquer organização mais ao menos política ou mafiosa. Pode-se argumentar que muitos dos ex-OAS (nomeadamente os oriundos do Exército - 2ª repartição) dominavam essas e outras tecnologias. No entanto todos os atentados levados a cabo pelos ex-OAS ainda activos (nomeadamente em Espanha, França, Itália, etc.) não utilizaram essas tecnologias, mas sim outras bem mais simples. Porquê só naquele caso? Porquê uma bomba que só explodiu numa estrada secundária e sem trânsito em vez de no arranque do carro? Para fazer menos vítimas, sim sem dúvida. E vocês acham que se fosse uma organização terrorista de direita ou um mafioso do "bas fond" se iria preocupar com esse detalhe?


Não podemos excluir o facto muito importante de Duprat estar muito ligado aos palestinianos, sírios e até libaneses.


Mais do que o negacionismo foi talvez essa a causa principal da sua morte. A guerra do Líbano tinha acabado há muito pouco tempo. A Síria reforçava a sua posição como potência regional. A alguém ou a muitos interessava a sua morte. Como diziam os detectives dos livros policiais, a quem interessou o crime?


Confesso que é tudo o que sei. Foram-me ventilados (e eu, como é óbvio, já os esqueci) - confirmo - os nomes de algumas pessoas de uma determinada nacionalidade que tiveram de abandonar a França na altura.

Falei em Caignet porque também no caso dele se tentaram manobras de desinformação para despistar as investigações policiais e retirar a carga política ao crime.


É pois tudo o que sei. É pouco reconheço. Mas, às vezes, vale mais saber o menos possível. É um conselho que dou a todos.

2 comentários:

Anónimo disse...

Ok, tudo é possível... mas mais uma vez passou por cima do nome do Albertini que eu acho uma personagem interessante e sobre a qual muito pouco se sabe e fala... aliás se ele estivesse envolvido no assassinato do Duprat os meios e os serviços aumentavam... gládio, etc.

Anónimo disse...

só vi a caixa de comentários do post anterior depois de escrever o comentário acima, portantanto não ligue ao facto de eu ter dito que tinha passado por cima do nome do Albertini, o que não aconteceu. E obrigado pela sua opinião.