terça-feira, setembro 04, 2007

O sangue e o solo

















na vida e obra de João de Araújo Correia - o Mestre do Conto em Portugal.

Esta é a minha homenagem a João de Araújo Correia, homem da Régua, homem da Medicina - verdadeiro João Semana - que tão bem soube interpretar o sentir e o pulsar de uma comunidade rural e tradicional dos começos do século XX: amor e lutas, relações vicinais, dramas humanos, riqueza, pobreza, humildade e ternura, abnegação e avareza, sublimação e miséria, honra e ignomínia... Tudo tendo por fundo os calços do Douro, Património Nacional antes de o ser mundial, e que foi erigido com o esforço gigantesco de gerações durienses, que desbravaram os matagais, saibraram, construiram os calços e alinharam e podaram milhões de bardos com as videiras que produzem o melhor vinho do Mundo. E sem se deixarem abater pelas pragas e acasos da vida rural - numa demonstração do real vitalismo do português da tradição e da Honra.

Darré teria aqui bastante material para meditar e enaltecer.

Tudo isto a propósito da edição da Imprensa Nacional Casa da Moeda do primeiro antologia de contos de Araújo Correia, em óptima hora publicada com prefácio de Bigotte Chorão - o grande entusiasta do médico duriense. São 27 euros, mas garanto-vos que é dinheiro muito bem empregue!

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