Há uns meses publiquei um poema de Joaquim Paço d’ Arcos sobre o 25 do 4.
Fiquei, contudo, bastante aborrecido por não ter, na altura, encontrado um poema de Vitorino Nemésio sobre a mesma temática, e que é inédito (em livro) e também um dos seus últimos.
Procurei, procurei e sempre debalde. Pois hoje já o descobri. Mal arquivado, é claro.
Mas valeu a pena a procura. Já cá canta e os meus estimados leitores vão tê-lo amanhã (é longo, bem longo...)
Para vos aguçar o apetite digo-vos que se intitula “Ao meu coronel (Elegia-Gazetilha). É datado de 16/17 de Fevereiro de 1976, e com este precioso acrescento à assinatura:
Vitorino Nemésio
“1º cabo de Infantaria R. Atirador de 1ª classe em Kropatchek, mod 1888. Especializado em esgrima de baioneta Mauser Vargueiro e granadas de mão nº 23 (Escola de Instrutores de Infantaria, Tancos, 1919, do comando do Capitão Bento Roma)”
e em NB, acrescentava irónico:
“em tempo se declara que entregou todo o seu armamento limpinho e, despoletadas as granadas, nas mãos dos respectivos quarteleiros. E no bolso da pistola só tem as chaves de casa”.
Com muito prosaísmo e funda amargura sarcástica, lembra certas composições da Sapateia Açoriana, vinda a lume também em 1976.
Este Coronel do Poema segundo Couto Viana deve ser Jaime Neves, que teve papel preponderante no 25 de Novembro e graças a quem (segundo Nemésio) “a pena não lhe saiu cara”.Para mim é a figura de 4/5 Coronéis que colocaram em sentido a capitanagem que por aquela época mandava em Portugal.
Apostilha: Para os menos familiarizados com as coisas militares uma Korpatchek era uma das espingardas usadas nas guerras de África do Século XIX, bem como na I GM. Era uma arma muito grande e pesada, com um calibre bem estúpido e bem difícil de manejar. A Mauser Vergueiro era também uma espingarda alemã, adaptada em Portugal nas oficinas de Braço de Prata. Com baioneta era uma arma bem proporcionada. Também foi usada na Iª GM.
Fiquei, contudo, bastante aborrecido por não ter, na altura, encontrado um poema de Vitorino Nemésio sobre a mesma temática, e que é inédito (em livro) e também um dos seus últimos.
Procurei, procurei e sempre debalde. Pois hoje já o descobri. Mal arquivado, é claro.
Mas valeu a pena a procura. Já cá canta e os meus estimados leitores vão tê-lo amanhã (é longo, bem longo...)
Para vos aguçar o apetite digo-vos que se intitula “Ao meu coronel (Elegia-Gazetilha). É datado de 16/17 de Fevereiro de 1976, e com este precioso acrescento à assinatura:
Vitorino Nemésio
“1º cabo de Infantaria R. Atirador de 1ª classe em Kropatchek, mod 1888. Especializado em esgrima de baioneta Mauser Vargueiro e granadas de mão nº 23 (Escola de Instrutores de Infantaria, Tancos, 1919, do comando do Capitão Bento Roma)”
e em NB, acrescentava irónico:
“em tempo se declara que entregou todo o seu armamento limpinho e, despoletadas as granadas, nas mãos dos respectivos quarteleiros. E no bolso da pistola só tem as chaves de casa”.
Com muito prosaísmo e funda amargura sarcástica, lembra certas composições da Sapateia Açoriana, vinda a lume também em 1976.
Este Coronel do Poema segundo Couto Viana deve ser Jaime Neves, que teve papel preponderante no 25 de Novembro e graças a quem (segundo Nemésio) “a pena não lhe saiu cara”.Para mim é a figura de 4/5 Coronéis que colocaram em sentido a capitanagem que por aquela época mandava em Portugal.
Apostilha: Para os menos familiarizados com as coisas militares uma Korpatchek era uma das espingardas usadas nas guerras de África do Século XIX, bem como na I GM. Era uma arma muito grande e pesada, com um calibre bem estúpido e bem difícil de manejar. A Mauser Vergueiro era também uma espingarda alemã, adaptada em Portugal nas oficinas de Braço de Prata. Com baioneta era uma arma bem proporcionada. Também foi usada na Iª GM.
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